1 de junho - Dia Mundial da Criança... era importante que o fosse.
Há escolas (principalmente as do 1º ciclo) em festa...
Há autarquias a promoverem inúmeras actividades para as crianças...
Há instituições públicas e entidades privadas, de âmbito comerciais ou não, com campanhas e acções promocionais para as crianças...
Há muitas crianças em festa... porque hoje é o Dia Mundial da Criança. A UNICEF lembra-o de forma particular.
Mas é também um dia (entre os 365) para sermos paradigmaticamente "desmancha prazeres". É que hoje, apesar de "hoje", a realidade não pára.
Falta muito, demasiado, para serem aplicados os Princípios da Convenção.
Falta excessivamente muito para se cumprir a Convenção dos Direitos da Criança.
E o que não falta são exemplos (muitos e muitos exemplos):
1. (maio de 2015) Dezenas de crianças violadas e mortas no Sudão do Sul.
2. (abril de 2015) 1,7 milhões de crianças do Nepal afectadas pelo forte sismo que abalou a região.
3. (desde o ano passado) 800.000 crianças forçadas a fugir da violência na Nigéria e na região.
4. A acção Humanitária para as Crianças, 2015, da UNICEF revela que há mais de 60 milhões de crianças em risco nesta “nova geração” de crises.
Daí que a UNICEF tenha promovido para este ano de 2015 (25º aniversário da entrada em vigor da Convenção dos Direitos da Criança) a necessidade de se "reimaginar (reinventar) o futuro", a propósito do relatório de 2015.
mas também por cá... (informação de 2014, a título de exemplo)
Cerca de um quarto da população até aos 17 anos está em risco de pobreza.
Crise fez aumentar abuso sexual de menores.
para além da leitura e preocupação que nos deveria ocupar o relatório da Unicef, de 2013, sobre a realidade infantil no contexto de crise em Portugal.
Está porreira a festa... mas mais cool seria se servisse, de facto, para uma real consciencialização colectiva.