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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

Eu também avalio!

Muito Bom - Bom - Regular e Insuficiente.
Este Ministério da Educação não pára de me surpreender. E pela positiva, mais uma vez!
Pena é que noutras áreas profissionais da administração central o "acomodismo" e os privilégios sectoriais não sejam igualmente postos em causa. Ganhava o país. Ganhávamos todos, por uma maior justiça e equidade.
O ME apresentou uma proposta de alteração ao Estatuto da Carreira dos Docentes onde prevê que os Pais ou Encarregados de Educação façam parte do processo de avaliação de desempenho, juntamente com o próprio docente (auto-avaliação), o coordenador escolar, a direcção executiva da escola e uma comissão de coordenação.
Et Voilá... Caiu o "Carmo e a Trindade", de uma vez só.
Sempre se reclamou a participação familiar no processo educativo.
Quantos não foram os professores que criticaram e criticam o alheamento dos pais em relação à escola e à educação dos seus filhos?!
Quantas escolas ou agrupamentos escolares têm a funcionar a sua respectiva Associação de Pais?!
mais do que importante, é fundamental a participação da familia no processo educativo. É primaz que os pais se envolvam no ensino, porque são eles os únicos responsáveis pelos seus filhos.
E porque é que os professores têm receio?!
Os pais não vão avaliar as suas competências científicas ou a objectividade das suas funções Vão pronunciar-se sobre aspectos pedagógicos e de disponibilidade para o acompanhamento escolar.E vão fazê-lo em função de parâmetros pré-definidos.
Por que razão têm os docentes medo dos pais e não têm o mesmo sentimento em relação aos outos elementos do processo de avaliação?!
Pena é que a participação dos Pais e Encarregados de Educação seja limitada ao nível individual, porque a mesma está dependente de uma pré-inscrição. E já se sabe qual vai ser o grau de participação dos pais. Era bom que as Associações de Pais, como legítimas representantes dos mesmo pudessem participar igualmente no processo.
Os Pais têm o direito em participar amplamente no processo educativo.
os Pais têm o direito de marcar a sua posição, quando, por exemplo, se fecham escolas do ensino básico neste país em função do número de alunos e do seu rentimento escolar.
Como se pode aceitar que numa escola com 8 ou 10 alunos haja uma reprovação que seja?! Porquê?! Por falta de condições?! Por falta de assiduidade dos alunos?! Por maus comportamentos ou agressividade social motivada por sobrelotação escolar (8 ou 10 alunos)?! Por falta de empenho dos alunos?!
Não tapem o sol com a peneira.
Como em tudo na vida laboral deste país (e do mundo) há bons e maus professores.
Pena é que só os maus se sintam abalados na sua "real" e "principesca" condição de senhores da verdade.
Felizmente sou Pai. Vou poder participar.

Na Bola não há impossíveis...

No jogo da "bola", é uma das metáforas ou afirmações dogmáticas mais correntes.
Isto para explicar que um jogo (seja ele qual for) estará sempre dependente de inúmeras circunstâncias, muitas vezes inexplicáveis de forma racional.
E assim está a ser este Euro Sub 21.
Longe da atracção e nível desportivo dos Euros "A" e dos Mundiais, curiosa é, no entanto, a resposta do número de espectadores nos estádios. Por exemplo em Aveiro, onde qualquer um dos jogos teve, pelo menos, o dobro de qualquer jogo do Beira Mar na Liga (excluindo os 3 grandes), há dois anos atrás.
Curiosidades também as há ao nível competitivo.
Portugal afigurava-se como um dos candidatos. País anfitrião, nenhuma derrota na fase de apuramento, jogadores afirmados nos seus clubes (Moutinho, Quaresma, Meireles, Hugo Almeida, Manuel Fernandes, Bruno Vale, Varela, etc.). Acabou por decepcionar. E nem a vitória (necessária) no último jogo frente à Alemanha, consegui disfarçar uma prova cheia de peripécias e caricaturas, bem à moda do "mal dizer" português.
A Alemanha, com um pé nas meias finais, acabou por sucumbir na praia (com "tiro" luso) a escassos minutos da felicidade.
A Itália, campeã europeia em título. Uma das equipas favoritas e apontada como finalista. Em terras de Alavarium, decepcionou pela falta de ambição, mesmo que disfarçada pelo empate a três golos com a Dinamarca, no primeiro jogo.
Surpresas...
A Sérvia-Montenegro que benificia da ajuda lusa para passar às meias-finais, embora se lhe reconheça alguma sorte no desfecho dos resultados.
A Ucrânia que terminou o Grupo A em primeiro lugar, desfazendo as aspirações italianas e junta-se a uma Holanda que poderá criar surpresa no Norte.
Nomal...
A França. A melhor selecção nesta primeira fase e que melhor apetrechada está, quer do ponto de vista individual como pelo futebol praticado.
O Melhor...
O Público português... Para receber não há melhor.

Até rezo, se for preciso...

Hoje, no discurso de encerramento do Congreso do PSD-Madeira, Alberto João Jardim voltou a não surpreender.
Ao fim de 30 anos de autonomia, o "dono" da ilha da madeira teve um sonho verdadeiramente interessante. Num claro momento de lucidez política, João Jardim desafiou a sociedade civil e política madeirense a reflectir sobre o futro da Madeira.
Mas mais interessante ainda...
Desafiou os madeirenses (pelos menos os do PSD) a reflectir sobre “se a Madeira é ou não autoviável e auto-sustentável” (sic).
Por nós aqui do continente, estejam à vontade.
Se for preciso também reflectimos.
Ou melhor. Se for preciso dizemos : são, sim senhor! Autoviáveis e Auto-sustentáveis.
Estão, por isso, dispensados!

Do fundo do meu baú...

Muito antes da cidadania do ilustre ex-candidato Manuel Alegre, já nos finais da década de 80 e princípio da de 90 (entre 198 e 1993) fiz parte de uma núcleo de cidadania, aparte de partidarices (embora político), mas com verdadeiro sentido cívico e social: Nova Geração!
Havia igualmente, nessa altura, uma publicação (gratuita) na qual participei igualmente (de corpo e alma) e da qual (entre outros artigos) resultou este texto (ainda escrito à máquina - hcesar - que (re)descobri em papéis "perdidos". Obviamente sobre Aveiro.
PENSAR AVEIRO
Olhar a cidade, meditá-la, sentir o seu constante pulsar num mar de mutaões físicas, sociais e culturais, é simplesmente viver o dia a dia duma história que vamos construindo, mais ou menos, conscientemente.
Já nos séculos XII e XIII, Aveiro tinha um peso e papel importantes na economia portuguesa, no que respeita à produção salineira e ao seu contributo na área das pescas.
Hoje... já longe de um passado recente, onde (muitas vezes em filmes kodak) recordamos o sal e o marnoto, o moliço e o moliceiro, onde o ovo mole é rei... Aveiro é ainda fruto de quem a ela se dedica de copo e alma, de quem o sangue ou o espírito de "cagaréu" e "ceboleiro", na sua maior parte das vezes votados à indiferença dos olhares do poder central, vai construindo o progresso e desenvolvimento que vão fazendo desta cidade uma terra à CEE (na altura) plantada.
O mesmo sol, mar, ria, bairrismo das gentes da beira mar que se mantêm, há longos séculos, a par de um concelho que, indiscutivelmente, conhece des 1976 - primeira eleições autárquicas - um futuro prometedor nos campos social, económico, cultural e político, constituem um exemplo quase único dum contributo autárquico, de exemplar trabalho, no progresso global do país.
Se 1992 coloca importantes e difíceis desafios a Portugal, Aveiro que sempre soube preservar a sua identidade cultural, construída com o enorme fluo migratório que acolheu dentro de um espírito quase maternal, reflecte, já hoje, a forma cabal de como é possível conqusitarmos, em comunidade, o lugar na Europa que a história de quihentos nos conferiu.
É esta a cidade que pensamos...
Preferida desde nobres (a exemplo da nossa padroeira) até ao mais simples e comum dos cidadãos, a antiga Alavarium continua a construir a sua história, com as suas gentes e os seus costumes. Gentes com o espírito de luta inerente a quem o mar encontra a sua expressão máxima de realização pessoal e o costume sempre democrático de, quase por intuição natural, saber colocar nos desígnios da cidade mãos de homens capazes de um trabalho pautado essencialmente pelo sentido comunitário, humanista e social, em prol do progresso e desenvolvimento que todos reconhecemos.
Aveiro é o que dela formos fazendo.
A cidade é o que dela pensarmos...

O Código secreto...

Quanto mais se mexe na "dita"... mais ela cheira!
Um velho ditado, que (de tão velho) continua perfeitamente actual.
A propósito da polémica (!) em torno do filme baseado no Romance de Dan Brown - O Código da Vinci (que já li), é de louvar a atitude da Igreja (salvo raras e pontuais excepções), no seu sentido abrangente e das suas "cúpulas". A liberdade de crer ou não crer, está na capacidade de fé e de convicção de cada indivíduo. Não se impõe. Esclarece-se e ensina-se. Crê-se e pratica-se.
Não é, por isso, um livro de ficção que, após a demonstração teológica e histórica dos seus argumentos, irá abalar a fé dos crentes.
A Igreja tem aliás hoje, mais com que se preocupar do que com livros de ficção e romance. Por mais bem escritos e até de leitura interessante que possam ser.
Numa sociedade cada vez mais aberta, mas vulnerável, solicitadora e inconsistente, a preocupação da Igreja deve ser o da re-envagelização, a começar pela própria europa.
Reenvagelizar, tornando-se mais viva e mais na vida.
Mas tinha de haver um senão.
Com uma necessidade estupidamente vital, a Opus Dei tinha que vir a terreiro, demonstrar toda a sua "opolência" teológica, uma estranha necessidade de sobrevivência. Numa demonstração de força e poder no seio da Igreja, a Ordem teria tido mais a ganhar ignorando do que criticando o que não havia a criticar, a não ser no imaginário de uma tela cinematográfica. Reforçando apenas o poder crítico dos seus críticos. Reforçando a ideia generalizada do sombrio, do obscuro que reveste a sua existência.
Aliás é curioso verificarmos que nem a Opus Dei, nem alguns sectores mais conservadores da Igreja, tiveram a mesma reacçõ aqunado das caricaturas dinamarquesas. Então, onde está agora o princípio da liberdade de expressão?!
E resultado...
Após o fracasso exibicional no festival de Cannes, o filme Código daVinci, bateu o record nacional de audiências (nem o Crime do Padre Amaro ou a Paixão de Cristo): em 4 dias 215.840 espectadores (uma média de 53.960 espectadores diários).
Quem ganhou...
o Dan Brown e a indústrai cinematográfica.

Já fomos...

Falou-se muito antes do tempo.
Mais uma vez o mediatismo das questões negativas envolveu uma questão nacional, como foi o caso da selecção de sub 1 portuguesa.
Quem manda, quem não manda, quem conhece quem ou quem nunca se viu.
Apoios, solidariedade, patriotismo... isso não! Não traz polémica. Não vende notícias.
Falou-se muito (mal) da selecção e de jogadores em particular.
Tratou-se muito mal a selecção.
E o resultado, não poderia ter sido mais decepcionante.
Diria mesmo... uma vergonha nacional.
Aguardemos Alemanha.

Dilema

Se um estádio incomoda muita gente.
Dois estádios incomodam muito mais.
Se um milhão de euros incomoda muita gente.
Dez milhões incomodam muito mais.
Hoje estive no estádio a assistir ao jogo do Euro Sub 21 - Itália vs Dinamarca.
Comparativamente com jogos da Liga ou da Honra, muito público a assistir.
O que me provoca uma certa inquietação.
Para o bem e para o mal o estádio está construído, existe, é uma realidade.
Já aqui o afirmei; faço minhas as palavras do Dr. Girão Pereira, numa entrevista ao Diário de Aveiro, após as eleições autárquicas: qualquer autarca, à data, na gestão camarária, teria tido a tentação de construir o estádio. Por razões sociais, desportivas e políticas.
Daí que, faz sentido todo o esforço possível, para uma sustentável rentabilização do equipamento e espaço envolvente.
Não existe viabilidade estruturada para a manutenção, em Aveiro, de 2 estádios. Independentemente de todo o bairrismo e sentimentalismo.
A sociedade moderna tem-se estruturada em objectivos e conceitos reais e em desenvolvimento sustentado e projectos viáveis.
O sentimentalismo (que não deve deixar de existir) tem que fundamentar o necessário princípio da sobrevivência, crescimento abrangente e racionalidade de cada região.
É significativa a necessidade de se preservar a memória colectiva. Mas racionalmente e com outros métodos.

Orgulhosamente...

Estou verdadeiramente eufórico e feliz.
Não que me tenha contecido, pessoalmente, algo de extraordinário. Para além de me sentir mais ternurento (é da idade recente).
Mas estou de facto contente pelo que li hoje no Público.
O meu saudoso amigo António Marujo, ilustre jornalista do Público, foi distinguido, pela segunda vez, com o prémio de Jornalista Europeu de Religião do ano.
Este prémio, insituído desde 1994 é atribuído aos trabalhos jornalísitcos no campo da religião, de forma objectiva, imparcial e ecuménica.
Aliás atributos que reconheço no António há muitos e muitos anos.
Curiosa a expressão pública de uma dos júris: "Esta é a autêntica escrita sobre religião, mais do que a escrita ligada à Igreja, e é da melhor qualidade", afirmou um dos juízes do prémio, para quem o jornalista do PÚBLICO "não é fascinado pela Igreja, mas por algo mais profundo, que é o mistério da religião em si".
Ao António Marujo um enorme abraço.

O sobe e desce percentual

O recente relatório do INE indica um decréscimo na taxa de desemprego (3,9%) neste primeiro trimestre de 2006, face ao último trimestre de 2005.
Tal valor, lido de forma “nua e crua”, poderia, à primeira vista, ser um claro sinal de optimismo.
Mas sejamos realistas.
De propaganda já começa o país a ficar ligeiramente cansado.
Se analisarmos mais friamente os números, poderemos encontrar razões que a razão governativa desconhece.
Primeiro, esta redução anunciada é, em parte, reflexo do cruzamento de dados entre o Instituto de Emprego e a Segurança Social. Ou seja, é reflexo da diminuição e do combate (que se elogia) à fraude, porque resulta da “descoberta” de situações de subsídio de desemprego acumulado com actividade produtiva e laboral.
Desta forma, a análise mais correcta seria a avaliação dos resultados do último trimestre de 2005 com uma projecção de igual cruzamento de dados.
Retirando este importante factor, era então mais fiável a realidade dos valores anunciados.
Segundo, não nos podemos esquecer que a taxa de desemprego é o resultado percentual de quem não está no activo pelo número total de portugueses produtivos.
Também deveria ter sido considerada a influência que a evolução do número de reformas teve nos dois períodos. Sabendo-se das alterações legislativas à regulamentação da reforma e da sua idade e do “boom” que foi o ano de 2005 por força dessa mesma legislação, é um factor inflacionante dos resultados finais.
Por último, é preocupante que o governo não assuma, por forma a esclarecer convenientemente os portugueses, a realidade nacional.
Comparando este primeiro trimestre de 2006, não com o último de 2005, mas com igual período de 2005 (1º trimestre de 2005), e apesar do referido cruzamento de dados a taxa de desemprego aumentou 4,1%.
Outra realidade… A realidade do distrito de Aveiro.
O distrito de Aveiro é, a nível nacional, a região mais devastada pelo flagelo pessoal e familiar da perda do emprego e respectivo rendimento. Entre 2000 e 2006, o distrito de Aveiro registou um aumento de 126%, que reflecte um acréscimo de cerca de 18 mil novos desempregados, em apenas 6 anos.
Os cinco concelhos com mais desempregados (Feira – Ovar – Aveiro – Espinho – Oliveira Azeméis) totalizam 19245 pessoas sem trabalho.
Esta não é uma realidade propagandista, nem um choque virtual.

Monumental

Podemos ser pequeninos.
Podemos ser pobres.
Podemos estar deprimidos e sem confiança.
Podemos...
Mas quando toca à "molhada" (mobilização) cá estamos nós. E, normalmente, não falhamos.
O primeiro passo está dado!
Que a Selecção faça o resto.

O nosso bolso!

No passado dia 18, o Jornal de Notícias publicava um interessante artigo que traduzia um estudo da Universidade Nova de Lisboa para a Associação Industrial Portuguesa, sobre a carga fiscal associada aos rendimentos.
E o estudo revela que os portugueses trabalharam os primeiros 137 dias deste ano, para liquidarem aos seus encargos para com as Finanças (vulgo fisco) e a Segurança Social.
Ou seja, cerca de 37,5% do nosso tempo laboral e respectivo rendimento salarial fica para o Estado.
Mas não é apenas esta a questão fulcral.
O referido estudo indica ainda que em 2006 foram necessários mais 10 dias de “trabalho para aquecer”. Isto é, um claro aumento, ano após ano, da carga fiscal.

Para os mais distraídos.

Já abriu a Feira do Livro em Aveiro.
Num espaço priveligiado... num espaço que proporciona um melhor mediatismo, uma melhor visibilidade e uma acessibilidade maior.
Num espaço que Aveiro necessita promover e que urge culturalmente rentabilizar.
O Rossio.

A ternura dos 40!

A todos muito obrigado.
Não precisavam de se incomodarem.
Esta criancinha nasceu, precisamente numa outra sexta-feira, há concretamente 40 anitos.
Pormenores??!!!
Às 6:15 da manhã (segundo o registo e a minha mãezinha)!
Cagaréu de gema, portanto!

Ponto de Ordem à Mesa!

Em relação aos dois últimos "postais" e respectivos excelentes comentários, parece-me oportuno fazer um "ponto de ordem", não só para esclarecer algumas questões, como para congregar opiniões e, eventualmente, voltar a "atear o fogo".
Ponto de Ordem 1.
TERTÚLIA
Esta ideia, curiosamente já por mim tentada com ilustres personagens da nossa praça (mas nunca amadurecida), afigura-se-me deveras interessante e tentadora.
Para que se esclareçam alguns comentários (mais distraídos) o que se foi sugerindo foi a realização da referida tertúlia que nunca implicaria o abandono, particularmente, deste meu espaço e, acredito, dos outros "colegas" intervenientes. É óbvio que qualquer blog que não seja essencialmente de caracter pessoal (entenda-se mais ou menos íntimo), que aceite a colocação de "coments" (moderados ou não) e que tenha o mínimo de interesse (seja ele qual for) torna-se (porque aberto) um tipo de tertúlia. Mas tem, obviamente as suas limitações.
Assim, o que se propõe é algumas alternativas:
- Um blog conjunto e com alguma dinamismo (embora não deixe de ser mais um blog).
- Uma atertúlia ao vivo, num espaço aberto (público) com alguma periodicidade (semanal - quainzenal - mensal), tipo (só como exemplo, claro) "prós e contras" mas sem câmaras.
- A mesma tertúlia, mas numa estação de rádio.
- Ou outra...
Ponto de Ordem 2
ANONIMATOS
Anónimos são todos os annonymous e todos os pseudóminos não identificados.
Em primeiro lugar parece-me algo abusivo e pouco modesto que os blog's funcionem à custa dos anónimos.
Tenho, obviamente, encontrado, neste espaço, uma clara sensação de pluralidade, democracia e elevada participação cívia e cultural dos anónimos e pseudóminos (salvo uma ou outra raríssima excepção), mas acima de tudo um enorme civismo e respeito (independentemente das posições). São exemplo disso, para além de anónimos mais ou menos "anónimos", o Terra&Sal, Maréchal Ney, Pé de Salsa, Enfant Terrible, a sintrense(?!) Greentea (chá verde para os amigos?!), sei lá quantos mais (infelizmente e peço desculpa, não me consigo lembrar de todos).
Mas este espaço também foi e é movimentado pelos "sem véus"! Exemplos, o (em pausa) Dr. Raúl Martins, João Pedro Dias, Bad, Nuno Quintaneiro, José Mostardinha, Jorge Ferreira ("lutas" antigas, agora noutro lado), Pedro Neves, Helena Thadeu, Pedro Sousa, José Figueiredo, os mais distantes no tempo Diogo Machado, Pires da Rosa, João Oliveira, e outros mais que a memória já me vai atraiçoando.
E há também aqueles que por aqui passam, mas que por "vergonha", timidez e falta de coragem, ou ainda, porque pura e simplesmente não lhes interessa, não vão escrevendo nada.
A blogoesfera é de TODOS e para TODOS!!!!
Portanto, afirmar-se que o anonimato é o motor deste conceito de participação é, no mínimo, redutista.
Ao contrário do que filosoficamente (sem qualquer tipo de cinismo) Terra&Sal defenia como a diferença entre o Ser e o Ter, a mesma não reside no seu existencialismo.
Reside na sua essência.
No facto de livremente colocarmos as nossa convicções, opiniões e conceitos.
No facto de nos mostrarmos sem preconceitos. Mas de uma forma total.
É certo que este espaço (salvo raríssimas excepções) sempre teve nos anónimos e nos pseudóminos uma participação cívica, leal, respeitadora e, essencialmente, democrática e pluralista.
Mas as "armas" não são iguais. É muito mais cómodo, dizermos o que pensamos, sem nos "mostrarmos".
A propósito da polémica publicação das caricaturas dinamarquesas e de um ou outro processo judicial por difamação ou calúnia, referi que entendi como incoerente as posições que defenderam a publicação das ditas figuras, a encoberto duma irrealista concepção de liberdade, concretamente, a liberdade de expressão.
Afirmarmos que a mesma é ilimitada e desprovida das mais elementares regras básicas do respeito e da liberdade do outro, é não vivermos neste mundo.
É óbvio que esta liberdade de expressão tem limites. Limitada pela liberdade de SER do outro.
Seja em que realidade for: no trabalho, no lazer, na política e, de forma mais abrangente, na sociedade.
Respeito, até pelo tempo que já aqui passei com os mesmo, as opções e convicções de cada um.
Entendo no entanto, que, a favor de uma melhor democracia, todos devíamos tirar os "véus".
Quanto à Tertúlia, venha ela. É deveras um desafio interessante e motivador.
Atrevo-me a "espicaçar" o caríssimo José Mostardinha, por se ter mostrado tão disponível e, se calhar, como ele disse,com alguns trunfos na manga. Seja em que formato for.
É uam questão de participação cívica, à boa maneira da história aveirense democrática, participada e plurlista.
Um confronto à boa maneira desta veneza de portugal.

Desafios

A propósito do post anterior, sobre o fecho (temporário ou não) do Margem Esquerda, nos diversos comentários que lá foram sendo colocados, surgiu a ideia de uma tertúlia (desde o Maréchal, passando pelo Bad, até aos Estados Gerais do José Mostardinha) ao vivo, relacionada com a blogoesfera aveirense, seja ela exclusivamente sobre Aveiro ou não!
 

A este propósito referi, em comentário:
"O desafio, aceito-o com todo o gosto e alma. Seja numa tertúlia ocasional (num espaço público), seja numa tertúlia radiofónica, seja numa tertúlia bloguista (num esquema de blog alargado). Por mim, (...) sabem que gosto de desafios e não lhes viro a cara. Agora é altura dos amigos anónimos estarem para aí virados. Fico à espera."

Haja pois alguém com disponibilidade e capacidade para gerir o desafio, organizar e o "conduzir".
E haja verdadeiro empenho e espírito aveirense.

Falta de Comparência

Em desporto, tal expressão significa, mesmo que temporariamente, um abandono e consequente perda.
Assim vai a blogoesfera aveirense...
Com todo o respeito por aqueles que aqui me visitam e os que vou diariamente descobrindo, há referências que este espaço ía tendo.
É certo que muito me orgulha as visitas dos ilustres Terra&Sal - Maréchal - Pé de Salsa - José Mostardinha - entre muitos outros e bastantes anónimos.
Há alguns que aui vão deixando "marcas"... há muitos outros que só por aqui passam.
Mas havia referências. Mesmo que opostas nas convicções, sempre no mesmo lado do respeito e da consideração, da democracia e do pluralismo e... sempre em defesa de Aveiro.
Já lá vai o tempo da leitura obrigatória do João Oliveira.
Resta a tristeza do abandono de uma referência obrigatória e contraditória do Dr. Raúl Martins.
Aliás, como "padrinho" do blog, fica a certeza de uma blogsfera aveirense mais "pobre" e da polémica construtiva mais ausente.
Como, quando não temos mais palavras para exprimir a realidade, resta afirmar: é a vida!
E a nossa, por cá continua...

Regionalizar Aveiro

Mais uma vez, parece ser de todo o interesse público não deixar esmorecer o tema.
Porque é Aveiro que está em causa.
É a nosso desenvolvimento político, social, cultural e económico que está em causa.
Face à desertificação do interior, a zona litoral toma contornos de sustentabilidade nem sempre equitativa e que dê resposta às necessidades e vontades das populações.
E independentemente da questão tocar a todos aveirenses, ela é pura e simplesmente política. E deve ser a partir deste ponto que se devem congregar esforços, vontades e meios. Com todas as forças partidárias, sociais, económicas e culturais.
O "inquérito" sobre a regionlização e Aveiro e que, durante três semanas, aqui esteve disponível recolheu o (histórico e recorde) total de 101 opiniões.

Há, felizmente, a percepção de que o projecto de regionalização, mesmo que não assumido ou dissimulado, que esta em curso e previsto pelo governo, coloca Aveiro sem peso político, económico e cultural, transfromando a sua realidade estrutural e a sua importância regional numa mera subserviência a uma região que historica, cultural, económica, política, religiosa e socialmente nada tem a haver com Aveiro - isto é: Coimbra.
É a aniquilação do futuro da GAMA, da AMRia, da Rota da Luz, da importância que Aveiro tem no eixo IP5, ou seja, do seu desenvolvimento futuro.
É uma realidade que não estará assim tão logínqua e que urge preservar.
Para muitos, só depois de perdermos o pouco "peso" que ainda nos resta, é que saberemos recordar o muito que nos faltou lutar.
Só que aí, já tarde demais.

Queixinhas

"Oh mãe! Aquele menino bateu-me!"
"Oh pai! O mano não me empresta o comando da televisão!"
"Oh .... etc. etc. etc."
São expressões por demais conhecidas, já há muitos anos proferidas, e para alguns de nós (aqueles que têm filhos ou netos pequenos) ainda lembradas.
Significam, no fim de tudo, mimo - birras e queixinhas.
Na maioria dos casos, sem qualquer importância, relevância ou significado.
Serve, em grande parte, para chamar a atenção, para combater a sensação de recusa ou alheamento.
Tal e qual a imagem que surgiu recentemente na TV, com as referências e entrevista do Dr. Manuel Maria Carrilho, a propósito do seu "livrinho".
Tal e qual o reflexo de mimo, de não assumir o fracasso político, de queixinhas públicas e de tentativa de construir um bode expiatório para uma realidade tão simples como o "perder e ganhar". E em política isto chama-se democracia, opção do povo e liberdade de escolha.
Em jornalismo entendo que deva ser chamado de liberdade de expressão, de direito à informação e à comunicação dos factos.
Mais do que isto é puro ressentimento, amuo, falta de democracia e de um claro e conhecido complexo de superioridade e de mediatismo.
Quem vota é que lá vai conseguindo, eleição após eleição, destinguindo a realidade e a ficção.

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