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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

No limiar...

da pobreza, ou de outra qualquer forma de falta de dignidade humana e de falta de respeito pelos direitos e valores humanos.
Porque o fosso se torna cada vez mais abismal entre alguns (ricos) e imensos (pobres).
Porque há quem viva sem nada ou com menos de 1 € por dia (no Mundo e por cá).
Porque, face a esta realidade, sinto-me com sorte.
Porque não posso ficar indiferente
Ontem, também eu me "LEVANTEI-ME CONTRA".
Pela causa, pela solidariedade, pela consciência, por quem não o pode fazer, por quem - teimosa e orgulhosamente - não o quis fazer, POR QUEM PRECISA.

Pena que seja só por uns minutos...

Ode à Infância

Publicado na edição de quinta-feira (16.10.2008) do Diário de Aveiro.

Sais Minerais
Ode à Infância…


A Junta de Freguesia da Glória, da qual, orgulhosamente, recordo o mandato exercido na sua Assembleia, celebrou os seus 173 anos de história, homenageando 12 professoras do 1º ciclo do Ensino Básico das Escolas de Vilar, Glória e Santiago e que, no decurso dos últimos três anos lectivos, passaram a categoria de aposentadas.
Pode ser discutível o porquê do acto integrado nas referidas comemorações, sendo certo que qualquer outro evento também seria passível de questionamento. Pessoalmente, acho perfeitamente aceitável. Aliás, coincidindo com o Dia do Professor e face à realidade vivida, nos dias de hoje, pela classe docente, o executivo da Junta merece a minha respeitabilidade pela opção tomada.
Por razões diversas, estive presente.
Apesar de não ter tido qualquer ligação com as homenageadas (curiosamente, apenas professoras), nem as conhecer pessoalmente, não pude deixar de recordar, pela envolvência da cerimónia, o meu percurso da escolaridade primária: o Conservatório e a Escola da Glória.
Por mais esforço que faça, só me vem à memória, um ou outro rosto de colegas que partilharam comigo a mesma sala, as mesmas brincadeiras, o mesmo recreio.
No entanto, é perfeitamente clara a memória de quem me ensinou a ler, a escrever e a contar: professora Madalena, professora Eneida Cristo e professora Maria Teresa Neves.
Felizmente para mim, as memórias vividas apenas trazem boas recordações. Há gente com sorte…
Porque não me restam quaisquer dúvidas que, ainda hoje, persistem nos meus comportamentos escolares ou formativos, a vontade de aprender e a curiosidade de saber, que me souberam incutir na minha infância.
É fácil admirar e contemplar a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo, o Big Ben, os Jerónimos ou a Batalha, ou a Estátua da Liberdade. São obra… são perpetuidades físicas, com mais ou menos história.
Mas é muito melhor poder voltar ao quadro preto de giz, às cadeiras de madeira, ao recreio e aos bancos da nossa escola primária.
E poder dizer, mesmo que baixinho, obrigado por me terem ajudado a crescer e a aprender.

Ao sabor da pena…