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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

O Rapaz Bicicleta... no CETA.

O Círculo Experimental de Teatro de Aveiro- CETA, apresenta:
 
"O Rapaz Bicicleta - Uma história de amor"
Texto Original e Encenação de Ana Salgueiro


Dias: 3, 4, 10, 11, 17 e 18 de Dezembro / Sábados e Domingos às 16.00 horas
Sinopse (fonte: Ana Salgueiro / CETA)
Miúdos: Espero que se divirtam! É sobretudo para vocês, com muito amor.
Graúdos: Esta é uma daquelas histórias que quiseram ser escritas, por seis razões essenciais e simples:
1. Pelos miúdos e pelas suas bicicletas.
2. Pelos rapazes bicicleta que vivem dentro de nós (de calções e botas enfarruscadas) com vontade de pedalar pelo mundo fora a comer maçãs fresquinhas e que merecem ser ‘cantados’.
3. Pela bicicleta que é um veículo para a mobilidade, funcional, saudável e bonito, e que entendemos tão mal. É urgente saber trazê-la de volta para a nossa sociedade.
4. Pelo puro prazer da brincadeira e da saudável loucura.
5. Pelas histórias de amor às quais deveremos saber dar o melhor destino possível: ouvindo o coração. Nesta, o príncipe leva a sua princesa de bicicleta.
6. Pelo prazer imenso que é conduzir uma bicicleta sentido o vento a sussurrar-nos mistérios ao ouvido.

Ficha Técnica:
Texto e Encenação: Ana Salgueiro
Sonoplastia: Samy / Fernando Nazaré
Luminotécnica: Emanuel Grilo
Canções: Fernando Nazaré
Voz: Ana Tavares
Concepção Gráfica: cenoura e espinafre
Produção: CETA
Apoio de Concepção Cénica: Mané
Apoio de Figurinos: Patrícia Pereira e CASCI

Elenco:

Narrador - Fátima Camões
Narrador - Catherine Oliveira
Rapazbicicleta - José Albergaria
Japchês - Sérgio Bento
Boneca - Cláudia Alexandrino
Cavaleiro - Mané
Cantora - Ana Tavares
Espantalho - Cláudia Alexandrino
Avózinha - Paula Ribas

As voltas da imprensa...

É sabido que a Comunicação Social atravessa momentos conturbados, mais por força da componente (excessiva, diga-se) da sustentabilidade financeira, do que propriamente a profissional (embora esta seja também criticável).
É o caso da eventual privatização ou concessão da RTP e a redefinição de serviço público, são os encerramentos de vários órgãos de comunicação (jornais, revistas e rádios, principalmente), são as situações laborais, clara e regularmente, colocadas em causa.

Mas a surpresa vem do lado da TVI, Porto Canal e, curiosamente, Júlio Magalhães... Juca (para os amigos e colegas) estará de malas aviadas para o norte e o recente canal portista.



De facto... a Comunicação Social precisa, urgentemente, de se consolidar, de se repensar, de uma análise e reflexão profunda. Mas sempre... urgente.

Cidadania… participação ou indignação?

Publicado na edição de hoje, 30 de Novembro, do Diário de Aveiro.

Debaixo dos Arcos
Cidadania… participação ou indignação?


Os “Amigos da Avenida”, movimento cívico aveirense, registaram, neste fim-de-semana passado, três anos de existência e actividade.
Não me cabe comentar, nem tecer qualquer tipo de análise ou reflexão, sobre as suas actividades, as opções e posições que o movimento tomou.
Referenciar apenas que o movimento liderado por José Carlos Mota, entre outros, tem um espaço na blogoesfera de reflexão sobre o futuro de Aveiro, aderiu à rede social facebook onde mantém os mesmos princípios de discussão, e tomou posições públicas, independentemente de se concordar ou não com as mesmas, sobre temas como a reabilitação urbana da Avenida, o sistema BUGA, o papel do Teatro Aveirense, o Parque da Sustentabilidade (com referências particulares ao bairro do Alboi e à ponte pedonal sobre o Canal Central), a recuperação da Praça Melo Freitas, o corte das árvores na Avenida, o Orçamento Participativo, como exemplos. Para além de um conjunto de actividade de animação de espaço público desenvolvidas no âmbito das comemorações dos 250 anos de elevação de Aveiro a cidade.
Mas o que me leva a fazer a referência ao movimento prende-se apenas com a temática da participação cívica e do exercício da cidadania que cabe, por direito e por dever, a cada um dos portugueses.
E cabe, em primeiro lugar, a cada um dos cidadãos como elemento que sustenta a sociedade, as suas relações com as comunidades e com as instituições e entidades, culminando com o seu relacionamento com o próprio Estado. Só depois do reconhecimento deste papel que cabe a cada um de nós individualmente é que faz sentido que esse meu desempenho, tarefa ou função social ganhe escala, dimensão, “peso”, dinâmica através da associação a mais cidadãos com objectivos e causas mais ou menos comuns e similares. Mesmo que estas não tenham um carácter formal ou legal, porque essa formalidade ou legalidade advém, em primeiro lugar, do próprio indivíduo com direitos e deveres consignados e atribuídos.
Mas neste âmbito, são várias as questões que se colocam nos desafios e na realidade dos dias de hoje.
Que tipo de participação cabe aos cidadãos?! Que tipo de responsabilidades (direitos e deveres) são colocadas a cada um dos portugueses?!
Sendo certo que o cidadão existe enquanto ser humano, individualizado, os seus direitos e deveres resultam da sua relação com o outro e com as comunidades.
E é nesta relação com o outro e com a sociedade que faz sentido o exercício da participação cívica e da cidadania, onde o direito (e o dever, por consequência de princípio) ao voto se afigura como a mais (embora não única) nobre expressão da vontade e da participação do cidadão. Mas tal, de facto, não se esgota, e não se deve esgotar, no simples acto eleitoral (seja ele qual for).
Os cidadãos devem poder ter espaços de intervenção, de crítica, de propostas, de participação, pela implementação de um verdadeiro “espaço público” segundo Habermas, sem que a democracia representativa (pilar do estado de direito português) seja colocada em causa.
Porque não há maior risco para a democracia do que esta cair no caos e na anarquia, tornando-a inconsistente, ineficaz, uma clara “Torre de Babel”. Como se tem verificado com os diversos movimentos de indignação que vão proliferando por diversos países. Na maioria dos casos… só porque sim.
Mas para que tal não aconteça, para que não haja um sentimento tão forte de indignação em relação à democracia, esta e as instituições, as relações com as comunidades, devem ter especial atenção ao direito, liberdades e garantias que assiste a cada um dos cidadãos (individual ou colectivamente).
Para isso, a política, os políticos, os partidos, os órgãos de gestão democrática têm que mudar a sua imagem, repensar o seu funcionamento e as suas estruturações, e, principalmente, a fora como se relacionam com o interesse colectivo das comunidades, grupos ou indivíduos.
O cidadão (ou os seus movimentos) não pode sobrepor-se à legitimidade democrática de quem gera ou governa a “coisa” pública. Como quem governa e as entidades governadas não devem menosprezar e ficar indiferentes ao bem comum e ao bem-estar dos seus cidadãos.
A democracia faz-se com e para todos.

Teatro Aveirense... em Dezembro!

O Teatro Aveirense divulgou hoje a sua programação para o final deste ano de 2011, com excelentes novidades.
Três destaques, meramente por razões e opções pessoais: 

4 de Dezembro (domingo) - 11.00 horas


No primeiro domingo de cada mês, o Conservatório de Música de Aveiro de Calouste Gulbenkian associa-se ao Teatro Aveirense para a criação de concertos promenade. Uma oportunidade de ouro para quem procura uma introdução à música erudita ou apenas momentos musicais de uma qualidade incontestável.
1.ª Parte Pequena Orquestra de Cordas (20 elementos)
Programa: Choral, R. Schumman; Air (3ª suite), J. Bach; Abertura II Acto Flauta Mágica, W.A. Mozart; Pastoral Concerto Grosso nº8 op. 6, A. Corelli
2.ª Parte Coro(s)
Programa:
- Coro da Iniciação (116 alunos): Natal do Menino, Sérgio Azevedo;
- Coro do Articulado (138 alunos): Cantata de Natal, Sérgio Azevedo.

7 de Dezembro (quarta-feira) - 21.30 horas

Melo/Santos 4tet ft Omer Avital (Jazz)

O pianista Filipe Melo e o guitarrista Bruno Santos co-lideram este grupo que foi criado com o intuito de acompanhar lendas do jazz internacional que se deslocam ao nosso país. Nos últimos anos, este grupo acompanhou nomes como Peter Bernstein, Donald Harrison, Jesse Davis, Paulinho Braga, Sheila Jordan, Herb Geller e Martin Taylor.
As colaborações frequentes deste grupo com artistas estrangeiros resulta este ano num concerto com o brilhante contrabaixista israelita OMER AVITAL - um dos mais influentes baixistas da última década.
O contrabaixista Omer Avital é, hoje em dia, um sinónimo de inovação e virtuosismo do Jazz em Nova Iorque. Nascido na pequena cidade israelita de Givataim, começou os seus estudos musicais no conservatório local, na guitarra. Cresceu em Tel-Aviv, numa família marroquina-iemenita, onde a sua influência do Médio Oriente se mistura com o Jazz e com os blues.
Depois, é aceite na Talma Yalin, a escola de artes mais importante de Israel, onde era o líder do ensemble de jazz, sendo responsável por todos os arranjos. No seu último ano escolar, quando tinha apenas 17 anos, já tocava profissionalmente, tendo-se mudado para Nova Iorque pouco mais tarde. Nesta cidade, partilha o palco com gigantes como Roy Haynes, Jimmy Cobb, Nat Adderley, Walter Bishop, Jr., Al Foster, Kenny Garrett, Steve Grossman, Jimmy Lovelace, e Rashied Ali. Apesar de tocar com os maiores nomes do jazz, a melhor oportunidade surge quando se torna responsável pelo grupo de abertura da jam session do famoso clube Smalls, no Greenwich Village. Desde então, tocou com músicos como Joshua Redman, Brad Mehldau, Aaron Goldberg, Avishai Cohen, Anat Cohen, Marc Miralta, Yuval Cohen, Emilio Solá y La Orquestable, Antonio Hart, Bill Saxton, Jeff Ballard, Antonio Hart, Claudia Acuña, Kurt Rosenwinkel, Peter Bernstein e Larry Goldings.

10 de Dezembro (sábado) - 21.30 horas

É como diz o Outro
Com Bruno Nogueira e Miguel Guilherme

“É como diz o outro” é uma comédia que relata o dia a dia de dois amigos que trabalham juntos, frente a frente. Entre o trabalho, conversam sobre as suas vidas, aspirações, dúvidas, trocam confidências e discutem sobre temas tão complexos como uma receita de arroz de rodovalho ou a escassez da pedra mármore. 
Interpretada por Bruno Nogueira e Miguel Guilherme e encenada por Tiago Guedes, esta comédia é baseada nos textos escritos e interpretados por Henrique Dias e Frederico Pombares na rubrica com o mesmo nome, emitida no programa “Cinco para a Meia-Noite”, da RTP 2.

três anos de cidadania

O movimento de cidadãos "Amigos da Avenida" fez, este fim-de-semana passado três anos de existência, de intervenção e de participação cívica, num claro exemplo de cidadania.
Nem sempre concordei com as suas posições, é certo. Isso faz parte da democracia.
Não acho que o exercício do poder democrático seja, salvo raríssimas excepções, mal executado.
Como não acho que o poder está assim tão afastado dos cidadãos. Existem mecanismos, seja de carácter legal, seja ao nível da participação cívica, que possibilitam o exercício do direito de cidadania aos cidadãos.
No entanto, entendo que o movimento tem prestado um excelente serviço à critica, ao espaço público, ao direito à liberdade de expressão e opinião.
Concorde-se ou talvez não... Parabéns!

Uma "auto-avaliação" em jeito de resumo.

A Raínha dos Palcos...

Eunice Muñoz não é apenas uma actriz. Não é apenas a raínha dos palcos. Eunice Muñoz não faz apenas parte da história do teatro.
Eunice Muñoz é o Teatro.
Uma referência, um percurso de vida e de actriz exemplar, com uma impressionante resistência aos tempos mais dificeis e mais exigentes.
Um modelo... A referência.
Eunice Muñoz completa hoje 70 anos de carreira.
Única. Diva. Raínha. Eunice é património, material e imaterial, indiscutível do teatro e da cultura portuguesa!

Eunice Muñoz estreou-se nos palcos no dia 28 de Novembro de 1941, na peça "Vendaval", de Virgínia Vitorino, integrando a Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro.
Após 70 anos volvidos, no mesmo dia em que é condecorada pelo Presidente da República, Cavaco Silva, com a Grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique (celebrando assim os seus 70 anos de carreira), a actriz sobe ao palco do Auditório Municipal Eunice Muñoz, em Oeiras, onde estreia a peça "O cerco a Leninegrado", do espanhol José Sanchis Sinisterra.

Aveiro Solidário... 2011

É certo que os tempos que correm não são animadores... de todo e antes pelo contrário.
As medidas de austeridade, a crise financeira (e a de valores), o desemprego, as finanças familiares, os cortes nos subsídios e apoios sociais, vão trazer um Natal, um final de 2011 e um início de 2012 muito críticos para a maioria dos portugueses.
Mas também é sabido (como aqui referi) que é nas situações de maior crise e de mais dificuldades que os portugueses costumam mostrarem-se mais solidários, mais próximos do "vizinho", menos isolados e "egoístas".
Até ao dia 9 de Dezembro, a Câmara Municipal de Aveiro, através da sua Divisão de Acção Social, promove a campanha “Aveiro Solidário - Natal 2011".
Esta campanha promove, junto da comunidade aveirense, a recolha de roupa, brinquedos e material escolar, que serão depois distribuídos pelas várias Instituições do Concelho de Aveiro, para serem entregues a famílias carenciadas.

A entrega dos referidos artigos deverá ser feita de segunda a sexta-feira, das 8.00 às 20.00 horas, na Galeria Municipal Paços do Concelho – Praça da República.

Tudo isto é... Fado.


Não sou, de todo, alguém que goste particularmente deste género musical: muito próprio das vivências bairristas de Lisboa, mesmo que tornado popular por força dos seus intérpretes (Amália, Marceneiro, etc), do cinema nacional, da revista, do teatro...
Aliás, mesmo que considerado elitista (e, de facto, sexista - só cantado por homens), gosto muito mais do Fado de Coimbra.

E como eu há mais pessoas... Por isso afirmar-se que este é um momento nacional ou de importância relevante para todos os portugueses é uma falácia. O Fado que se fala é de Lisboa. Por isso é que lá esteve presente o presidente da autarquia lisboeta e não o do Porto, Aveiro ou Faro.
É o mesmo que dizer que os Pastéis de Belém são uma referência nacional, quando o que se "come" por esse Portugal inteiro são pastéis de nata.

Mas pior ainda é o aproveitamento político, mesmo que dissimulado, do acontecimento: o que é que esta distinção (mesmo que meritória) tem a ver com "inspiração para os portugueses"?! Por favor... Menos demagogia aprecia-se!
Assim como, apesar da relevância, se mostra prudente alguma contenção nas euforias. Porque todos pagamos!

Solidariedade… em tempos de crise

Publicado na edição de hoje, 27 Novembro, do Diário de Aveiro.

Entre a Proa e a Ré
Solidariedade… em tempos de crise.


Até ao próximo dia 4 de Dezembro o Banco Alimentar Contra a Fome volta a lançar mais uma campanha nacional de recolha de alimentos: "Graças à sua ajuda há cada vez mais sorrisos", espalhada de norte a sul do país e contará com o contributo de cerca de 34 mil voluntários.
O resultado da campanha deste ano reverterá a favor de cerca de 320 mil pessoas com carências alimentares através de mais de duas mil instituições de solidariedade social.
É reconhecida a capacidade solidária dos portugueses que, nos momentos mais difíceis, se mostram mais próximos dos amigos, dos vizinhos ou, até mesmo, daqueles que não conhecem o rosto mas reconhecem as dificuldades da vida.
Mais uma vez, através de uma das instituições nacionais com um papel determinante no apoio social e solidário (sem qualquer tipo de menosprezo por muitas e muitas instituições que pautam a sua acção e missão por ajudar, de várias formas, aqueles que mais necessitam, na maioria dos casos substituindo um papel e uma responsabilidade que caberia, em primeira instância, ao Estado e às entidades públicas) os portugueses são chamados a demonstrar, de facto, esse espírito de solidariedade e de entre-ajuda.
Com início na sexta-feira passada e até às 13.00 horas de ontem (sábado), no site que o Banco Alimentar disponibiliza como alternativa para que os cidadãos possam, como alternativa, efectuar as suas doações (www.alimentestaideia.net) já tinham sido doados cerca de 3500 litros de azeite, 3200 litros de óleo, 17200 litros de leite, 580 quilos de atum, 1700 quilos de salsichas e 3400 quilos de açúcar.
A campanha deste ano tem uma particularidade. Para além dos alimentos que são doados através do site ou nos super e hipermercados, o Banco Alimentar está igualmente a solicitar doação de papel (jornais, revistas, papel usado, panfletos) que, já não têm valor e que iria para o lixo (ou para reciclar). Com este pedido, segundo a presidente da Federação dos Bancos Alimentares contra a Fome, Isabel Jonet, o papel passa a ter valor monetário: o Banco Alimentar tem o compromisso com uma empresa que paga 100 euros em produtos alimentares, por cada tonelada de papel. Uma outra solução para a angariação de recursos que permitam dar continuidade a um projecto cada vez mais premente.
Mas há duas questões que importa colocar. Será que os portugueses mantêm o espírito solidário que sempre nos caracterizou ou tornaram-se mais individualistas e isolados? E face à conjuntura actual será que ainda restam cidadãos, mesmo que com vontade de ajudar, que tenham capacidade e possibilidade de ajudar? Por natureza, aqueles que menos têm, por sentirem mais fortemente as dificuldades, são os que se mostram mais solidários. A questão é que, cada vez mais, são os que recorrem à ajuda e precisam da solidariedade.
Mesmo que os números divulgados pelo Banco Alimentar demonstrem que, ano após ano, o volume de alimentos doados tem vindo a crescer, a verdade é que esta campanha se desenvolve em plena crise de austeridade, com cortes nos subsídios, no poder de compra e nas finanças domésticas e das empresas. Mas sobretudo há muitas famílias e cidadãos carenciados, e cresce o número de desempregados (12,5% de inscritos nos centros de emprego, o que significa que o número de desempregados é ainda mais elevado por força dos que não recebem subsídio de desemprego e não estão nas listas).
Dados divulgados pelo Banco Alimentar revelam que já em 2011 foram apoiadas 329 mil pessoas através de mais de duas mil instituições e que no ano de 2010 o resultado das campanhas cifrou-se na recolha de cerca 26.600 toneladas de alimentos, numa média diária de 106 toneladas (média calculada por dias úteis).
Mas os números da realidade que o país atravessa são preocupantes, o que reforça a necessidade de uma solidariedade enorme e de um empenho de todos: o aumento do desemprego, a perda de subsídios e de alguns benefícios sociais, apesar do esforço do governo para não penalizar os mais carenciados, a subida das rendas de habitação e dos juros dos empréstimos bancários, o nível do custo de vida, a precariedade laboral, entre outros, são razões consideravelmente fortes que fazem com que cada vez mais portugueses necessitem do apoio de instituições de solidariedade social. Por exemplo, para além dos números divulgados pela Federação dos Bancos Alimentares, a Cáritas Portuguesa, desde o início de 2011 prestou apoio a cerca de 28 mil agregados familiares, correspondendo sensivelmente a 66500 pessoas. Simultaneamente foram recebidas inscrições de 4645 novas famílias (uma preocupante média de 516 casos por mês), equivalentes a um considerável registo de cerca de 12500 novas pessoas apoiadas (1400/mês).
Conforme os números do governo (em função da promessa de descongelamento de reformas) há cerca de um milhão de idosos a viver com cerca de 280 euros mensais. Além disso, um quinto das famílias portuguesas (uma em cada cinco – cerca de 20%) tem dificuldades em cobrir as suas necessidades mais elementares e diárias.
Mas as dificuldades são sentidas também ao nível das próprias instituições solidárias já que o aumento exponencial de pedidos de ajuda provoca a roptura na capacidade de resposta. Por exemplo, em Setúbal, uma das zonas do país mais afectadas pelo desemprego e pela precaridade, o Banco Alimentar responda a cerca de 30 mil solicitações de apoio.
Quando se fala tanto em equidade e justiça, hoje, mais do que nunca, a crise carece de uma resposta fortemente solidária.
Ontem (sábado), ao início da tarde, o Banco Alimentar de Portalegre já tinha recebido quatro toneladas de bens alimentares. No entanto, como dizia uma colega jornalista na rede social twitter… “quatro toneladas e parece tão vazio”!
Uma boa semana… com forte contributo solidário. Porque todos precisamos!

A ler os outros... Joel Neto (DN)

O caso do pequeno Gustavo, filho do jogador de futebol Carlos Martins.
Qualquer drama que envolva crianças é sempre mais tocante (e, nalguns casos, mais chocante), independentemente dos factos.
Num caso de doenças graves e crónicas ainda mais se acentua a compaixão, o respeito e a solidariedade.
Quando os factos envolvem crianças que são filhos de figuras mediáticas, a solidariedade (e o mediatismo) aumenta exponencialmente.
É certo que há muitos "Gustavos" em Portugal. Mas também, reconheça-se, que o destaque dado à situação dramática do filho de Carlos Martins serve igualmente para alertar, sensibilizar e ajudar estruturas e entidades das respectivas áreas de intervenção.
Daí que o papel da Comunicação Social reveste-se de particular importância. Não só pela capacidade de mediatização dos factos, das campanhas, como um meio privilegiado de prevenção, alerta e sensibilização.
Desde que salvaguardados princípios de respeito pela vida humana, reserva da vida privada e, acima de tudo, rigor informativo e profissionalismo.
Longe da tentação da "lamechice", da "compaixão beata", do sensacionalismo ou da pieguice.
E a entrevista da RTP1, na passada semana, mesmo que não tenha chegado a este ponto, andou muito perto... com a jornalista Sandra Sousa - Grande Entrevista - a resvalar para as perguntas de "escola primária" em vez de aproveitar a oportunidade para falar aprofundadamente sobre a doença, como lidar com a realidade, que perspectivas de cura, campanhas solidárias, etc.

Hoje é dia... Contra!

25 de Abril de 1974 - A Liberdade
Por um processo revolucionário que teve na sua essência o descontentamento no seio das Forças Armadas (após a madrugada de 24 de Abril aproveitado para a vertente política), o movimento militar permitiu a instauração da Liberdade em Portugal após 41 anos ditatoriais (Salazar e Marcelo Caetano).

25 de Novembro de 1975 - A Democracia
Após um Verão de 1975 extremamente "quente" e agitado (onde se incluiram as primeiras eleições após o derrube do regime) a Democracia é inplementada, de novo com a ajuda da "contra-revolução" militar.
Um "novo" 25 de Abril...

Para memória...
- O 25 de Novembro de 1975 (revista militar)




Presépios Tradicionais em exposição

Sábado, dia 26 de Novembro, pelas 16.00 horas, é inaugurada a exposição “Presépios Tradicionais Portugueses” na Galeria do Edifício Sede da Assembleia Municipal de Aveiro.

“Presépios Tradicionais Portugueses” é uma iniciativa promovida pela Associação de Artesãos da Região de Aveiro “A Barrica” (com o apoio da autarquia aveirenses) e contará, neste segundo ano de edição, com peças de 23 artesãos que desenvolvem o seu trabalho com o objectivo de fazer perdurar as tradições e costumes da quadra natalícia.

A exposição está patente ao público, com entrada livre, até ao dia 8 de Janeiro de 2012, de terça a sexta-feira, entre as 14.00 às 18.00 Hm, e aos sábados, domingos e feriados, entre as 15.00 às 19.00 Hm, na Galeria do Edifício Sede da Assembleia Municipal de Aveiro.



Mensagem do presidente d' "A Barrica", Evaristo Silva
"A segunda edição da exposição 'Presépios Tradicionais Portugueses' (a primeira ocorreu no Natal de 2010) é promovida pela Associação de Artesãos da Região de Aveiro “A Barrica” e apresenta peças de 23 artesãos com o objectivo de fazer perdurar as tradições e costumes da quadra natalícia". (fonte: Câmara Municipal de Aveiro)


 

Mensagem da Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Aveiro, Maria da Luz Nolasco
"São assim os artesãos de hoje tal qual os de ontem e de amanhã. Do barro sai a forma mágica que inunda o nosso quotidiano de figuras com sentido e com uma sedução única porque são belas e grandiosas na sua expressão. Viva a arte e os seus criadores.
Obrigada Artesãos de Aveiro e de todo o Portugal representados nesta exposição através dos seus presépios, na Galeria da antiga Capitania e hoje hemiciclo da Assembleia Municipal; exposição onde se reconhece a força da vossa inspiração. Bom Natal e próspero ano de 2012..."
(fonte: Câmara Municipal de Aveiro)

Mobilidade… equidade ou justiça.

Publicado na edição de hoje, 23 de Novembro, do Diário de Aveiro.

Debaixo dos Arcos
Mobilidade… equidade ou justiça
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A mobilidade tem sido, na região de Aveiro, uma temática abordada a espaços, muitas vezes de forma desarticulada, apesar de pontuais esforços comuns como o processo de mobilidade intermunicipal iniciado pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro – CIRA.
Falta dimensão e escala a uma rede de transportes intermunicipal, existiu, durante anos consecutivos, uma total indiferença em relação à Linha do Vouga e é conhecida a situação estrutural da MoveAveiro.
Além disso, perecem-me desarticuladas várias iniciativas tomadas ao nível da mobilidade na cidade: ciclável, pedonal, regulação de trânsito, espaços de estacionamento onerado.
Os projectos europeus (em curso ou terminados), interessantes e válidos nos seus objectivos e nas suas missões, não se entrosaram nem se ligaram, quer entre si, quer em relação a uma mobilidade abrangente. A regulação do trânsito e a criação de vários novos espaços de estacionamento tem mostrado uma preocupação mais economicista, mesmo que legítima face às dificuldades financeiras do município e da MoveAveiro, do que ao nível do planeamento urbano e da mobilidade. Por exemplo, colocar estacionamento em zonas predominantemente residências poderá ter o efeito contrário, devido à ausência do princípio da rotatividade. Ou seja, os cidadãos de estacionamento de “longa duração” vão acabar por procurar zonas isentas de pagamento, infelizmente, as menos aconselháveis e menos próprias, criando muito mais complicações ao nível do trânsito e do desordenamento de estacionamento.
No entanto, no caso da MoveAveiro têm sido várias as vozes, quer ao nível sindical, quer em relação aos partidos da oposição municipal, que se têm insurgido quanto a uma eventual concessão ou privatização da empresa municipal de mobilidade por parte da autarquia, face às dificuldades financeiras e estruturais que a empresa e o próprio sector atravessam.
E não restem dúvidas… a MoveAveiro carece de uma intervenção urgente sob pena de afundar de vez e não ter qualquer salvação. E a realidade é muito crua e dura. Resta saber qual o melhor caminho para a empresa, para o seu património e, nomeadamente, para os seus recursos humanos, sendo certo que muito dificilmente a Câmara Municipal de Aveiro terá disponibilidade e estrutura, nesta conjuntura, para poder reintegrar e gerir aquele serviço.
Até porque longe vão os anos em que os transportes, para além do custo da vertente social, foram perdendo a sua capacidade financeira e estrutura. A título de exemplo foram o surgimento das Escolas E,B (à data C+S) nas diversas freguesias que retiraram muita da procura do serviço (a população estudantil), a ausência de medidas e políticas de restrição de trânsito e estacionamento na cidade, e ainda a confusão entre equidade e justiça com a eliminação das zonas tarifárias que fez perder receitas e passageiros. Porque não basta tratar todos os cidadãos da mesma forma (porque há diversidades inerentes a diversas circunstâncias). É preciso tratá-los com justiça. E não é justo que quem faça cinco ou seis quilómetros de autocarro pague o mesmo que quem faça um quilómetro. Aliás, uma política zonal do tarifário que não foi implementada por outros operadores públicos de transporte e que está, inclusive, a ser preparada para ser aplicada, por exemplo, na CP.
Mas estes são alguns exemplos.
Acredito que a MoveAveiro necessite de renovação da sua frota, ao que os seus utentes agradecerão, por um melhor conforto e qualidade de serviço. Não vejo, por isso, razão para que a oposição tenha estado contra à aquisição de duas novas viaturas (principalmente por razões processuais, facilmente ultrapassáveis).
O que eu acho é que a MoveAveiro e o próprio concelho de Aveiro precisam de reflectir e avaliar a sua mobilidade e a estruturação consistente e sustentável, mesmo que ao nível da concessão ou da privatização, de um serviço público de transportes, que tenha presente o utente, o serviço, a mobilidade e os funcionários que são parte interessada no processo, com toda a legitimidade.

Documento Verde Reforma da Administração Local - Debate

A Comissão Permanente da Assembleia Municipal de Aveiro decidiu realizar um debate público sobre o Documento Verde para a Reforma da Administração Local, aberta à comunidade aveirense.

Esta sessão-debate pública terá lugar no dia 23 de Novembro, pelas 20.30 horas, no edifício sede da Assembleia Municipal de Aveiro e contará com a presença dos deputados da Assembleia da República, Carlos Abreu Amorim (PSD), José Junqueiro (PS), João Pinho de Almeida (CDS) e Pedro Filipe Soares (BE), bem como o deputado Municipal António Salavessa (PCP).

O colóquio é não só direccionados aos agentes directos na gestão do poder local, mas também a todos os munícipes interessados em analisar, debater e apresentar propostas que valorizem a discussão em torno da questão da Reforma da Administração Local.
A Comissão Permanente é um órgão interno constituído pela Mesa da Assembleia Municipal de Aveiro e pelos líderes dos diversos grupos municipais.

Breves notas biográficas dos oradores.

Carlos Abreu Amorim
Deputado da Assembleia da República do Grupo Parlamentar PSD, eleito pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo.
Jurista - Licenciado, Mestrado e Doutorado em Direito
Membro da Comissão Parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local.
Membro da Comissão Eventual para Acompanhamento das Medidas do Programa de Assistência Financeira a Portugal.
Suplente na Comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

José Adelmo Gouveia Bordalo Junqueiro
Deputado da Assembleia da República do Grupo Parlamentar PS, eleito pelo círculo eleitoral de Viseu.
Prof. Universitário – Universidade de Aveiro
ex-Secretário de Estado da Administração Local
Membro da Comissão Parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local.
Suplente na Comissão Parlamentar de Defesa Nacional.
Suplente na Comissão Parlamentar de Saúde.

João Pinho de Almeida
Deputado da Assembleia da República do Grupo Parlamentar CDS-PP, eleito pelo círculo eleitoral do Porto.
Jurista – Licenciado em Direito
Vice-Presidente da bancada do grupo Parlamentar do CDS-PP
Porta-voz do CDS-PP
Membro da Comissão Parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública
Suplente na Comissão Parlamentar de Segurança Social e Trabalho
Suplente na Comissão Eventual para Acompanhamento das Medidas do Programa de Assistência Financeira a Portugal.

Pedro Filipe Gomes Soares
Deputado da Assembleia da República do Grupo Parlamentar BE, eleito pelo círculo eleitoral de Aveiro.
Licenciado em Matemática
Membro da Mesa Nacional e Coordenador da Distrital de Aveiro do Bloco de Esquerda
Membro da Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades
Membro da Comissão Parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública
Suplente na Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas.

António Manuel Santos Salavessa
Deputado Municipal na Assembleia Municipal de Aveiro pelo PCP.
Licenciado em Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação
Mestrando em Informática na Universidade do Minho
Membro da Comissão Executiva da Direcção Regional de Aveiro do PCP.
Membro do Comité Central do PCP
Membro da Comissão Nacional das Autarquias do PCP

Jornadas de História Local e Património Documental 2011

25 de Novembro - Biblioteca Municipal de Aveiro

"Jornadas de História Local e Património Documental"

Organização conjunta entre a Aderav – Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro e a Câmara Municipal de Aveiro.

Integrada na missão de valorizar o património documental da região de Aveiro, para desse modo preservar a memória colectiva da comunidade local, partindo das temáticas de valorização do documento como elemento de registo de informação essencial à partilha do conhecimento.


Esta iniciativa, que tem reunido anualmente um conjunto de investigadores e interessados nas diversas vertentes do desenvolvimento cultural, económico e natural de Aveiro, constitui-se como um momento de debate público, aberto a toda a comunidade aveirense, onde todos podem e devem participar.

Bullying na Casa da Juventude - Aveiro


A Associação "Movimento Vidas e Destinos", em parceria com a Divisão da Juventude da Câmara Municipal de Aveiro, vai promover na Casa Municipal da Juventude, hoje (22.11.2011), pelas 19.00 horas, uma palestra dedicada à temática do Bullying.

Esta iniciativa tem como objectivo, através da promoção de uma cidadania responsável, a sensibilização, a responsabilização e a prevenção para a problemática do Bullying, através da reflexão e partilha de experiências vivenciais.

Esta palestra é aberta à comunidade: adultos, jovens, educadores e professores, e tem como responsáveis Idalinda Costa (psicóloga clínica) e Marina Silva (educadora social).

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