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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

Uns e Outros (les uns et les outres)

Durante cerca de 4 horas (repito 4 horas), a Assembleia da República (contrariando as más línguas sobre o seu desempenho "laboral") debateu o Estado da Nação, ou no pouco que ainda resta.
O Governo lá desfiou o seu "rosário" de fundamentações para a situação côr-de-rosa do país: melhor estado, mais investimento, melhor formação e desenvolvimento tecnológico, etc.
Mesmo que os números indiquem mais desemprego real, maior custo de vida, pior segurança laboral, menos investimento e riqueza, pior saúde e segurança social.
No contraditório, a oposição foi inaceitável e espantosamente mais infeliz. Mal preparada, foi claramente superficial e vazia nos seus discursos.
O PCP teima numa demagogia e numa oratória totalmente desfazada da realidade social, política, económica e cultural dos dias de hoje. E o tempo não volta para trás.
O BE perdeu fulgor, racionalidade e, até mesmo a metaforização do seu discurso é pobre e repetitivo.
O CDS (o "meu" cds) andou um mês em "guerrilha" interna mesquinha e pouco democrática e pluralista (lamentável para um partido democrático e de direita), sem se encontrar, sem se preparar linhas estratégicas de acção, sem uma agenda própria com relevo nacional, motivada por uma frágil e incapaz liderança que há muito deixou antever a incapacidade de ser alternativa a uma confusão de objectivos e princípio entre psd e ps. Uns 3,5% que surgem como uma miragem, se não se iniciar um processo diferente de estruturação de princípios e objectivos.
Um PSD que, sendo o maior partido da oposição, sofre uma evidente falta de imaginação política ao ver-se invadido nos seus princípios e estratégias, linhas de orientação pela medidas que o governo vem executando, que não deixam qualquer margem de alternativa a apresentar.
E assim... chegados aos Verão de 2006, mesu senhores, a República vai a banhos.
Um estado de sítio...

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