A confirmação socialista
O Largo do Rato, ontem à noite, conheceu forte agitação na reunião da Comissão Política Nacional do Partido Socialista.
Tal como referi no post anterior (“Tempestade Socialista”) são agitadas as águas socialistas com evidente oposição à liderança de António José Seguro. Apesar do resultado da reunião tida ontem à noite, a aclamada unidade partidária e independentemente da posição assumida por António Costa (que não deixou de defraudar algumas das expectativas e desiludir alguns socialistas, e que seria um dos eventuais desfechos que antecipei no texto anterior), o que é um facto é que a dita unidade (que, obviamente, não tem que significar seguidismo cego) parece ser uma “paz podre”. E a realidade está patente na necessidade que António José Seguro teve de criar uma “aliança” com António Costa, desdobrando-se numa agenda, intemporal, de reuniões bilaterais para acertar caminhos conjuntos.
Justifique-se da forma que se quiser, mas a necessidade de “coligações”, de “acerto de posições e estratégias”, etc., entre António José Seguro e António Costa significa tão simplesmente uma clara evidência: há, pelo menos, duas facções notórias no interior do PS.
A seu tempo veremos se este “braço-dado” se manterá ou não.