Não se pode ser bom em tudo, mas…
Pedro Passos Coelho, na quinta-feira passada, anunciou uma dupla recandidatura: à liderança do PSD e a um novo mandato como primeiro-ministro.
Para o bem do PSD, da social-democracia e do país seria bom que os sociais-democratas encontrassem uma capaz alternativa que revitalizasse ambos: partido e país.
Acrescem duas notas. A primeira tem a ver com a declaração de Passos Coelho ao afirmar que "Não se estranhará, portanto, que eu me recandidate a presidente do PSD" . Antes pelo contrário… muitos estranham que ainda tenha a “distinta lata” de o fazer. A segunda prende-se com a expressão usada pelo responsável máximo pelo PSD quando disse, no anúncio da sua recandidatura, assumindo com ironia que não tem sido um bom presidente do PSD: “Já não sei quem é que disse que não tenho sido um bom presidente do PSD. Bem, não se pode ser bem em tudo”.
Claro que não, Sr. Primeiro-ministro e Presidente do PSD. De facto são raríssimos os que conseguem ser bons em tudo. Mas o problema é quando nos deparamos com os que, pelo contrário, são maus em tudo.
(créditos da foto: Miguel A. Lopes / Lusa)