antevisão de "Trump e os telhados de vidro europeus".
A presença da historiadora Irene Pimentel as notícias das 21, na SIC Notícias, há cerca de uma hora fez-me antever o texto da edição de amanhã do Diário de Aveiro, sobre a infelicidade dos Estados Unidos e do Mundo em ter na administração Donald Trump.
Dirão alguns, com razão, que é a democracia e que, apesar de tudo (e mais alguma coisa) há que saber respeitar a vontade da maioria dos eleitores que votaram nas últimas eleições presidenciais norte-americanas. Não o nego... mas é a mesma democracia que me legitima o direito à indignação, à crítica, à condenação e a reprovação.
Dizia muito bem a Dra. Irene Pimentel que há um princípio defendido pelos historiadores de que a "história não se repete". E não se repete porque os contextos e as personalidades que a escrevem são únicos e irrepetíveis. No caso de uma terceira Guerra ela não será, de todo e em todo, igual ou idêntica à II Grande Guerra. Obviamente que Trump não é igual a Hitler ou a Mosulini. Mas há um outro elemento que a historiadora refere com total pertinência e relevância: há matrizes que a história repete. A fragilização da democracia, o totalitarismo ou o autoritarismo são realidades perfeitamente repetíveis e que não serão cenários impensáveis numa administração norte-americana que tem Donald Trump na condução dos seus destinos. Já para não falar na concepção xenófoba, racista e sexista da vida e da sociedade, para além da negação de princípios básicos dos direitos fundamentais.
Trump será tudo o que de pior se poderia esperar no pior de George W. Bush. E foi há tão pouco tempo.
Aliás, W.Bush é um menino aprendiz de feiticeiro no populismo e no exercício do pior lado da política.
Donald Trump com a defesa programática do proteccionismo cego acabará por fragilizar a economia americana e a economia internacional, bem como a ordem social interna e externa e condicionará, pela negativa, a geopolítica internacional.
Mas há ainda um senão... esta seria a melhor e maior oportunidade para a União Europeia olhar para si, se rever e se revitalizar, a todos os níveis: sociais, geopolíticos, económico-financeiros e geoestratégicos (defesa). Mas..... são tantos os telhados de vidro na Europa.