Porque se cala a União Europeia?
A queda do avião das linhas aéreas da Malásia, na zona ucraniana de Donetsk, é uma tragédia irreparável e injustificável.
A tese/prova de que o avião terá sido abatido é de uma barbárie inqualificável.
Ponto. Sobre isto não me parece que haja qualquer outra justificação ou argumentação. Nada justifica a morte, inocente ou não.
A par desta triste e condenável realidade, já alguém (nomeadamente o João de Sousa) levantou uma questão que julgo bastante pertinente: no cálculo das probabilidades, a razão de um avião comercial, com cerca de 290 pessoas a bordo, sobrevoar uma zona de conflito bélico eminente/real. É óbvio que a dúvida e a questão levantadas não trarão qualquer justificação a tal acto condenável e, muito menos, qualquer sopro de vida às inocentes vítimas. Mas não deixa de ser uma questão pertinente e interessante.
À qual, pessoalmente, acrescentaria uma outra. Para lá de qualquer condenação dos responsáveis por esta barbárie, é inquestionável que a queda do avião se deveu a um acto bélico (abate com míssil) numa das duas actuais zonas de maior conflito geopolítico, a par com o conflito Israel/Palestina (Faixa de Gaza): a Ucrânia.
Quando surgiu o conflito interno em que opõe nacionalistas ucranianos e separatista pró-russos, eram diárias e constantes as posições públicas pró-Ucrânia e as ameaças à Rússia por parte da União Europeia, com a clássica figura de Angela Merkel à cabeça.
Com o despoletar de novas acusações entre o governo da Ucrânia e os separatistas, com novos contactos bilaterias entre USA e Rússia (Obama e Putin), com o condenável e trágico acontecimento a agravar o conflito interno, a União Europeia simplesmente calou-se. Já não critica, não condena, não ameaça.
Ahhhh esperem... já passaram as eleições. Pois...