Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

01.Mar.24

Da série... os inconseguimentos #11

o moralismo ideológico de Durão Barroso

mparaujo
(fonte da foto: bom dia luxemburgo) Antes de mais, importa relembrar, porque a história nunca deve ser travada, que Durão Barroso, em junho de 2004, abandonou a sua responsabilidade política traindo os portugueses, nomeadamente os que em 2002 o elegeram Primeiro-ministro, para correr até à cadeira do poder da Comissão Europeia (que nada ou muito pouco beneficiou Portugal). Antes de mais, importa relembrar, porque a história nunca deve ser travada, que Durão Barroso, enquanto (...)
29.Jan.24

Quo Vadis democracia e ética republicana?

mparaujo
Publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro. Desde os longínquos tempos da philos e da polis da antiga Grécia, passando pelo período do Renascimento (por exemplo, recordando o Príncipe, de Maquiavel), até ao confronto dialético entre o sistema monárquico e o republicano, a ética foi sempre considerada a nobreza dos valores e princípios do espaço público, da gestão da coisa pública, da política e da democracia. Tendo como baliza temporal o ano de 1910, mais (...)
11.Dez.23

O maior risco para um Estado de Direito? A democracia.

mparaujo
Publicado na edição, de hoje (11DEZ2023), do Diário de Aveiro (página 15). Há cerca de 76 anos (novembro de 1947), Winston Churchill afirmava que "a democracia é a pior forma de governo, à exceção de todas as outras já experimentadas ao longo da história". Apesar de significativamente “gasta”, não deixa de ser uma das expressões de referência para justificar e defender a relevância da democracia, e das suas virtudes, em relação a outros sistemas políticos. Paradoxalm (...)
05.Dez.23

Hasta la vista… dignidade política.

há mais vida para além da gravidade das influências dos políticos

mparaujo
Publicado na edição, de hoje (5DEZ2023), do Diário de Aveiro (página 6). A relação entre os cidadãos e a política (políticos e partidos) tem sido, há algum tempo, tema de várias análises e avaliações, seja no âmbito da sociologia, seja na ciência política. E, comprovadamente, um problema factual. Neste campo, tem sido apontada como principal causa, ou principal fator, de afastamento os contextos de (alegada) corrupção ou da falta de transparência nos atos de gestão da (...)
27.Set.23

Banana (da Madeira) split... ou flic-flac à retaguarda sem estalar a coluna vertebral

vale tudo, mesmo a falta de ética política, para agarrar o poder.

mparaujo
(fonte da foto: Funchal Notícias) Os factos, pela ótica e realidade crua dos números, são mais que claros e óbvias. A coligação... repito, porque não é um contexto displicente... a COLIGAÇÃO "Somos Madeira" (PPD/PSD . CDS-PP) venceu as eleições regionais realizadas no passado domingo: 58.399 votos (43,13% dos votos expressos). Em termos de representação na Assembleia Regional, a coligação PSD/CDS obteve 23 lugares, PS 11, Juntos Pelo Povo 5, CHEGA 4, PCP, IL, PAN e BE 1 (...)
03.Mai.23

A chatice da "mulher de César"...

o ser e o parecer

mparaujo
(crédtio da foto: José Sena Goulão / LUSA) Não!... as mulheres não são chatas. Chatos somos nós, homens, que teimamos (e nos dá jeito) em não conseguirmos acompanhá-las, nem compreendê-las. Mas não isto também não é sobre mulheres, igualdade de direitos, garantias e deveres. É tão somente sobre coerências, politiquice e populismo... entre o que é também tem que parecer. O liberalismo - tantas vezes próximo do 'libertanismo' - do Iniciativa Liberal fica muito aquém do (...)
26.Dez.22

Ser não basta... também é preciso parecer.

mparaujo
(fonte da foto: XXIII Governo da República Portuguesa) Num Estado de Direito, a separação de poderes implica, por exemplo, a autonomia entre o poder judicial e o poder político. E quanto menos envolvimento houver entre as partes, melhor para a democracia, a justiça e a política. O que não significa que, em alguns "casos", não haja eventual sobreposição dos dois contextos. Não raras vezes, o que é legal, nem sempre se apresenta, politicamente, como ético ou moral. Estranhament (...)
06.Nov.22

O "avô" camarada...

independentemente do posicionamento... obrigado, Jerónimo Carvalho de Sousa

mparaujo
Alguns dos pilares mais relevantes de uma democracia plena e dos mais elementares princípios que defendo/preconizo, seja na vida pessoal ou profissional, seja na ética política, é o da coerência, da lealdade, do respeito e a defesa dos valores. Independentemente de posicionamentos ideológicos e/ou político-partidários, ou de conceções de sociedade e de vida. Por mais altos e baixos, por maior ou menor montanha russa que a vida nos proporcione, há linhas vermelhas, princípios e (...)
04.Dez.21

A "fuga para a frente" de Eduardo Cabrita

perante o timing e a conjuntura actuais, um 'mais vale tarde que nunca' não colhe como justi

mparaujo
Abusando da famosa expressão do matemático, físico e filósofo da Idade Moderna, Blaise Pascal - "O coração tem razões, que a própria razão desconhece" - podemos dizer que, hoje, face à polémica que envolve o pedido de demissão por parte do ex-Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, "há razões que a própria razão desconhece". Perante o timing e a actual conjuntura política/governativa, o argumento "mais vale tarde que nunca" não colhe como sustentação para (...)
01.Out.21

das verdades políticas

daquelas irrefutáveis, históricas, mas sempre actuais e fulcrais.

mparaujo
Apesar de ter sido, e ainda é, associada a um dos discursos e afirmações mais emblemáticas de Francisco Sá Carneiro (e vamos deixar a ideologia e partidarite de lado), a referência à ética política vem dos tempos da génese da democracia (e da política), dos tempos da polis das acrópoles e ágoras gregas, do "animal político" de Aristóteles ou da sabedoria e filosofia políticas de Platão. É certo que Sá Carneiro dispensaria o uso e abuso exaustivo desta sua afirmação, (...)
08.Abr.21

da ética e nobreza política

Jorge Coelho: descanse em paz

mparaujo
Deixemos de lado, por uma questão de princípio e respeito, as diferenças partidárias e ideológicas. A política ficou, inquestionavelmente, mais pobre e mais vazia. Não só porque viu partir um político, mas essencialmente porque viu morrer um político com ÉTICA, com RESPONSABILIDADE, com verdadeiro sentido de MISSÃO PÚBLICA e SERVIÇO PÚBLICO. Verdadeiramente importante em momentos cruciais da vida política do PS, nomeadamente com o seu renascimento na década de 90, (...)
18.Dez.20

Em política as palavras contam e têm peso

os riscos (demasiado elevados) do trumpismo da comunicação política

mparaujo
(créditos da foto: mário cruz / lusa, in expresso) As palavras têm uma força considerável e, muitas vezes, imensurável, capazes de mobilizar causas e movimentos, tão fortes que geram revoluções e dinâmicas sociais. Ganham esta dimensão de forma ainda mais relevante quando as palavras são enquadradas nos princípios e na ética política, que devem (ou deveriam) estar permanentemente preservados na função e no exercício dessa mesma política. Ganham dimensão ou mesmo tempo (...)
08.Fev.20

38.º Congresso do PSD: devia ter acabado na sua abertura

mparaujo
Dito de outra forma... eis a razão de eu e 53,2% dos militantes sociais-democratas termos votado em Rui Rio, nas directas de janeiro último. E este poder ser um dos melhores presidentes que o partido já teve (haja a oportunidade e tempo de o provar). E a razão é bem simples e muito clara... com Rui Rio, desde 2018 (e não apenas agora, em Viana do Castelo) o Partido tem vindo a reencontrar o seu posicionamento ideológico ao centro (perdido, pelo menos, nos seus últimos anos: (...)
06.Abr.19

À porta das europeias... fala-se de tudo menos da Europa

mparaujo
Estamos a pouco mais de um mês da data em que se realizam as eleições europeias: 26 de maio. Isto num momento em que a Europa atravessa uma grave crise de identidade e se questiona o seu futuro: o crescimento do populismo, o surgimento dos extremismos (em ambos os opostos), o aumento do eurocepticismo e, no topo da agenda mediática, o caso do Brexit. E mais... a Europa começa aqui, dentro das nossas portas, e não é uma realidade tão afastada do nosso quotidiano. Bem pelo contrário. Ne (...)
11.Ago.18

O Verão social-democrata: "laranja debotado"

mparaujo
Os factos: 1. Pedro Santana Lopes (PSL) abandonou o PSD e pode vir a formar um novo partido ou a aproveitar alguns dos movimentos "emergentes" (por exemplo, o Democracia 21) 2. Pedro Duarte (PD) que provocar eleições internas e derrotar Rui Rio. Há três factores que ligam os dois propósitos e que os (con)fundem. Primeiro, o crescimento do populismo tem servido de arma e estratégia políticas para o conforto demagógico dos (politicamente) derrotados, enfraquecendo a ética, a (...)
30.Jul.18

À mulher de César (o romano) não lhe basta parecer...

mparaujo
e à política e ao BE (ou a qualquer outro que seja) também não. Sobre o "caso" Ricardo Robles e a especulação imobiliária e todo o impacto (e porque não, terremoto) político-partidário, XXX notas. 1. Os factos: Ricardo Robles, então vereador do BE na Câmara Municipal de Lisboa, adquire, em hasta pública, um imóvel em Alfama, pertença da Segurança Social, por 347 mil euros, nas quais realiza obras de requalificação no valor (dizem) de 650 mil euros, colocado, (...)
06.Mai.18

Mais do que a vergonha... fica o espanto.

mparaujo
2 de maio de 2018 - rebenta a bomba. Um conjunto (significativo) de principais figuras do Partido Socialista e do Governo, após a divulgação de eventual caso de corrupção envolvendo o ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, vieram a público demonstrar Vergonha pelo impacto político dos casos José Sócrates e Manuel Pinho (curiosamente esquecendo outros como Armando Vara, por exemplo). As afirmações foram verdadeiramente surpreendentes e, simultaneamente, bem claras e específicas. (...)
19.Mar.18

¿Por qué no se callan?

mparaujo
Juan Carlos, na altura Rei de Espanha, numa cimeira ibérico-americana teve uma expressão de impaciência para com Hugo Chávez e que se tornaria viral (até hoje): ¿Porque no te callas? A expressão não podia ser, nos dias de hoje, mais pertinente para o interior do PSD: ¿Por qué no se callan? Há algo de obsessão social, de um saloio status quo, na questão dos currículos e das habilitações académicas que me custa a perceber e a aceitar. Muito ao contrário do que se passa (...)
19.Out.17

Quando a política vale a pena...

mparaujo
A Câmara Municipal de Ílhavo realizou a sua última reunião do Executivo antes da tomada de posse agendada para o dia 28 de outubro e que marcará o novo ciclo político e a eleição dos próximos órgãos autárquicos. Foi com significativa estranheza que, à data, não vi o PS de Ílhavo reconhecer, através da continuidade e da integração das respectivas listas, dos três Vereadores que, nestes últimos quatro anos constituíram a oposição no Executivo camarário. Apenas (...)
15.Ago.17

Já não é possível evitar...

mparaujo
Há um cansaço enorme numa grande parte da população portuguesa... Há um desespero enorme em muitos portugueses... Há uma frustração e uma desilusão consideráveis na sociedade e nas comunidades... Há dor, luto, devastação que não pára, não estanca... que acende e reacende constantemente. BASTA! É demasiada terra queimada, demasiada floresta devastada, demasiado património desfeito, demasiadas mortes (nem que fosse uma apenas), demasiados feridos, demasiada dor, (...)