Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
quando pretendemos reescrever a história que nos dá mais jeito.
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Publicado na edição de hoje, 27 de novembro, do Diário de Aveiro (página 5) O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, num laivo de populismo e narcisismo político, resolveu celebrar o 48.º aniversário do “25 de Novembro de 75”. Curiosamente, na sombra do 50.º aniversário do 25 de Abril de 74. Estas coisas não se inventam. Tenho um enorme orgulho em ter laços familiares com um Capitão de Abril e Capitão de Novembro (do Grupo dos Nove). Ainda retenho na memória (...)
o resto é a consequência de um caminho livre e democrático, que nunca foi, nem é, fácil.
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Tenho um enorme orgulho em ter laços familiares com um Capitão de Abril e Capitão de Novembro (do Grupo dos Nove). Ainda retenho na memória histórias contadas e contextos do "Verão Quente de 75". As mesmas que retenho das vividas ou contadas do 25 de Abril de 74. Sempre entendi - e defenderei - que o 25 de novembro de 75 teve um papel importante na história destes quase 50 anos de liberdade e democracia. Mas nunca, sob o pretexto de deturpação da realidade, estarei do lado dos (...)
o que parece, ou parecia, ser um conflito institucional, afinal, não é mais do que a solução para um
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(crédito da foto: Gian Amato, in O Globo) Os dois ou três últimos dias foram de uma histeria coletiva, de um rasgar de vestes da politiquice populista e demagoga (onde tudo serve para achincalhar a governação... como se não houvesse coisas mais sérias e importantes) por causa da chamada "gaffe João Cravinho", a propósito das (...)
quando a história não deve, nem nunca pode ser travada.
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Volvidos mais de 47 anos, a caminho do meio século, do 25 de Abril de 74 - passado mais tempo do que o próprio Estado Novo (41 anos - 1933 | 1974) - é mais que tempo suficiente para os que portugueses olhem para a sua História com o distanciamento necessário para que os acontecimentos que marcaram o destino e mudaram o rumo do país tenham o seu merecido lugar e a sua verdadeira importância. Segundo o activista monárquico brasileiro (valha o que valer a "ideologia de Estado") (...)
Já lá vão 46 anos desde a madrugada de 25 de abril de 1974... aproximamo-nos da meia década, o que, socialmente, leva a que a memória colectiva vá perdendo a sua referência histórica e social. Soube, pela história familiar, as marcas que a guerra colonial deixou. Soube, por vivência, que naquela quinta-feira do dia 25 de abril de 1974 não iria sair de casa para ir às aulas (até porque lá em casa já se sabia que "algo" iria acontecer entre 24 e 25 de abril). Sei, por muito (...)
Vem isto a propósito das cerimónias que assinalam o 46.º aniversário do "25 de Abril"
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E diga-se de passagem... é a primeira vez que o faço (não sei se a última ou não, mas é a primeira). E diga-se ainda mais... principalmente para um fervoroso convicto do 25 de novembro (colocando-o no mesmo patamar que abril de 74, para que conste). Vem isto a propósito de petições e contra-petições "pró e contra" as cerimónias previstas e anunciadas para a Assembleia da República (AR) e que assinalam o 46.º aniversário do "25 de Abril". E vem igualmente a propósito de (...)
A vida teve a amabilidade e o bom-senso de cruzar as nossas vidas e as nossas famílias. Mal imaginava o que o futuro nos reservava. Apesar de alguma escassez nos contactos pessoais, recordo bem imagens e a memória visual da casa de Amarante, da figura pública, do envolvimento claro e directo no 25 de abril de 74, no 25 de novembro de 75, no Conselho de Revolução, de algumas histórias e de muitas conversas (umas mais abertas outras mais em "surdina"). E acima de tudo, recordo, (...)
publicado na edição de hoje, 27 de abril, do Diário de Aveiro Debaixo dos Arcos 42 anos “depois do adeus”… Comemoramos, com especial incidência para a passada segunda-feira, o 42º aniversário do 25 de Abril de 74. Curioso é o facto de 42 anos depois de uma inquestionável libertação de Portugal de uma regime autoritário e ditatorial com 41 anos (...)
O 25 de Abril de 74 traz muitas memórias, comporta muitas histórias, após 42 anos ainda algumas dúvidas e segredos (nalguns casos contradições), transporta muitas oposições, recorda muitas figuras. A verdade inquestionável é que a história regista 42 anos de Liberdade. Correndo o risco de ser injusto quanto às "figuras" que fizeram a história, assumo as minhas "figuras" da história. Capitão Salgueiro Maia Os Cravos (que por sinal, num primeiro momento até foram brancos) E (...)
Esta é uma coincidência temporal que não pode passar assim tão despercebida no meio de tanto ruído (mesmo que legítimo) mediático. Não creio que a democracia tenha sido colocada em risco com os mais recentes casos judiciais. Antes pelo contrário. Os mesmos só provam o eficaz e desejável desempenho da democracia. Já não será o mesmo no que respeito à vertente político-partidária e dos impactos negativos na mesma. Por tudo isto importa recordar: 39 anos depois (25 de (...)
Publicado na edição de hoje, 30 de abril, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos
Portas que “Abril” abriu
É pela diversidade e abrangência de realidades que o “25 de Abril” corresponde a um dos momentos mais relevantes na história secular de Portugal. Não só a diversidade na sua origem, já que aquilo que seria uma contestação militar à guerra colonial acabou por se tornar numa total mudança de regime político, à qual se juntou a voz de um povo (todo um povo) (...)
publicado na edição de hoje, 27 de abril, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos
40 anos “depois do adeus”
Por voltas das 23 horas da noite de 24 de abril de 1974 entoava, através da rádio Emissores Associados de Lisboa, uma das músicas vencedora de um festival da canção: E depois do Adeus, de Paulo de Carvalho. Poucos minutos depois da meia-noite, a Rádio Renascença transmitia uma das músicas proibidas pela censura: Grândola Vila Morena, do aveirense Zeca Afonso. Estava (...)
O Governo anunciou, imagine-se... em Macau, pela voz do ministro Nuno Crato, o encerramento de cerca de 240 estabelecimentos escolares do 1º ciclo, a maioria na zona de Leiria, Viseu e Chaves. As escolas a encerrar registam um número de frequência de alunos inferior a 21 (é este o valor estabelecido em 2010, entre 2005 e 2009 o valor mínimo era de 10 alunos). Deve ser por isto que Durão Barroso afirmou o seu "saudosismo" pelo ensino no Estado Novo. Naquela altura abriam escolas, não (...)
A polémica da presença dos capitães da Associação 25 de Abril nas comemorações na Assembleia da República, embora “reforçada” por um novo contexto, não é nova. Aliás, é cíclica. Por exemplo, basta recordar que no ano passado a Associação também não esteve presente nas cerimónias na Assembleia da República (aliás, esta é a terceira vez). Desta vez a polémica voltou a fazer “estalar o verniz” e a associação não marcará presença na Assembleia da República. (...)
Muitos esperavam com alguma ansiedade e curiosidade o discurso de Cavaco Silva nas comemorações do 39º aniversário do 25 abril de 74. Após os acontecimentos dos últimos dias parecia surgir, pelo menos aparentemente, quer uma eventual mudança de rumo do governo (mesmo que ligeira e conjuntural), quer um solidificar consensos entre PS e o executivo de Passo Coelho. Algo que, (...)
É muito isto, ao fim de 39 anos... A liberdade basta-lhe ser por si mesma, não é de esquerda nem de direita, e nem precisa de ter dono, nem de pai nem de mãe. Basta que exista e continue a existir, basta que seja, cada vez mais, a relíquia mais sagrada do património da humanidade. (Pedro (...)
O 25 de Abril de 74 trouxe duas grandes conquistas: a Liberdade e a Democracia (esta, felizmente consolidada a 25 de Novembro de 75).
Mas a percepção e a concepção do valor da democracia (liberdade, respeito pela pluralidade, entre outros), volvidos quase 40 anos, estão ainda longe da esquerda "mais à esquerda" parlamentar.
Felizmente que PS, PSD e CDS vão tendo o bom senso de não deixar cair o valor e o significado da democracia.
E alguns exemplos são o espelho disso mesmo.
7 de abril de 1992 - Voto de pesar pelo falecimento de Salgueiro Maia (...)
O 25 de abril de 74 é, para todos os efeitos, o marco histórico na (re)conquista da liberdade e da vitória sobre o antigo regime (mesmo que a origem tenha estado apenas numa 'revolta' militar). O 25 de novembro de 75 marca a (re)conquista da democracia, das liberdades e garantidas, da cidadania e de um Estado de Direito. À frente desta importante realidade esteve mais um (...)
Publicado na edição de hoje, 25 de Abril, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Falta de comparência. Cabe, a iniciar este texto, uma declaração de interesses: do ponto de vista pessoal, por princípio, o “meu” 25 de Abril é comemorado a 25 de Novembro. Não que menospreze ou desvalorize a chamada “revolução dos cravos”. Entendo, de facto, que a liberdade foi (re)conquistada na madrugada de 25 de (...)
25 de Abril de 1974 - A LiberdadePor um processo revolucionário que teve na sua essência o descontentamento no seio das Forças Armadas (após a madrugada de 24 de Abril aproveitado para a vertente política), o movimento militar permitiu a instauração da Liberdade em Portugal após 41 anos ditatoriais (Salazar e Marcelo Caetano). 25 de Novembro de 1975 - A DemocraciaApós um Verão de 1975 extremamente "quente" e agitado (onde se incluiram as primeiras eleições após o derrube (...)