Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
António José Seguro já tinha anunciado no início do processo das primárias que se demitiria das funções de secretário-geral do Partido Socialista caso perdesse essas eleições. Perdeu e cumpriu a “promessa”, apesar das primárias servirem para a escolha, pelos simpatizantes e militantes socialistas, do seu candidato a (...)
publicado na edição de hoje, 1 de outubro, do Diário de Aveiro.
Caderno de Notas
Apontamentos II
Na semana final deste mês de Setembro… depois de um verão atípico e um outuno solarengo.
1. O Tecnogate
Em teoria, o caso morreu passado uma semana. Mas era escusado ter-se prolongado por tantos dias. Bastava que Pedro Passos Coelho tivesse adoptado uma outra estratégia, logo no despoletar da polémica. Bastava ter sido claro, incisivo, frontal: “não recebi qualquer vencimento (...)
Isto, obviamente, para além de já se saber que António Costa foi o escolhido pelos militantes e simpatizantes socialistas para se candidatar, como primeiro-ministro, às próximas legislativas (2015). Mas o processo eleitoral de hoje, nas hostes socialistas, tem outros resultados. 1. O processo das primárias, que pretendia ser inovador e aproximar a política/políticos dos eleitores, foi algo irreflectido, inconsequente, implementado em cima do joelho, e com objectivo de dar resposta (...)
publicado na edição de hoje, 24 de setembro, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos A “americanização” eleitoral socialista No arranque da última semana antes do dia “D” socialista, António Costa afirmou que «as primárias no PS são uma questão nacional». Sobre esta convicção importa agora reflectir sobre este processo “nacional” das primárias socialistas (mesmo que a elaboração deste texto, por razões temporais, não possa espelhar o último frente-a-frente (...)
António José Seguro sustenta na necessidade de "vencer a crise de confiança" entre os portugueses e a democracia. Para tal, uma das propostas que quer apresentar na Assembleia da República prende-se com introdução de novas regras e alterações das existentes no que diz respeito à transparência no exercício de cargos político e públicos, concretamente quanto a (...)
Publicado na edição de ontem, 22 de junho, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos Politicamente anestesiados Há quem ache que no país, neste momento, não se passa nada. Excepção feita para o mundial de futebol no Brasil e a prestação da selecção nacional (e mais algumas surpresas), bem como para o mais que badalado braço de ferro socialista. Alguns comentários muito circunstanciais à decisão do Tribunal Constitucional e respectivo chumbos de algumas normas do Orçamento do (...)
Publicado na edição de hoje, 4 de junho, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos A guerra dos Antónios Não é inédito este confronto entre António José Seguro e António Costa. Aliás, é resultado das eleições de 2011 e tem sabido fazer as delícias informativas (entenda-se o trabalho "spin") da imprensa nacional. Quando se esperava que os últimos resultados das eleições europeias trouxessem alguma instabilidade na coligação governativa, eis que a surpresa surge do lado do (...)
Não é inédito este confronto entre António José Seguro e António Costa. Aliás, é resultado da eleições de 2011 e os constantes ataques internos à liderança de Seguro por parte da facção de Costa e de José Sócrates, sempre nos momentos altos da política nacional, independentemente se em eleições e indiferente aos resultados obtidos. E tem sabido fazer as delícias informativas (entenda-se o trabalho "spin") da imprensa nacional, desde o Expresso ao Público, passando pelo (...)
Um dos factores críticos, de censura, de afastamento, de desilusão, em relação ao Governo reside na diferença colossal, numa verdadeira espiral recessiva do discurso político, entre as posições assumidas por Pedro Passos Coelho (‘novo’ PSD) no período (1 ano) que antecederam o chumbo do PEC IV e a campanha eleitoral de 2011, e toda a governação exercida, onde se incluem todas as demagogias e enganos cometidos por este Governo. A ponto de perder a identificação com este PSD (...)
O título poderia ter um significativo número diferenciado de expressões. Por exemplo, "como perder as eleições numa só noite"; "a ingratidão política"; "do mérito à prateleira"; "as incoerências de Seguro"; "o peso da oposição socialista"; etc. A pré-campanha eleitoral para as eleições europeias do próximo 25 de maio não me parece ter merecido, por parte do PS e, (...)
Publicado na edição de hoje, 24 de julho, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos
Não há salvação… política.
No dia 10 de julho, surpreendendo tudo e todos (infelizmente pela negativa) o Presidente da República rejeitava duas das suas competências constitucionais (remodelação governamental ou eleições antecipadas) para apresentar uma proposta de entendimento tripartido a que apelidou de “compromisso de salvação nacional”. No essencial, Cavaco Silva pretendia que (...)
A questão esteve em cima da "mesa" durante esta semana em qualquer debate sobre a crise política no Governo, provocada pela "suposta" demissão de Paulo Portas (a isso regressaremos, no Diário de Aveiro, na próxima quarta-feira). Mesmo que não totalmente afastada essa questão, não me parece que Cavaco Silva saiba fazer, tão bem, um "flic-flac" à rectaguarda como Paulo (...)
Não me parece democraticamente legítimo condicionar qualquer partido parlamentar ao direito que lhe assiste de apresentar moções, sejam elas de confiança ou de censura. Obviamente, que o instrumento regimentar (ou Constitucional – alínea e) do artigo 163º) tem um peso político relevante (independentemente de poder ter impacto directo na queda ou não dos governos, mesmo (...)
A Moção de Censura ao Governo, apresentada pelo PS(texto integral), ao menos por uma questão de coerência política e discursiva poderia ter servido para um total ruptura: do passado recente da governação socialista, do memorando (como o próprio afirmou, não foi por ele (...)
Publicado na edição de hoje, 27 de março, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos
Três ‘balelas’ políticas
1. Dois partidos políticos que compõem uma coligação não têm forçosamente de estar em plena comunhão de ideias. Mas o que não pode existir é uma diferenciação nos objectivos que provoquem rumos diferentes. Por outro lado, é óbvio que a partilha do poder pressupõe cumplicidade e co-responsabilidade nos actos, nas medidas e nas políticas. De outro modo é (...)
A Primavera chegou com o tempo cinzento. Por Aveiro costumamos associar a este tempo ventoso, frio e chuvoso (de arranque primaveril) à secular Feira de Março. A Primavera chegou, a Feira de Março também... resultado: tempo cinzento. Mas o dia de hoje não podia ter sido mais acalorado com o alarido e algazarra com o regresso à esfera pública do ex Primeiro-ministro, José (...)
Publicado na edição de hoje, 20 de fevereiro, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos
A demagogia de Seguro em torno da Europa
O país vive uma realidade económica e social preocupante, com uma resposta política insuficiente por parte de um Governo (mais experimentalista do que ideologicamente social-democrata ou até mesmo liberal) que governa em função de um conjunto de previsões e face à fiabilidade, ou não, das mesmas. A economia não cresce (uma contracção, em 2012, de (...)
Publicado na edição de hoje, 13 de fevereiro, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos
O porquê da pressa socialista
O Conselho Nacional do PS, realizado em Coimbra no passado domingo, acabou por revelar-se clarificador quanto à tão badalada quanto polémica unidade partidária. António José Seguro afastou a concorrência de António Costa, pelo menos por enquanto. Porque não é lícito que todos os apoiantes de Costa, e o próprio, tenham saído deste Conselho Nacional (...)
A propósito da unidade socialista e do "ataque" à liderança de António José Seguro... Questionar a pressa da realização do Congresso (que afinal ficou já marcado para Abril e não para depois das autárquicas) e colocar em causa a liderança de António José Seguro e a sua capacidade para liderar também o país (em alternativa ao descalabro da governação de Passos Coelho) é, apesar das conclusões do (...)
(créditos da foto: SIC online) O Conselho Nacional do PS, realizado hoje em Coimbra, acabou por revelar-se clarificador quanto à unidade partidária. António José Seguro afastou a concorrência de António Costa, pelo menos por enquanto. Porque não é lícito que todos os apoiantes de Costa, e o próprio, tenham saído verdadeiramente confiantes e resignados. Até porque os (...)