Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
Afinal, em tempos de guerra, mudam-se generais (e com muitas estrelas)
mparaujo
É, hoje, mais que claro que o Governo, mais precisamente António Costa, tem um problema político interno, que não será de fácil (di)gestão: chama-se Mário Centeno. Abrandada (pelo aparentemente) a principal vertente da pandemia - a saúde - entrando já, com sinais evidentes, na preocupante vertente das respostas sociais, afiguram-se, para bem breve, os sintomas e os impactos na economia (nacional e global). É neste contexto que, no mínimo, surge como curiosa e surpreendente a (...)
publicado na edição de hoje, 6 de agosto, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Os rendimentos dos portugueses (o outro lado da moeda) No comício de Verão do BE, na quarta-feira, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, elencava um conjunto de medidas e políticas implementadas pelo Governo com a “marca política” do BE. Entre elas estava o regozijo pelo fim dos cortes salariais no tempo da Troika e pelo aumento do salário mínimo que, esperam os bloquistas, (...)
Ciclicamente o verão ou as férias políticas de verão são marcadas pela chamada silly season, período (a)normalmente preenchido com faitdivers que apenas servem para ocupar o tempo "morto" e "morno" das férias. Este ano é excepção à regra: a tragédia de Pedrogão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra, à qual se junta o recente incêndio de Mação; o roubo de armamento de Tancos; a Caixa Geral de Depósitos; a crise na Venezuela; as viagens, as várias viagens; a (...)
publicado na edição de hoje, 1 de março, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos “Xiè Xiè” (Obrigado)
Esta deve ter sido a expressão chinesa (obrigado) mais usado pelo líder socialista, António Costa, nas comemorações do novo ano chinês (ano da cabra) que celebrou junto da comunidade chinesa, no norte do país. Mas um simples obrigado transformar-se-ia numa enorme dor de cabeça para António Costa, para alguns socialistas, a que se juntou o gáudio da coligação que (...)
publicado na edição de hoje, 25 de fevereiro, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos O facilitismo da banalidade discursiva
Em pleno processo negocial do programa de ajustamento financeiro à Grécia, são mais as polémicas e as movimentações paralelas do que o confronto de posições políticas entre a Alemanha, a União Europeia e o Governo grego.
As mais recentes boçalidades políticas demagógicas vieram pela voz e intervenção do ex-primeiro ministro luxemburguês (...)
publicado na edição de hoje, 8 de fevereiro, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos Da dignidade da vida e da pessoa
Os últimos dias têm trazido à consciência colectiva duas realidades sobre a vida. A primeira, mais recente, tem a ver com os acontecimentos que vitimaram uma doente com Hepatite C e a questão do tratamento com o medicamento Sofosbuvir, da farmacêutica norte-americana Gilead. A questão só por si, e em si mesma, é complexa, seja do ponto de vista técnico (...)
Obviamente por razões distintas... depois do "Je suis Charlie" e outras causas, eis que, ao fim de alguns anos de processo de ajustamento das contas públicas na Grécia, Obama descobriu o "Olimpo" no mapa. De repente, Obama afirma "I am Greek", numa entrevista à CNN em que defendeu menos austeridade e uma "estratégia de crescimento" para a Grécia (...)
Os recentes acontecimentos eleitorais gregos e os respectivos impactos têm surgido com uma extrema velocidade não muito vulgar quando se trata da "coisa política". No domingo, aguardavam-se com enorme expectativa os resultados finais. A vitória do Syriza era algo perfeitamente expectável, mas havia significativas dúvidas para saber se haveria, ou (...)
publicado na edição de hoje, 30 de março, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos
Da serie... as pessoas e o país (2)
Importa recordar frases políticas que registam significativo impacto com a realidade e o contexto social vigente: “A vida das pessoas não está melhor mas o país está muito melhor” (Luís Montenegro, líder da bancada do PSD, 21.02.2014, vésperas do XXXV Congresso do PSD). Para o Governo e para “este” PSD é evidente que o país se dissociou das pessoas, (...)
Já há muito que percebemos que este Governo gere o país, a coisa pública, a sociedade (a vida dos portugueses), a recuperação da crise (o memorando de entendimento) como, no mar, se navega à vista, de improviso, sem coerência, anarquicamente. Não é novidade num Governo que tem Pedro Passos Coelho como Primeiro-ministro, mas que não lidera, não coordena, não chefia, aliás como referiu Vítor Gaspar na sua carta de demissão. Esta semana este Governo criou mais um "fait (...)
É salutar que o Governo, a Assembleia da República, os partidos políticos, em função do reconhecimento da realidade possam, a determinada altura e em função das circunstância, alterarem os seus conceitos. É sabido que, principalmente em processos eleitorais, a demagogia é o prato forte do dia. Embora, infelizmente, ao fim de 40 anos de democracia, isso ainda aconteça. E mais infelizmente muitos de nós, cidadãos, ainda caírem nas tramas dessa demagogia.
O que é inaceitável (...)
"A vida das pessoas não está melhor mas o país está muito melhor". (Luís Montenegro, líder da bancada do PSD, 21.02.2014)
Só neste mês de março, que está prestes a terminar, cinco notas que reforçam o estado da vida dos portugueses e deixa muitas dúvidas sobre o estado do país.
«Mais de 425 mil desempregados sem subsídio em janeiro» (Jornal de Notícias - (...)
Ainda a propósito do manifesto a favor da reestruturação da dívida pública portuguesa. Aos 74 apelidados de "velhos do Restelo" juntam-se agora mais 74 personalidades estrangeiras da área económica e financeira, com um manifesto "Reestruturar a dívida insustentável e promover o crescimento, recusando a austeridade".
O documento é, na (...)
publicado na edição de hoje, 16 de março, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Um manifesto à dívida. Se William Shakespeare fosse vivo provavelmente “reestruturava” uma das suas mais emblemáticas expressões poéticas face à agenda política nacional, nestes dias mais recentes: “Reestruturar ou não reestruturar, eis a questão”. Isto para não irmos mais longe (...)
A propósito do Manifesto a defender a reestruturação da dívida portuguesa (“Manifestamente…”) têm surgido vozes, legitimamente, com posições opostas e críticas ao documento subscrito por 70 personalidades da sociedade portuguesa, das mais diversificadas convicções ideológicas, sociais e partidárias. Algo que representa, por si só e para além do contexto, um (...)
Se William Shakespeare fosse vivo provavelmente “reestruturava” uma das suas mais emblemáticas expressões poéticas face à agenda política nacional, nestes dias mais recentes: “Reestruturar ou não reestruturar, eis a questão”. Isto para não irmos mais longe e não cairmos na tentação fácil e radical do “pagar ou não pagar, eis a questão”. A verdade dos factos e da realidade (hoje) demonstram que a monstruosidade do valor da divida pública (com as novas regras (...)
publicado na edição de hoje, 5 de março, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Da série… as pessoas e o país. Nas vésperas do trigésimo congresso social-democrata (que decorreu há cerca de uma semana) o líder da bancada parlamentar do PSD, Luís Montenegro, afirmava publicamente (e sem se rir) que "a vida das pessoas não está melhor mas o país está muito melhor". (...)
Isto é a sério??? Esta capa do JN da edição de hoje (21.02.2014) só pode ser "brincadeira de Carnaval"... Como é possível que alguém com responsabilidades políticas acrescidas (líder da bancada parlamentar do PSD, Luís Montenegro) tenha uma afirmação destas: "A vida das pessoas não está melhor mas o país está muito melhor". Logo no arranque do 35º congresso (...)
Publicado na edição de hoje, 29 de janeiro, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Verdade seja dita... A bem da verdade... o défice orçamental de 2013 situou-se nos 4,6% (7.152 M€) face aos 5,5% definidos no programa de ajustamento assinado com a Troika. Este é um facto. E tal como diz o povo: “contra factos não há argumentos”. Mas se calhar, há. O passado dia 23, dando origem aos mais frenéticos confrontos político-partidários, ficou marcado pela divulgação do (...)
A bem da verdade... O dia de ontem, e que deu origem aos mais veementes confrontos político-partidários, ficou marcado pela divulgação do resultado final da execução orçamental referente ao ano de 2013, fixando o défice das contas públicas em 4,6% (0,9% abaixo da meta orçamental imposta pela Troika e que era de 5,5%). Este é um facto ao qual não podemos ficar alheios. Queiramos, quer não… gostemos ou não, a verdade é que o Governo cumpriu e consegui atingir a meta (...)