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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

18.Mar.24

A imbecilidade da democracia

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 18 de março, do Diário de Aveiro (página 10) Teríamos que recuar mais de 40 anos para nos lembrarmos da última greve geral dos jornalistas (1982) que, por curiosidade ou, quem sabe, por destino, foi convocada em plena governação liderada por Francisco Pinto Balsemão. Coincidências. O dia 14 de março, volvidos 42 anos, não ficará na história marcado apenas (e isso seria, por si só, mais que suficiente) pela revolta e pelo grito de desespero e (...)
04.Mar.24

Na reta final… abril começa em março.

mparaujo
(Publicado na edição de hoje, 4 de março, do Diário de Aveiro, página 18 ) Entramos na derradeira semana da campanha eleitoral, rumo às eleições legislativas de 10 de março. Independentemente dos partidos anunciarem os seu programas e compromissos eleitorais, de os disponibilizarem, para consulta pública, nas suas plataformas digitais, a verdade é que são muito poucos os portugueses que os leem. Por outro lado, as afirmações proferidas no rolar da campanha, pelos mais (...)
28.Fev.24

A tintura ativista contra a democracia

mparaujo
(crédito da imagem: Nelson Garrido, in jornal Público) A alterações climáticas e a crise energética são questões verdadeiramente preocupantes e importantes nos tempos de hoje. Já o eram a alguns anos e com a evolução do contexto a realidade tornou-se um problema premente. De tal forma que há um conjunto de instituições, como a ONU, a União Europeia, o Papa Francisco que têm como bandeira e medidas estratégicas o combate às alterações climáticas e a descarbonização (...)
24.Fev.24

Sem jornalismo não há democracia. Ponto.

mparaujo
(crédito da foto: Miguel A. Lopes / Lusa) Escusam de vir com a retórica do "chavão"... é um facto que muitos teimam em não querer aceitar e que outros tantos persistem em desvalorizar porque dá jeito a populismos e a determinadas narrativas. E por mais simples que seja a crítica e acusação fácil à qualidade do jornalismo e dos jornalistas, tantas vezes injustamente (mesmo que nem sempre), a verdade é que a democracia precisa de um jornalismo livre e consistente para (...)
19.Fev.24

Justiça para totós

ou um olhar da plebe sobre a Justiça

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 19 de fevereiro, do Diário de Aveiro (pág. 6) Não se trata de mais um livro da coleção “Mais fácil é impossível. (…) para totós”. O que não invalida a sugestão para engrossar a diversidade das temáticas que são expostas, como as ciências (por exemplo, matemática), bem-estar, economia e gestão, línguas, informática, música, etc. A apropriação tem outro objetivo e finalidade: um olhar leigo sobre a Justiça e, mais uma vez (porque a (...)
08.Fev.24

Às armas! Às armas!... "Secos e Molhados", versão 2.0

que a memória não se apague... (governação de Cavaco Silva)

mparaujo
(imagem: período de governação de Cavaco Silva / PSD - manifestação da PSP denominada "Secos e Molhados") O direito à greve é um direito, não sendo absoluto, respeitável e legítimo, desde que, obviamente, coerente e realista. Mas é um direito natural, estruturado no direito a liberdade de expressão e sustentado na legitimidade da reivindicação de melhor qualidade de vida, melhor qualidade laboral e do justo rendimento. Nada disso se pretendeu colocar em causa na greve dos (...)
29.Jan.24

Quo Vadis democracia e ética republicana?

mparaujo
Publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro. Desde os longínquos tempos da philos e da polis da antiga Grécia, passando pelo período do Renascimento (por exemplo, recordando o Príncipe, de Maquiavel), até ao confronto dialético entre o sistema monárquico e o republicano, a ética foi sempre considerada a nobreza dos valores e princípios do espaço público, da gestão da coisa pública, da política e da democracia. Tendo como baliza temporal o ano de 1910, mais (...)
28.Jan.24

À vontade não é à vontadinha... em defesa da democracia

mparaujo
Tenho um enorme respeito e uma elevada consideração por António Barreto, sociólogo, político e ex-ministro do I Governo Constitucional, que enfrentou, de forma superior, o processo da Reforma Agrária (para desencanto de alguns). Muito raramente tendo a discordar ou, por norma, "bebo" cada uma das suas palavras. Mas nem sempre. E hoje é um desses contextos. No seu artigo de opinião semanal no jornal Público (versão paga - 27-01-2024 - "Prova de Fogo" (...)
22.Jan.24

Os votos que atravessam o Atlântico

os eventuais reflexos nacionais das eleições regionais nos Açores

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 22 de janeiro, do Diário de Aveiro (página 15) As Eleições Legislativas Regionais dos Açores agendadas para daqui a duas semanas, no dia 4 de fevereiro, são, na atual conjuntura política nacional, mais do que um processo eleitoral tradicional (para não dizer, normal). Por norma, os processos eleitorais valem por si só, são particulares e específicos nos seus objetivos e esgotam-se nos seus resultados finais. Só que o atual contexto político é (...)
21.Jan.24

Solidariamente... pela causa do jornalismo

mparaujo
Este foi o último dia do 5.º Congresso dos Jornalistas, reunidos em Lisboa desde quinta-feira, num momento em que se agudiza o que há alguns anos se vinha adivinhando: a sobrevivência da profissão e do exercício de um jornalismo livre; a sustentabilidade do setor; o afastamento da profissão em relação aos leitores, ouvintes e espetadores; os desafios da desinformação e da proliferação anárquica de meios de difusão de informação sem rigor, sem veracidade, sem escrutínio. (...)
15.Jan.24

A democracia é responsabilidade de todos

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 15 de janeiro, do Diário de Aveiro (página 10) 1. Quando o jornalismo enfrenta um contexto grave de crise, é a própria democracia que entra em crise. Sejamos claros: sem jornalistas não há jornalismo… sem jornalismo não há democracia. Esta é uma inquestionável realidade. E não se pense que os impactos de um jornalismo em crise apenas se compaginam com o encerramento de órgãos de comunicação social (que, infelizmente, ao longo da história da (...)
08.Jan.24

Horóscopo político e social para 2024

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 8 de janeiro, do Diário de Aveiro (página 10) Tudo indicava que, após os dois anos negros da pandemia, as nossas vidas tomassem o rumo da normalidade. Nada apontaria para que o mundo assistisse e sofresse os impactos da inqualificável invasão da Rússia à Ucrânia, com as conhecidas (e sentidas) consequências na economia internacional, para além, obviamente, do desfecho na vida dos ucranianos. Àdificuldade sentida por parte da comunidade (...)
18.Dez.23

Quando o jornalismo também é (deve ser) notícia

#SomosJN, #SomosGlobalMedia, #SomosJornalismo, #SomosPelosJornalistas

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 18 de dezembro, do Diário de Aveiro (página 6) Há um princípio básico no jornalismo, mesmo que questionável e tantas vezes colocado em causa, que defende que o jornalista não é, nem deve ser, a notícia. E por “arrasto” o próprio jornalismo. Sendo o jornalismo (e, por óbvias razões, o jornalista) parte integrante da dinâmica da sociedade, em determinados contextos e circunstâncias, o jornalismo e o jornalista podem (e devem) ser a notícia. (...)
11.Dez.23

O maior risco para um Estado de Direito? A democracia.

mparaujo
Publicado na edição, de hoje (11DEZ2023), do Diário de Aveiro (página 15). Há cerca de 76 anos (novembro de 1947), Winston Churchill afirmava que "a democracia é a pior forma de governo, à exceção de todas as outras já experimentadas ao longo da história". Apesar de significativamente “gasta”, não deixa de ser uma das expressões de referência para justificar e defender a relevância da democracia, e das suas virtudes, em relação a outros sistemas políticos. Paradoxalm (...)
27.Nov.23

Nem sim, nem não… antes pelo contrário.

quando pretendemos reescrever a história que nos dá mais jeito.

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 27 de novembro, do Diário de Aveiro (página 5) O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, num laivo de populismo e narcisismo político, resolveu celebrar o 48.º aniversário do “25 de Novembro de 75”. Curiosamente, na sombra do 50.º aniversário do 25 de Abril de 74. Estas coisas não se inventam. Tenho um enorme orgulho em ter laços familiares com um Capitão de Abril e Capitão de Novembro (do Grupo dos Nove). Ainda retenho na memória (...)
12.Nov.23

Crise Política: um enorme "buraco negro" nas instituições e na democracia

há pouca coisa pior que um... a montanha pariu um rato.

mparaujo
(crédito da foto: Eraldo Peres, in SIC Notícias) Por definição muito básica e simples, no “buraco negro” o campo gravitacional é tão intenso que nada lhe pode escapar. Assim parece ser o atual momento da conjuntura política nacional. Um enorme buraco escuro, profundo, onde nada escapa: nem a democracia, nem a política, nem as instituições do Estado e, muito menos, a justiça. Consequências? Muito graves para o país e para os portugueses. Importa marcar/numerar os factos, (...)
08.Out.23

Abril cumpriu-se como um todo

o resto é a consequência de um caminho livre e democrático, que nunca foi, nem é, fácil.

mparaujo
Tenho um enorme orgulho em ter laços familiares com um Capitão de Abril e Capitão de Novembro (do Grupo dos Nove). Ainda retenho na memória histórias contadas e contextos do "Verão Quente de 75". As mesmas que retenho das vividas ou contadas do 25 de Abril de 74. Sempre entendi - e defenderei - que o 25 de novembro de 75 teve um papel importante na história destes quase 50 anos de liberdade e democracia. Mas nunca, sob o pretexto de deturpação da realidade, estarei do lado dos (...)
05.Set.23

Não há almoços grátis

O risco de vender a alma ao diabo.

mparaujo
À comunicação social exige-se (e auto exige-se) rigor, transparência e independência para que a sua particular e principal função/missão possa ser cumprida: retratar a verdade dos factos. E, desta forma, contribuir para o fortalecimento da democracia e do "espaço público". Nestes princípios, cabe à comunicação social o papel escrutinador dos poderes públicos, nomeadamente os políticos, como forma de garantir o legítimo funcionamento de um Estado de Direito Democrático. Tu (...)