Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
(Publicado na edição de hoje, 26 de fevereiro, do Diário de Aveiro - página 15 ) Neste sábado passado, no dia 24 de fevereiro, assinalaram-se os dois anos de resistência estoica do povo ucraniano contra a invasão bárbara e totalmente injustificada perpetuada pelo regime russo, assente e argumentos completamente surreais que apenas servem para alimentar e justificar a ânsia de um regresso ao passado imperialista soviético. Tudo começou entre os dias 20 e 24 de fevereiro de 2022, (...)
Não há um lado ou o outro. Não há justificação ou argumentação que sustentem a barbárie adjacente à morte e ao terrorismo. Não há paralelismo entre a legítima luta de um povo pela conquista do direito a um Estado e a um território, e o sangue e a morte derramados pelo terrorismo. O Hamas não é a Palestina. O Hamas não são os palestinianos. São um grupo terrorista, fortemente armado, sem qualquer respeito pelo seu povo (sequer), alimentados pelo fundamentalismo (...)
Depois do que se vive no leste da Europa, na Ucrânia, com a bárbara invasão russa, depois do que, décadas a fio, os afegãos viveram e vivem, depois do que a Europa viveu e sentiu com os Balcãs, depois do que assistimos no Iraque e na Síria sob a capa dos Estados Unidos, depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, por tudo o que grande parte do continente africano vive (ou sobrevive)... por mais argumentos que possamos ter contra ou a favor do conflito israel-palestiniano, matar (...)
449 depois da entrada, no país, das tropas invasoras russas
mparaujo
(fonte da foto: britannica.com) Desde a madrugada (3:30) do dia 24 de fevereiro de 2022 que a Ucrânia, o seu povo e o seu presidente Volodymyr Zelenski, resistem, com inigualável heroísmo, à barbárie da invasão russa. Por mais que a propaganda da Federação Russa queira disseminar um conjunto de argumentos, por si só, infundados e inaceitáveis, para justificar o injustificável, o facto é só um: há um país (Rússia) invasor, agressor e opressor que, sem uma única razão (...)
casos da ONU (Conselho de Segurança), União Europeia e FMI
mparaujo
(créditos da foto: Seth Wenig/AP, in Globo.com) Uma guerra (que é sempre, e em qualquer circunstância, injustificada e condenável) tem, acima de tudo, uma primeira consequência: a morte e a destruição. Partindo desta premissa óbvia, há, depois, um conjunto de circunstâncias e contextos que resultam, de forma positiva (se é que podemos falar em 'positivo' numa guerra) ou negativa. No caso da Invasão da Ucrânia, pela Federação Russa, há uma realidade que a guerra pôs a nu: (...)
com o decorrer do tempo... a responsabilidade pelo desfecho da guerra na Ucrânia cresce para a NATO,
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Vergonha! Revolta! Desilusão! Desespero! São sentimentos que, de certa forma simpática, descrevem o que me vai na 'alma' perante o que é a passividade - repito, passividade - e deprimente calculismo da NATO, UE e USA perante o sofrimento, a destruição, a morte, a anexação ilegítima de um país soberano e livre como a Ucrânia. Sim... tem toda a razão o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, quando se dirigiu directa e legitimamente à NATO após esta ter recusado criar uma (...)
ou como a pala ideológica turva a capacidade racional.
mparaujo
(fonte da foto: Reuters) A guerra, qualquer guerra, destrói e mata. As bombas e os mísseis que arrasam territórios, destroem identidades comunitárias, retiram a vida e desfazem a vida das famílias, não conhecem ideologias. Apenas a destruição, o sofrimento e a morte. Hoje, a política partidária portuguesa (ou uma parte dela) tem que se envergonhar e pedir desculpa aos ucranianos. O Parlamento Europeu aprovou, por maioria, a Resolução B9‑0123/2022 (...)
Por mais comentários e teses de geopolítica, geoestratégica, teorias e princípios da ciência militar que vão preenchendo horas a fio nas nossas televisões e jornais, a questão da Ucrânia é, acima de tudo e de todas as teorias, bem clara e simples (não queiram complicar o que é um facto evidente): a invasão da Rússia é um vil e intolerável ataque à liberdade e soberania de um Estado e de um Povo, sem qualquer justificação e legitimidade, uma inquestionável violação do (...)
mas, infelizmente, são demasiados para que possamos ficar indiferentes.
mparaujo
Dos 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, transcritos de forma parcial e resumida. Artigo 1.º - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Artigo 2.º - (...) sem distinção alguma, nomeadamente de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou outro estatuto. Artigo 3.º - Todas as pessoas têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Artigo 4.º - (...)
Quem sabe um dia... entre Palestinianos e Israelitas. Ou melhor... acreditando que muitos dos palestinianos e israelitas já enterram as suas pedras e intifadas: «Quem sabe um dia... entre os Estados da Palestina e Israel». Sem muros, sem pedras, sem balas, sem conflito, sem exclusão, sem guerra, dor ou morte... Quem sabe um dia: em PAZ e pela PAZ.
as realidades que passam para o fim da lista da agenda pública
mparaujo
Há mais vida para além da COVID-19, para além das vagas, para além das estatísticas, para além das vacinas e das guerras das farmacêuticas. Se as orientações e regras necessárias para a mitigação da pandemia merecem o nosso especial cuidado para regressarmos o mais rápido possível à tão desejada normalidade (se é que alguma vez a voltaremos a ter, tal como a conhecíamos até março de 2020), o excessivo foco e centralidade do nosso quotidiano na COVID-19 faz com que os (...)
Ou como paira no ar uma ilusória sensação de paz. Não alinho no coro (que acho desafinado) daqueles que acham que caiu o pano sobre um eventual conflito Irão(Iraque)/Estados Unidos da América. Assim como também não alinho naqueles que acham que podemos voltar todos à normalidade, que não há mais "nada para ver" depois dos acontecimentos que ditaram a morte do general iraniano Qasem Soleimani. Tudo porque a reacção norte-americana à resposta iraniana à morte de Soleimani foi (...)
Começa da pior maneira o ano de 2020. Muito mal, mesmo. E se muitos (infelizmente, a maioria) acham que os recentes acontecimentos no Médio Oriente, nomeadamente em Bagdad (Iraque) e, mais concretamente, a morte do general iraniano Qasem Soleimani (o segundo da hierarquia do regime do Irão), são aí mesmo, num longínquo médio oriente (onde a maioria só em 'sonhos' se imagina de férias no Qatar ou Dubai) é urgente alertar para a importância da tomada de consciência com a (...)
(créditos da foto: Christopher Reardon / ACNUR-ONU) A ONU declarou instituiu, desde 2000, o dia 20 de junho como o "Dia Mundial dos Refugiados". Hoje, 29 de setembro, a Igreja Católica celebra o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado. Podendo parecer uma duplicação de datas, independentemente de crenças e credos, a verdade é que todas as datas, todos os momentos são importantes para lembrar e alertar para o maior flagelo da humanidade, nos dias de hoje. Por mais movimentações, (...)
(crédito da foto: Andrew McConnel/ACNUR) E infelizmente, à falta de responsabilização (religiosa, geopolítica, geoestratégica, climática/ambiental, Europeia), os próprios refugiados tornam-se os "culpados" (por fugirem da morte... por tentarem sobreviver... porque foram expulsos... porque a "vida" está no país ao lado ou na travessia do Mediterrâneo "da morte"). 20 de junho... as Nações Unidas instituíram, em 2000, este dia como o Dia Mundial do Refugiado, para a (...)
A história da Humanidade, ao longo dos séculos (AC e DC), sempre teve períodos, mais ou menos longos, de conflitualidade entre os homens e os povos/nações. Foi, também, nesses contextos que as civilizações delinearam os seus futuros. No período contemporâneo, na primeira metade do século XX, as duas Grandes Guerras (1914-1918 e 1939-1945) foram o reflexo visível dessa conflitualidade. No entanto, o Mundo soube sempre acolher períodos alargados de paz (ou alguma paz) e de (...)
Mas há um turbilhão de sentimentos: revolta, solidariedade, impotência, comoção, choque, desassossego, (...). E há igualmente uma premissa que importa, desde já, destacar: não colhe o argumento "cá também há situações de..." ou "isso é lá longe, o que conta são os 'nossos'". Não! Não é assim... Primeiro, a vida, os direitos e a dignidade humana são universais e não conhecem fronteiras. Segundo, existem realidades e contextos bem distintos. Terceiro, a preocupação (...)
No momento em que recordamos o 20.º aniversário da atribuição do Nobel da Literatura a José Saramago (1998), o segundo atribuído a um cidadão português (depois do Nobel da Medicina - Egas Moniz, 1949), após a polémica em 2016 com a atribuição do Nobel a Bob Dylan, a Academia Sueca volta a envolver distinção literária em nova controvérsia ao decidir a não atribuição em 2018 devido a escândalos sexuais que envolvem o marido de Katarina Frostenson, uma das responsáveis (...)
Foi há 17 anos... 11 de setembro de 2001. Passados tantos anos porque é que o "11/9" ainda está bem presente na memória colectiva, não só dos americanos, como do resto do mundo? Duas razões essenciais. Primeiro... o número de vítimas (acima das 3 mil), a tragédia em si mesma, o impacto mediático dos atentados (Torres Gémeas, Pentágono e o Voo 93) e o significado político dos mesmos (atentado em pleno "solo" americano, bem dentro do coração político, económico e militar (...)
Somos relativamente permissivos e influenciáveis pelo mediatismo e pelo colectivismo no que toca à tragédia, à desgraça e à morte. Forma muitos os que assumiram a corrente do "Je Suis Charlie" quando em janeiro de 2015 se deu a barbárie do atentado ao jornal satírico francês Charlie Hebdo. Mesmo que até à data grande parte nunca tivesse ouvido falar do jornal, nem das suas posições editoriais significativamente polémicas (nomeadamente no que respeita às religiões e (...)