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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

18.Mar.24

A imbecilidade da democracia

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 18 de março, do Diário de Aveiro (página 10) Teríamos que recuar mais de 40 anos para nos lembrarmos da última greve geral dos jornalistas (1982) que, por curiosidade ou, quem sabe, por destino, foi convocada em plena governação liderada por Francisco Pinto Balsemão. Coincidências. O dia 14 de março, volvidos 42 anos, não ficará na história marcado apenas (e isso seria, por si só, mais que suficiente) pela revolta e pelo grito de desespero e (...)
18.Dez.23

Quando o jornalismo também é (deve ser) notícia

#SomosJN, #SomosGlobalMedia, #SomosJornalismo, #SomosPelosJornalistas

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 18 de dezembro, do Diário de Aveiro (página 6) Há um princípio básico no jornalismo, mesmo que questionável e tantas vezes colocado em causa, que defende que o jornalista não é, nem deve ser, a notícia. E por “arrasto” o próprio jornalismo. Sendo o jornalismo (e, por óbvias razões, o jornalista) parte integrante da dinâmica da sociedade, em determinados contextos e circunstâncias, o jornalismo e o jornalista podem (e devem) ser a notícia. (...)
08.Out.23

Abril cumpriu-se como um todo

o resto é a consequência de um caminho livre e democrático, que nunca foi, nem é, fácil.

mparaujo
Tenho um enorme orgulho em ter laços familiares com um Capitão de Abril e Capitão de Novembro (do Grupo dos Nove). Ainda retenho na memória histórias contadas e contextos do "Verão Quente de 75". As mesmas que retenho das vividas ou contadas do 25 de Abril de 74. Sempre entendi - e defenderei - que o 25 de novembro de 75 teve um papel importante na história destes quase 50 anos de liberdade e democracia. Mas nunca, sob o pretexto de deturpação da realidade, estarei do lado dos (...)
17.Mai.23

Zelensky, o 'Magno'

449 depois da entrada, no país, das tropas invasoras russas

mparaujo
(fonte da foto: britannica.com) Desde a madrugada (3:30) do dia 24 de fevereiro de 2022 que a Ucrânia, o seu povo e o seu presidente Volodymyr Zelenski, resistem, com inigualável heroísmo, à barbárie da invasão russa. Por mais que a propaganda da Federação Russa queira disseminar um conjunto de argumentos, por si só, infundados e inaceitáveis, para justificar o injustificável, o facto é só um: há um país (Rússia) invasor, agressor e opressor que, sem uma única razão (...)
25.Jun.22

Bem-vindos ao "clube": Ucrânia, Moldova e, quase-quase, Geórgia

a Europa alargada ao limite territorial.

mparaujo
Há inúmeras questões que, legitimamente, podemos considerar e colocar quando olhamos para a sustentabilidade e para o futuro do projecto europeu, para a sua afirmação interna e externa, para a sua capacidade agregadora, para os seus princípios políticos, económicos, culturais e para a sua essência solidária e social. Excluindo o cepticismo cego e ideológico, a verdade é que a Europa/União Europeia merece ser pensada, reflectida e avaliada em função do que são as (...)
28.Jul.21

E depois do Adeus...

quando a história não deve, nem nunca pode ser travada.

mparaujo
Volvidos mais de 47 anos, a caminho do meio século, do 25 de Abril de 74 - passado mais tempo do que o próprio Estado Novo (41 anos - 1933 | 1974) - é mais que tempo suficiente para os que portugueses olhem para a sua História com o distanciamento necessário para que os acontecimentos que marcaram o destino e mudaram o rumo do país tenham o seu merecido lugar e a sua verdadeira importância. Segundo o activista monárquico brasileiro (valha o que valer a "ideologia de Estado") (...)
05.Jun.21

Pela Liberdade... sempre.

ontem, hoje... sempre.

mparaujo
Não importa o contexto, a localização, a realidade... Liberdade é e será sempre Liberdade: pela defesa dos direitos, das garantias, da opinião, da expressão e da informação. Há 32 anos (1989 - o tempo vale o que vale), durante 51 dias, entre os dias 19 de abril e 4 de junho, milhares de jovens estudantes chineses manifestaram-se, pacificamente, nas ruas de Pequim, culminando estes protestos com o conhecido "massacre da Praça de Tian' anmen", vitimando cerca de 1.000 pessoas e (...)
20.Jan.21

Hoje foi dia de... tornar o mundo mais "respirável"

mparaujo
Entre a pressão e a realidade dos números da pandemia, o mundo reserva-nos, felizmente, momentos de regozijo. Acredito que, se eles quiserem, podem tornar a América novamente grande, democrática, livre, pacífica e respeitada. E o Mundo respirará muito melhor. Yes You Can, again. Get democracy great again. (créditos da imagem: Getty Images, via Expresso)
17.Jan.21

24 de janeiro: Eu VOTO!

Nem o estado de Emergência ou de Sítio podem condicionar a democracia, a política e os mais elementa

mparaujo
No dia em que, surpreendentemente, cerca de 250 mil cidadãos eleitores exerceram o seu legítimo direito de voto (antecipado), mesmo que isso signifique apenas pouco mais de 2,3%, importa uma reflexão de cidadania. No contexto em que vivemos, de total e perfeita "anormalidade" das rotinas e das dinâmicas sociais, ao qual acresce o confinamento aplicado em pleno estado de Emergência, poderia ser adiado o processo eleitoral para a Presidência da República? Podia... a data das (...)
01.Jan.21

Não começamos bem...

entrada (nacional) com o pé esquerdo.

mparaujo
(fonte da foto: sapo mag) Não sou adepto, nem apreciador de Fado. Não tenho, sem querer levantar qualquer tipo de conflitualidade ou desrespeitar o que quer que seja, a Amália Rodrigues como referência, embora admita que possa dizer e significar algo a uma boa parte dos portugueses. Quanto muito, pela tradição académica, ouço algum "fado de Coimbra". Mas tenho que reconhecer que o Fado tem o mérito de traduzir muito da identidade portuguesa, de ter extravasado as fronteiras (...)
25.Abr.20

Não há liberdade... sem respeito pela memória/história

mparaujo
Já lá vão 46 anos desde a madrugada de 25 de abril de 1974... aproximamo-nos da meia década, o que, socialmente, leva a que a memória colectiva vá perdendo a sua referência histórica e social. Soube, pela história familiar, as marcas que a guerra colonial deixou. Soube, por vivência, que naquela quinta-feira do dia 25 de abril de 1974 não iria sair de casa para ir às aulas (até porque lá em casa já se sabia que "algo" iria acontecer entre 24 e 25 de abril). Sei, por muito (...)
19.Abr.20

Estava a tentar evitar... mas lá tenho que colocar o cravo ao peito.

Vem isto a propósito das cerimónias que assinalam o 46.º aniversário do "25 de Abril"

mparaujo
E diga-se de passagem... é a primeira vez que o faço (não sei se a última ou não, mas é a primeira). E diga-se ainda mais... principalmente para um fervoroso convicto do 25 de novembro (colocando-o no mesmo patamar que abril de 74, para que conste). Vem isto a propósito de petições e contra-petições "pró e contra" as cerimónias previstas e anunciadas para a Assembleia da República (AR) e que assinalam o 46.º aniversário do "25 de Abril". E vem igualmente a propósito de (...)
09.Nov.19

A importância da liberdade para a democracia

mparaujo
(créditos da foto: ricardo stuckert, in viomundo) Já há algum tempo que a probabilidade ganhava contornos reais e concretizáveis... após 20 meses de cativeiro, Lula da Silva, ex-presidente do Brasil, foi, ontem, libertado após o Supremo Tribunal Federal brasileiro (STF) ter decidido anular a decisão de prisão, em abril de 2018, do Tribunal de segunda instância. Neste processo, há 3 ou 4 pressupostos que importa referir. 1. Não tenho qualquer afinidade ideológica com o Partido (...)
20.Out.19

Londres ou Barcelona? Quem está mais próximo...

mparaujo
Do ponto de vista métrico, o óbvio: Barcelona fica a cerca de 1150 kms e Londres a 2030. Mas há outra distância que importa considerar e medir: a política e social. O Brexit espelha muito mais que um simples abandono do projecto europeu por parte do Reino Unido. Reflecte a necessidade urgente de se repensar a União Europeia, coincidente com o adiamento do alargamento à Macedónia do Norte e à Albânia, seja pela reavaliação do projecto europeu em si mesmo, seja no (...)
25.Nov.18

Há 43 anos a Democracia venceu

mparaujo
19 meses depois do 25 de abril de 74 o processo democrático vencia e selava a Revolução. 43 anos depois, o 25 de novembro "ainda" não é feriado porque há quem, teimosa e ideologicamente, queira travar a história. 25 de Novembro de 1975... SEMPRE.
25.Abr.18

Os pequenos grandes papéis de Abril de 74

mparaujo
A vida teve a amabilidade e o bom-senso de cruzar as nossas vidas e as nossas famílias. Mal imaginava o que o futuro nos reservava. Apesar de alguma escassez nos contactos pessoais, recordo bem imagens e a memória visual da casa de Amarante, da figura pública, do envolvimento claro e directo no 25 de abril de 74, no 25 de novembro de 75, no Conselho de Revolução, de algumas histórias e de muitas conversas (umas mais abertas outras mais em "surdina"). E acima de tudo, recordo, (...)
19.Nov.17

A Liberdade... na despedida

mparaujo
publicado na edição de hoje, 19 de novembro, do Diário de Aveiro Debaixo dos Arcos A Liberdade... na despedida Tudo tem um fim... seja na vida, na profissão, nas relações familiares e sociais; tudo tem um fim. Nada é eterno… apenas o fim da vida, a morte, é para sempre e, inevitavelmente, um fim. Ao fim de mais de 13 anos, publicadas cerca de 693 reflexões sobre os mais diferenciados temas, termina o meu compromisso de colaboração regular (é certo nem sempre cumprida da (...)
05.Out.17

Catalunha. Previsivelmente irreversível.

mparaujo
Andava a evitar escrever sobre a questão da Catalunha por uma razão simples: a temática da independência da comunidade autónoma do nordeste espanhol, denominada desde 2006 como nação catalã após a revisão do seu estatuto de autonomia, é secular. Depois de várias realidades vividas desde a idade média, depois de todos os tempos controversos vividos na era do franquismo em 1977 recupera o seu estatuto autonómico (aliás, a primeira comunidade autónoma espanhola a recuperar (...)
04.Abr.17

44 anos na história da democracia

mparaujo
Muito poucos acreditariam ser possível realizar um terceiro congresso face ao regime vivido. Muito poucos acreditariam que alguém próximo do regime de então, o Governador Civil (Dr. Francisco Vale Guimarães), pudesse dar cobertura, apesar do desfecho final. Mas a verdade é que entre os dias 4 e 8 de Abril de 1973, o então Teatro Avenida acolhia o III Congresso da Oposição democrática que terminaria com uma forte carga policial sobre os congressistas no final do Congresso quando (...)
07.Mar.17

Je Suis... mas só quando dá jeito

mparaujo
Não há nada mais falso que o conceito de alguma esquerda (repito... alguma esquerda) sobre democracia e liberdade. Precisamente aqueles que a propósito de tudo e mais alguma coisa invocam o direito à liberdade de expressão e opinião ou, até, agitam aos sete ventos as conquistas de Abril de 74 (ao mesmo tempo que fazem por esquecer, porque interessa, as conquistas de novembro de 75. E é esta falsa ou demagoga democracia e liberdade que assombra (assombrou) e remete à exclusão (...)