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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

11.Mar.24

Compromisso por um futuro (rápido) igualitário

mparaujo
Publicada na edição de hoje, 11 de março, do Diário de Aveiro (pág. 23) Ainda a propósito do Dia Internacional da Mulher, assinalado na passada sexta-feira, porque esta luta, infelizmente, ainda tem que ser diária e travada. E ainda, porque esta, por respeito e dever cívico, deve ser uma causa também dos homens. Que mais não seja, pelo respeito e pelas desculpas que são devidas às mulheres, pelos nossos comportamentos, as nossas ações, as nossas omissões, os nossos (...)
08.Mar.24

Às Mulheres! Pelas Mulheres!

mparaujo
8 de março: Dia Internacional das Mulheres. No ano em que se registam 115 anos após a primeira iniciativa de manifestação das mulheres pela conquista de direitos e liberdades (Estados Unidos, 1909), esta é uma das datas que, em pleno século 21, deveria ser banida do calendário das efemérides. Não por algum fundamento oposicionista à igualdade de género (antes pelo contrário), mas precisamente porque deveria ser mais que natural, justo e digno não haver motivo de registo do (...)
25.Nov.23

Nem mais um dia normal.

mparaujo
25 de novembro A frase (título) parece algo parodoxal fora do contexto e da circunstância. Mas é, somente, o plágio assumido da campanha da APAV para assinalar mais um 25 de novembro (o 23.º depois da ONU ter declarado, pela resolução 54/134, de 17 de dezembro de 1999): Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. Enquanto o edil de Lisboa, em tiques de egocentrismo e narcisismo populista, político e ideológico, prefere reescrever a história e vestir o (...)
18.Out.23

O país otimista... em cartaz (02). Agora em versão "pipi".

mparaujo
Mais de 2 milhões de pessoas em risco de pobreza é um número, para além de alto, assustador e preocupante. Mas quando se perspetiva um Orçamento de Estado com uma clara e evidente preocupação social (o maior aumento de sempre do Salário Mínimo, alteração de IRS, Mais Habitação, reforço dos Apoios Sociais, aumento dos Salários e Reformas, apoio aos Jovens, entre outros) e depois de apresentado um objetivo ambicioso e exigente, através da Estratégia Nacional de Combate à (...)
17.Mai.23

A tristeza de Jorge Mario Bergoglio

infelizmente, o Papa Francisco tem, hoje, muito por onde ficar triste nestes tempos difíceis para a

mparaujo
(fonte da foto: twitter sic notícias) O Papa Francisco afirmou, este fim de semana, estar "muito triste, porque no país onde apareceu Nossa Senhora [Portugal] foi promulgada uma lei para matar. Mais um passo na grande lista dos países que aprovaram a eutanásia". O responsável máximo pela Igreja Católica comentava, desta forma, a aprovação, pelo Parlamento português na sexta-feira passada, da quarta versão (à quinta tentativa) do diploma legal que regula e despenaliza a morte (...)
03.Mai.23

A queda livre sindical

a caminho do 50.º aniversário do primeiro 1.º de maio pós 25 de Abril de 74

mparaujo
(1.º de maio de 1974 - foto arquivo Jornal de Notícias, in Notícias Magazine - 01/05/2022) Na madrugada do dia 25 de abril de 1974 os "Capitães de Abril" lançavam o processo da Revolução e ofereciam a Portugal, de mão beijada, a Liberdade após 41 anos de regime ditatorial. Às primeiras horas da manhã, o Povo (mesmo que surpreso e inquieto, e em tempos diferenciados) dizia presente e saía à rua. Portugal vivia os primeiros dias da liberdade reconquistada, num misto de (...)
16.Abr.23

Não é NÃO!

mais do que o alegado caso Boaventura Sousa Santos e o CES.

mparaujo
Sobre os denunciados casos de assédio sexual que envolvem o professor universitário Boaventura Sousa Santos e o Centro de Estudos Sociais, em Coimbra há demasiados contextos que não podem ser, depois de tudo o que algumas das mulheres passaram e disseram (mais uma vez, as Mulheres!!! - a lembrar Maria Botelho Moniz, por exemplo), ignorados ou marginalizados. 1. A (...)
18.Dez.22

Para além do Mundial da Vergonha... também o Mundial da Hipocrisia

mparaujo
Chegou ao fim um dos mundiais de futebol mais polémicos e controversos. Não pela questão desportiva ou competitiva, mas sim pela questão social e pelas suspeitas de corrupção, não apenas na atribuição da organização da prova ao Qatar e ao envolvimento da FIFA, mas pelos mais recentes acontecimentos no seio do Parlamento Europeu, envolvendo uma (Eva Kaili) das 14 vice-presidências deste órgão. Este não foi apenas o Mundial da Vergonha (...)
27.Nov.22

Em cada número, muito mais que um rosto... uma vida.

Não à violência...

mparaujo
O princípio é, ou deveria ser, mais que óbvio: a violência, como manifesta forma de atropelo aos mais elementares direitos humanos e um atentado à dignidade humana, é condenável e reprovável. Se a isto acrescentarmos a "fragilidade" (no seu sentido mais lato) da vítima, passa a ser repugnante. Em todos os casos, é CRIME. No caso da violência contra as mulheres, representa um medievalismo repulsivo, uma total incapacidade na integração e aceitação do outro (seja qual for a (...)
15.Nov.22

8 mil milhões não é apenas um número

o que esconde este marco demográfico mundial

mparaujo
Hoje, é notícia de destaque, quer na imprensa nacional, quer na internacional, bem como na comunicação da ONU, o facto da população mundial ter chegado (e, neste momento, ultrapassado) aos 8 mil milhões de habitantes. Para a Diretora Executiva do Fundo de População da ONU (UNFPA), Natalia Kanem, o nascimento do bebé 8.000.000.000 "é um momento para comemorar, pois reflete um mundo com maior esperança média de vida, menos mortes maternas e infantis e sistemas de saúde cada (...)
09.Set.22

Na espuma dos dias... desalinhadamente.

fora do coro alinhado das algumas vénias dos dias de hoje.

mparaujo
(crédito da foto - adaptada a preto e branco: Chris Jackson/Pool - REUTERS) Não tendo nada contra a personalidade e figura da rainha Elizabeth II (tenho alguma dificuldade em perceber porque é que dizem "Isabel" e não dizem "Elisabete"), a verdade é que me custa perceber (e muito menos alinhar) o coro alinhado das vénias a propósito do seu falecimento (excluindo o povo e sociedade do Reino Unido). Obviamente, merecendo o devido respeito pela sua função de "Chefe de Estado" e a (...)
25.Ago.22

Extravagâncias comportamentais... das críticas, claro.

conto rápido...

mparaujo
(crédito da foto: Hannibal Hanschke/Getty Images, in Veja - edição brasileira) Sobre a polémica recente com as danças (em privacidade) da Primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, conto rápido (curto e simples). Muitos podem dizer que a Finlândia é lá longe, encostada à Rússia, nessas zonas gélidas do norte da Europa. Muitos podem dizer que é um problema dos finlandeses... eles são crescidinhos que se entendam. Muito podem dizer - como dizem - que há coisas mais (...)
26.Jun.22

De dedo em riste...

essa coisa tão portuguesa de sacudir responsabilidades acusando terceiros.

mparaujo
O Futebol, em Portugal e em muitos outros países, é a maior referência desportiva. Mas o principal e massificado desporto nacional chama-se "apontar o dedo". Este é um dos principais marcos identitários dos portugueses - e, neste caso, porque não dizer... dos tugas. A facilidade com que criticamos e apelamos a que a "culpa nunca morra solteira", é proporcional à velocidade com que disparamos culpas contra tudo e contra todos. Infelizmente, a maior parte das vezes, só por que sim, (...)
29.Mai.22

Quando o Texas não lê Ernest Hemingway

sonhar com um Adeus às Armas...

mparaujo
Dos factos... 19 crianças, entre os 9 e os 10 anos, e duas professoras mortas num massacre numa escola primária de Uvalde, no Estado do Texas. Responsável: um jovem de 18 anos. Data: 24 de maio de 2022. É escusado retomar (ciclicamente) o discurso de condenação a uma lei inqualificável que massifica, legaliza e difunde o uso, indiscriminado, de armas em vários Estados dos Estados Unidos, muito por força de um inimaginável lobby e por razões meramente culturais (há mesmo quem (...)
28.Ago.21

A vida não é justa

aliás, muitas vezes, é até madrasta.

mparaujo
A vida, seja qual for o seu sentido ou as crenças que nela depositamos, tem um único ciclo... inevitável, forçoso, implacável, imperioso: sem vontade própria, nascemos; sem a mesma vontade, morremos. Pelo meio, fica o percurso de vida. Mas este percurso tem, igualmente, por norma e natura, um outro ciclo. E aqui reside a forma como a vida e apresenta injusta e adversa. Durante uma grande parte do percurso inicial da vida (cada vez mais prolongado no tempo, diga-se) os filhos (...)
04.Mar.21

Entre as margens fica um rio

e a imensidão de memórias de uma tragédia

mparaujo
Ainda longe da "explosão" das redes sociais e da facilidade com que a informação se difunde (para o bem e para o mal) a noite fria do dia 4 de março de 2001 agarrava o país às televisões, às vozes nas rádios e às páginas do jornais (no dia seguinte... e seguintes). Foi uma das semanas mais trágicas que a contemporaneidade nacional alguma vez revelou. Passavam poucos minutos das 21h00 quando o quarto pilar da ponte Hintze Ribeiro, que ligas as duas margens do Rio Douro entre (...)
29.Jan.21

Fecharam-se as janelas e as portadas... calaram-se as palmas.

Depois do hino aos heróis da saúde... um preocupante, dramático e incompreensível silêncio. Demasiad

mparaujo
Estávamos no princípio da pandemia, da surpresa, do encontro com o perigoso desconhecido... Também estávamos num momento e contexto onde imperava a solidariedade, a preocupação com o outro, com o vizinho ou até com o desconhecido... E, principalmente, estávamos num tempo em que o reconhecimento público do esforço heróico, altruísta e abnegado dos profissionais de saúde mereceu o maior manifesto colectivo de gratidão... E, de repente, caiu o pano... impera o silêncio. Um (...)
18.Dez.20

Em política as palavras contam e têm peso

os riscos (demasiado elevados) do trumpismo da comunicação política

mparaujo
(créditos da foto: mário cruz / lusa, in expresso) As palavras têm uma força considerável e, muitas vezes, imensurável, capazes de mobilizar causas e movimentos, tão fortes que geram revoluções e dinâmicas sociais. Ganham esta dimensão de forma ainda mais relevante quando as palavras são enquadradas nos princípios e na ética política, que devem (ou deveriam) estar permanentemente preservados na função e no exercício dessa mesma política. Ganham dimensão ou mesmo tempo (...)
25.Nov.20

Vale a pena pensar nisto #09

Porque há mais vida para além da COVID-19... e muitas mais VIDAS!

mparaujo
25 de novembro Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. 25 de novembro de DOIS MIL E VINTE - século XXI. Portugal: entre 1 de janeiro e 15 de novembro, o Observatório das Mulheres Assassinadas contabilizou 30 mulheres mortas - 16 das quais em contexto de relações de intimidade e 12 em contexto familiar (violência doméstica). Sim... em PLENO SÉCULO 21. A propósito deste dia e da Violência contra as Mulheres, a APAV e o canal Crime+Investigation (...)
01.Nov.20

Entre uma mão cheia de nada e a confusão do costume

Em vez da prever, planear e prevenir, mantém-se o mau hábito português de reagir e agir em cima do j

mparaujo
(parte I) No final da reunião extraordinária do Conselho de Ministros, realizada ontem, António Costa fez uma longa declaração ao país (com os "slides" a andarem mais depressa que a retórica e demagogia discursivas) para, no final, saber a quase "nada" ou coisa nenhuma sobre as novas medidas restritivas no âmbito da mitigação da COVID-19, aplicáveis a 121 Municípios(e NÃO "Concelhos" como (...)