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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

02.Dez.24

Qual 25 de Novembro?

mparaujo
A história da nossa democracia (conquistada, simultaneamente, com a liberdade, a 25 de abril de 74) foi revisitada há uma semana, 25 de novembro, de uma forma mais forçada do que assumida, marcada mais pela discussão sobre o sentido da comemoração do que, propriamente, sobre o que a data representou ou significou. Importa recordar a frase proferida pelo General Ramalho Eanes, que uma determinada franja política e ideológica gosta tanto de enaltecer: “Momentos fraturantes não se (...)
29.Nov.24

Quando se deitam votos (democráticos) ao lixo

mparaujo
A democracia não é um sistema perfeito… aliás, é o pior sistema político, com exceção de todos os outros. A liberdade de expressão e opinião não são direitos absolutos e, nomeadamente, não justificam tudo (nem meios, nem os fins). A democracia, hoje, em pleno Palácio de São Bento, sofreu um rude golpe e uma condenável afronta. E não foi para isto que o “tal” 25 de novembro de 75, que tantos (erradamente) idolatram, se fez e se cumpriu. Garantidamente, não foi para (...)
25.Nov.24

Das memórias à identidade: o que perde um bairro

mparaujo
Há pouco mais de uma semana, o Zé Alexandre Silva (da geração mais nova da “Praceta”) escreveu um sentido e apaixonado texto sobre o fim do Café Tako. Para quem nasceu ou cresceu e viveu na “Praceta” é um texto que qualquer um de nós gostaria de ter escrito perante a factualidade dos acontecimentos, e descreve, pelo menos, parte das nossas memórias. Acredito, até, que extensível a todos os que nos “visitavam”. O texto do Zé Alexandre, “O Tako fechou. Ficam as (...)
18.Nov.24

Dia Nacional do Mar: desafios à deriva

mparaujo
Há um Dia Mundial do Mar (26 de setembro), um Dia Europeu do Mar (21 de maio) ou, ainda, um Dia Mundial dos Oceanos (8 de junho). Faz algum sentido Portugal celebrar o Dia Nacional do Mar (16 de novembro)? Não só faz, como deveria ser feriado nacional. Mais, ainda, como, por exemplo, no caso da mobilidade (e bem), também deveríamos ter a Semana Marítima. Pelo menos teria a virtude de ampliar, por mais dias, a consciencialização política e social (económica, científica e (...)
11.Nov.24

Umas eleições à escala mundial (muito mais do que locais)

mparaujo
(crédito da foto: Evan Vucci/AP, in Euronews) Mais do que centrar o focusem Kamala Harris, o Partido Democrata deve olhar, primeiro, para si mesmo e se tudo foi feito para que o resultado eleitoral tivesse sido outro. Sou dos que subscrevem que Kamala foi a melhor escolha, a melhor candidata, realizou um enorme e excelente trabalho face ao tempo, às circunstâncias políticas e aos desafios. Agora, conhecido o desfecho é fácil julgar, mas muitos dos que soltam críticas, são os que, (...)
10.Nov.24

Uma governação anémica...

mparaujo
Premissa. Linearmente… a anemia é uma doença caracterizada pela diminuição do número de glóbulos vermelhos e, consequentemente a diminuição de oxigenação, provocando sintomas como, por exemplo, fraqueza e cansaço (fonte: SNS24). Só do ponto de vista meramente académico ou utópico é que se pode esperar que qualquer governo consiga, politicamente, solucionar ou resolver uma exigência social. Isso não existe, na prática. O que existe é a capacidade de gerar medidas, (...)
04.Nov.24

O que pode esconder uma morte, para além da vida

mparaujo
(captura técnica, in jornal Expresso) São diversificados e inúmeros os contextos em que se defende e proclama o que deveria ser, em si mesmo, óbvio e natural: a vida e a dignidade humana. A realidade demonstra que a assunção da “nossa verdade” e dos “nossos valores” como únicos omite o inquestionável e irrefutável: o respeito pelo outro como igual, desde que nasce até que morre. Ciclo que, excluindo o próprio, ninguém tem o direito de quebrar. Nada justifica ou (...)
03.Nov.24

Os "pistoleiros" do costume

mparaujo
(crédito da foto: Fernando Calvo Pool Mancloa / EPE) Por si só, qualquer que seja o aproveitamento político em contextos ou situações de sofrimento, tragédia ou catástrofe é, e será sempre, lamentável e condenável. Acrescentar a isso um visão meramente ideológica e partidária da realidade só dimensiona o contexto em algo ainda mais deplorável. É muito fácil o populismo partidário de disparar contra tudo só porque sim. No caso da lamentável tragédia que assolou (...)
02.Nov.24

Fomentar o ódio. Ponto final parágrafo.

mparaujo
Na quinta-feira, na reunião do Executivo Municipal de Loures, o presidente da autarquia, Ricardo Leão, subescrevia uma recomendação apresentada pelo eleito do partido Chega, Bruno Nunes (também deputado parlamentar) que propõe uma alteração do regulamento municipal de habitação, permitindo despejar de casas municipais quem comete crimes, nomeadamente os praticados durante os focos de violência que surgiram ultimamente, em vários bairros, após a morte de Odair Moniz. A (...)
28.Out.24

Cidadania… mais do que uma mera disciplina

mparaujo
(origem da foto: vídeo do encerramento do 42.º congresso do PSD, in RTP) Face à realidade polvorosa, importa mais a serenidade pública do que atiçar a conflitualidade (como alguns - os do costume - que deveriam ter responsabilidades públicas acrescidas e não se contêm na boçalidade e no populismo). Mas também sobre cidadania, poder, direitos e liberdades, regressemos ao encerramento do Congresso do PSD, que decorreu em Braga, há cerca de uma semana. O anúncio de Pedro Nuno (...)
27.Out.24

Segurança pública: direitos, cidadania, liberdade e democracia

mparaujo
(crédito da foto: Francisco Romão Pereira / Observador) Face à realidade polvorosa que se vive nos últimos dias, importa mais a serenidade pública do que atiçar a conflitualidade (como alguns - os do costume - que deveriam ter responsabilidades públicas acrescidas e não se contêm na boçalidade e no populismo). Posto isto, é inaceitável a tentativa (mais uma vez) de instrumentalização partidária das forças de segurança a que o país assistiu, ontem, por parte da extrema-direita. Deseng (...)
21.Out.24

OE2025 a reviver OE1012: a abstenção violenta

mparaujo
A expressão “abstenção violenta” marcou a abstenção do Partido Socialista na votação do Orçamento de Estado (OE) para 2012, em plena Troika. À data era Secretário-Geral do PS, António José Seguro, e Pedro Nuno Santos abdicava do seu lugar na direção do Grupo Parlamentar (liderado por Carlos Zorrinho), em total desacordo com o sentido de voto definido (entendia que o PS devia votar contra). A conflitualidade interna no partido e as críticas à liderança de António (...)
17.Out.24

Da dignidade da pessoa... mesmo na criminalidade.

mparaujo
(crédito da foto: Pedro Catarino, in Jornal de Negócios) Muito raramente, e esta não será exceção, faço qualquer tipo de considerações sobre processos judiciais em curso (seja qual for o marco temporal do processo), mas é óbvio que o caso do BES, para além de todo o impacto, primeiro, e mais importante, na vida de mais de 2.000 pessoas/famílias (os lesados) e depois, também, no nosso sistema financeiro, tem contornos e um enredo merecedor de um qualquer argumento (...)
14.Out.24

As entrelinhas do Plano para a Comunicação Social

mparaujo
Na conferência O Futuro dos Media, o Governo apresentou o Plano de Ação para os Media, com cerca de 30 medidas, algumas das quais deixam mais preocupações e inquietações do que esperança para o setor e os seus profissionais. Tem sido mais do que badalado o estado presente do jornalismo em Portugal: os desafios, os riscos, as novas exigências, a fragilidade e precariedade do setor, a ética e o rigor profissionais. Num outro prisma, há ainda a interrogação sobre a (...)
13.Out.24

As escolhas (im)prováveis

eleições autárquicas 2025

mparaujo
O aproximar de alguns atos eleitorais, como por exemplo as presidenciais ou as autárquicas, são, por norma, reveladores da ingenuidade e da fragilidade da democracia. Nalguns casos, ainda, espelham o que mais de sinistro tem a política: os jogos de bastidores e das influências. Deixemos, ao caso, a questão das presidenciais, já aqui aflorado pela rama, e foquemo-nos nas (...)
07.Out.24

Guterres, “persona Nobel grata”

mparaujo
(crédito da imagem: Banksy Art Gallery 2024) Nota inicial: há mais “história e estórias”, de décadas e séculos, posteriores a 7 de outubro de 2023, no conflito no Médio oriente. Nada disto surgiu do vácuo. Ao fim de 12 meses (7 de outubro de 2023 – 2024) é possível olhar para o conflito no Médio Oriente, nomeadamente o que envolve Israel, Palestina e Líbano, sem ser, de forma marcadamente obcecada, a preto e branco? É e é desejável. É possível condenar o horrendo (...)
30.Set.24

Há mar e mar… demasiado mar.

mparaujo
(imagem recolhida do Geoportal do Mar Português - DGRM) Portugal é o 20.º país do mundo e o 5.º da Europa com a maior Zona Económica Exclusiva (plataforma continental e mar), área que se pode fixar perto dos 3,9 milhões de km2 (mais de 40 vezes o continente, sem contar com Olivença) se a pretensão apresentada, em 2009, às Nações Unidas, ultrapassado o conflito com Espanha em relação à zona das Ilhas Selvagens (Arquipélago da madeira), for positiva. Este marco fará com (...)
29.Set.24

(podcast) POLITICAMENTE INSURRETO: temporada #1, episódio #9

O fantasma da crise política e o receio das eleições antecipadas, com o chumbo do OE2025.

mparaujo
Já está no ar o nono episódio do Politicamente Insurreto, disponível em: Rádio Terra Nova e no Spotify . Episódio desta semana: "Um Orçamento do Estado com medo da crise política". Sobre o episódio #9 O fantasma da crise política com o eventual chumbo do Orçamento do Estado para 2025. P (...)