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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

Resumo da Semana XXIII

Publicado na edição de hoje, 6 de Junho, do Diário de Aveiro.

Cambar a Estibordo...
A semana em resumo.

A semana passada foi vivida sob o espectro do desemprego e da insegurança social.
Nem mesmo o final de mais uma edição do Rock in Rio alegrou as “almas penadas”. Até porque, segundo os dados divulgados pela organização, a edição de 2010 teve cerca de 25 mil espectadores a menos (329 mil) que a de 2008 (354 mil).
O Parque da Bela Vista (cidade do Rock in Rio), em Lisboa, acolheu os tempos de crise e “desacreditou” o dito popular “quem canta seus males espanta”. É que o povo já vai pouco em cantigas.
As cambalhotas políticas
Ou dito de outra fora: nem tudo o que parece é. Ou será antes… o que hoje é verdade, amanhã é mentira?!
Para o caso é indiferente.
O certo é que o Partido Socialista decidiu, oficial e publicamente, apoiar a candidatura de Manuel Alegre, mesmo sem um claro consenso e demonstrando que em política é mais fácil engolir um “sapo” do que usar a coerência e a responsabilidade ética.
Mesmo que isso signifique comungar do mesmo espírito que o Bloco de Esquerda e mesmo que reduza a supra-candidatura de Manuel Alegre a uma dimensão politicamente bem definida.
Mesmo que isso possa significar, na prática, um excelente alívio para José Sócrates com uma eventual derrota de Alegre e a reeleição de Cavaco Silva, garantindo uma melhor estabilidade para governar.
Solidariamente
É indiscutível que o povo português, por natureza e identidade, é um povo solidário.
E quanto maior for a dificuldade, maior é o respeito pelo outro e ganha dimensão o valor solidário.
Ganham consistência, ano após ano, as campanhas de recolha de alimentos do Banco Alimentar contra a Fome. Cresce na credibilidade e cresce na capacidade de recolha e de apelar ao sentido comunitário dos cidadãos.
Há cada vez mais pessoas a precisarem de ajuda face às dificuldades da vida. E é cada vez maior o leque social de pessoas e famílias a ajudar.
Segundo a Presidente da Federação dos Bancos Alimentares contra a Fome, Isabel Jonet, nos 1400 postos de recolha, os mais de 24 mil voluntários recolheram cerca de duas mil toneladas de alimentos. Este valor supera o registado no ano transacto.
Esta onda de solidariedade traduz-se no permitir parte da sobrevivência de 1750 instituições de solidariedade apoiadas pelo Banco Alimentar, facultando o apoio alimentar a cerca de 275 mil pessoas, de norte a sul do país.
A frieza (clareza) dos números
Numa semana em que se comemorou mais um Dia Internacional da Criança e se relembrou o aumento dos maus tratos infantis, da exploração de mão-de-obra, nos abusos sexuais, entre outros, entraram em vigor as novas taxas de IRS que penalizam e retiram confiança no futuro aos mais desfavorecidos, aos reformados e à classe média.
O que se traduz num cada vez maior conformismo com a realidade da vida, claramente afastada da realidade política e governativa.
Segundo os dados divulgados pelo mais recente relatório do Eurostat, por mais que se queiram desvalorizar e esconder, o certo é que as previsões apontam para um aumento da inflação, em Maio, em cerca de 1,6% para a Zona Euro (sem mencionar valores por país) e para projecções (ainda por confirmar) que apontam um crescimento do desemprego em Portugal, durante o mês de Abril, para os 10,8% (últimos valores apontavam para 10,6%).
O que, olhando para os números que apontam um crescimento de 1% no PIB, significa que, em Portugal, produz-se mais com menos emprego, com mais encargos sociais, com maior instabilidade e com mais pobreza.
O que nos vale é que se aproxima o Mundial e vamos ouvir muita “vuvuzela”…
Boa Semana…

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