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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

Memória!

Publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro.
Sais Minerais
Memória

Há pessoas que nos marcam, que têm influência na construção da nossa identidade e personalidade, mesmo que concorram, literalmente, com a família e a importância inquestionável do seu papel.
Há pessoas que, para além do contexto social (escola, trabalho, organizações) onde se cruzam connosco, fazem, igualmente, parte de uma realidade muito próxima da nossa família (quantas vezes não confundidas).
Essas pessoas, mesmo que, pelas circunstâncias da vida, se vão afastando, não deixam de ser referência e de constituir parte integrante do percurso da nossa vida.
Infelizmente, face ao cenário e à realidade do universo escolar, nos dias de hoje, em Portugal (a sua exigência, o laxismo, a relação com a família e a relação professor-aluno), a importância que um Professor tem para a vida e a construção da personalidade de cada aluno/estudante, é, cada vez mais e preocupantemente, diluída e diminuta (mesmo com as respectivas excepções à regra).
E não é apenas no 2º, 3º Ciclos ou ensino Secundário. Mesmo no 1º Ciclo (antiga escola primária), esta começa a ser uma triste realidade.
Não interessa, para o caso, atribuir responsabilidades ou estar agora a “esmiuçar” pormenores.
Mas a verdade é que já não é muito usual, nos dias de hoje, os mais jovens e mais novos, referenciarem os seus primeiros professores (aqueles que nos ensinaram a contar, a escrever, a ler, mas também a brincar e a crescer) e mesmo lembrarem-se dos seus nomes.
Mas pessoalmente, estes foram marcantes (mesmo que outros, durante o ensino secundário e universitário, também o tenham sido), ou melhor, especialmente marcantes.
E quando, para além do contexto escolar, esses professores se cruzam com a nossa vida pessoal e familiar, e fazem, por isso, parte de todo o nosso crescimento, mais marcantes se tornam e mais importante se reveste o seu papel (de professor e amigo).
Assim, mesmo que a morte deixe um vazio (em muitos casos, principalmente familiares) difícil de preencher, a memória e a saudade vão marcando presença na realidade da vida que vai permanecendo.
Foi Professora da minha quarta classe, foi educadora, foi amiga, foi presença assídua nas relações familiares. Foi muita coisa. Muita mesmo…
Mesmo já não estando presente, a minha Professora Maria Teresa Neves, ficou, fica e há-de ficar sempre na minha memória. Por tudo…
Ao sabor da pena… com muitas saudades.

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