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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

Operação à "coluna" governativa

Terminou a azia governativa.
Terminou a má digestão política da direita, principalmente do cds/pp.
Terminou o incómodo da "pedra no sapato" de José Sócrates.
Apesar das muitas posições e afirmações polémicas, o governo perdeu um"peso pesado" da história política portuguesa.
É o preço da independência e da liberdade de compromissos partidários, que, normalmente com este fim, não se compadece com a agenda política governativa.
E isso, quer Freitas do Amaral, quer José Sócrates, deveriam ter sabida acautelar e prever. Teimosamente... não o fizeram.
As razões são de natureza pessoal (saúde).
Mas à parte disso, não deixa de ser curiosa foi a data "oportuna" da decisão: portugal vive a ansiedade da véspera do jogo com Inglaterra. Alguém se preocupa com o Ministério dos Negócios Estrangeiros?!
Alguém pena em Timor e na Austrália!
Alguém se lembra das caricaturas?!
Ainda se fala do perigo nuclear iraniano?!
Serão assim tantos os portugueses que pararam para reparar que houve alterações governativas?!

Sentido figurativo

O Ilustre Maréchal Ney tem aqui um excelente observação prática às declarações inqualificáveis do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Viseu e Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (a representatividade oficial e corporativa dos nossos autarcas), quando afirmou publicamente que se deveria "correr à pedrada" com os inspectores do Ministério do Ambiente.
Mais tarde, viria igualmente a público afirmar que o que disse foi em termos meramente figurados.
Ora aí está... tanto alarido para quê?!
Na minha preparação para o exame de português (o luso), recorri-me à melhor cábula possível: o dicionário.
Figurado: que não é o literal da palavra ou texto, e sim, um outro, criado por metáfora, metonímia ou sinédoque (diz-se de sentido) - Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
Ou seja...
À pedrada pode significar o "figurado" dia-a-dia do toxicodependente, ou significará para o Presidente de Viseu "beijinhos e abraços". Mas nunca, mesmo nunca, pedras atiradas, com pontaria refinada, à cabeça de outrem.
A responsabilidade política e governativa mede-se pela racionalidade, coerência e sensatez dos actos e palavras.
E isso falta à maioria dos nossos governantes (nacionais e locais).
É o velho prenúncio político: o que hoje é verdade, amanhã é mentira!

Onde Está?

Quem me ajuda a encontrar a minha BUGA?!
Onde raio a fui estacionar!!!
Fui a uma entrevista para o gabinete de comunicação da Sanyo e perdi-me... Vou ter de voltar a pé.

"Organizer" semanal

Esta semana.
dia 29 de Junho - 18:00 - Exame de Português para ingresso em Comunicação Social. (espero eu, claro).

Dia 29 de Junho de 2006 - 21:15 Hm na Biblioteca Municipal
CONVITE A TODOS OS AVEIRENSES.
Enviado por mail pelo ilustre Dr. Raúl Martins.
Serviço Público
Está em curso a elaboração do PROT (Plano Regional de Ordenamento do Território) da Região Centro que deverá concluir-se até 27 de Setembro de 2007. A importância deste Plano decorre do facto de se definir como um referencial estratégico para o planeamento ao nível municipal (PDM, PP e PU), mas também porque fará a integração das políticas sectoriais no ordenamento e coordenará as intervenções desejáveis ao nível do território.
O Gabinete de Estudos da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista, atento à enorme importância deste plano vai realizar no próximo dia 29 de Junho, quinta-feira, às 21:15 na Biblioteca Municipal de Aveiro, um debate aberto à comunidade com o tema:
"O Plano Regional de Ordenamento do Território da Região Centro (PROT do Centro) – perspectivar a inserção regional de Aveiro"
em que teremos como convidados o Prof. Doutor João Ferrão, Secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades e o Prof. Doutor Artur da Rosa Pires, Professor Catedrático da Universidade de Aveiro.
Neste debate tentaremos esclarecer sobre como se deve reflectir um PROT ao nível de um município, como devemos equacionar a inserção de Aveiro e como podemos identificar e propor desafios e contributos que potenciem a afirmação de Aveiro no contexto regional.


Independentemente de questões partidárias e das minhas convicções antagónicas, pela questão aveirense vale a pena lá estar.

Por terras de Santa Cruz.

Num país onde tudo acontece em catapulta, tudo se desmorona num ápice, há sempre algo que alegra aquele povo brasileiro.
Após a novela da corrupção;
após a fragilidade governativa com a série de demissões;
com o estrangulamento da dívida externa;
com a invasão de instituições estatais;
com a recente onda de violência;
com tanta acção e preocupações...
Só faltava mesmo a cereja no cimo do bolo.
Presidente Lula da Silva tenciona recandidatar-se!
É festa Brasil! É festa!

com a devida dedicatória ao amigo "canarinho" C. António

In Memorium... 25-06-06

Para além da memorável vitória na batalha de Nuremberg.
Hoje é dia de recordar um grande "deus" do mar.
Há 9 anos, os oceanos ficavam mais pobres!
Hoje é também dia de recordar os acordos de Lusaka que permitiam a 25 de Junho de 1975, tornar Moçambique independente e transformar-se na República Popular de Moçambique.
Como pequeninos que somos, Moçambique acaba por nos "trocar" (PALOP e CPLP) pela adesão à Commonwealth. Ou pelo menos sentir-se "lá" melhor.

The Nuremberg Case

Qualquer actividade ou acção que se planeie, deve ser bem fundamentada com objectivos estratégicamente delineados.
1º Objectivo: apuramento para o Mundial - cumprido.
2º Objectivo: passagem à segunda fase - cumprido.
3º Objectivo: face ao ranking português na FIFA, passagem aos quartos de final - A VER VAMOS!
A hora da verdade. Hoje em Nuremberg frente à Holanda.
A hora em que, tradicionalmente, vem o melhor de ser português à flor da pele.
Se ganharmos Scolari e os Jogadores são bestiais... se perderem passam a bestas e muitos, evm advogar, que já era previsível, que já tinham previsto e que tinham razão. À boa maneira portuguesa.
Por mim, já valeu a pena este mundial.
Espero que as Quinas consigam ir muito longe.
Às 21 na Alemanha. Às 20:00 horas em muitos corações lusos neste rectângulo à beira mar plantado.
Força Portugal !

Bandeirismo...

Recentemente foi polemicamente instaurada a guerra à bandeira publicitária.
Constitucionalmente, a bandeira nacional (adoptada pela implementação a República a 5 de Outubro em 1910) é um dos símbolos – a par do hino, representativos da soberania nacional.
Mas este facto, em si, que significado tem?!
Entre 1974 e 2004, que impacto e significado teve a bandeira portuguesa no sentimento nacional e patriotismo dos portugueses?!
Para além de “enfeitar” edifícios públicos, o Palácio de Belém, a Assembleia da República e a frente do carro presidencial, que simbologia e referência é para cada um dos portugueses?!
Goste-se ou não, o futebol e, concretamente, o Euro 2004 restituiriam uma forte ligação emotiva e simbólica com a bandeira nacional o patriotismo e a essência do colectivismo.
Se assim foi, se isso representou um reencontro dos portugueses com os seus símbolos e o seu colectivismo nacional, porquê tornar a criar um distanciamento absurdo entre o “sagrado simbolismo” e o povo por ele representado?!
Se, por exemplo através do desporto, se consegue criar esta empatia entre o ser-se português e a vontade de o exprimir através do hino e da bandeira, que constrangimento patriótico poderá existir se a bandeira tem ou não publicidade?!
Torna-a menos portuguesa?! Denegride o país?! É ofensivo?!
As referências expressas não são nacionais?!
Porque é que será menos digno a divulgação de um produto ou marca portuguesas através da bandeira nacional e não o é a colectânea de assinaturas dos jogadores de futebol no mesmo símbolo?!
A expressividade patriótica não deveria ser “retida” e “amordaçada” por um constitucionalismo desenraizada do sentimento das pessoas.
Ser português também é isto: ser livre na expressão emotiva dos seus símbolos.

Actualização (comentário tornado mais visível em jeito de esclarecimento)

Caro Amigos
Permitam-me uma pequena reflexão para esclarecimento. Não sou contra a publicidade na bandeira, como também não sou a favor.
Neste caso a minha posição é claramente um Nim, ou, nem sim nem não, antes pelo contrário. Se a bandeira tem num canto inferior o nome de um jornal, de um hipermercado ou supermercado do bairro, ou se diz "Amo-te Portugal" ou se vem assinada pelos jogadores da selecção, não me parece que isso denegrida a sua imagem, que desprestigie a nação ou a nossa soberania.
O que temos é muito mau hábito de generalizar, banalizar e dos excessos.
A questão para mim passa por outro lado. É ou não verdade que os portugueses (aqui e lá fora) assumiram muito mais o seu símbolo nacional, criando com ele um melhor relacionamento e empatia?!
É ou não verdade que face a esta onda (no caso concreto relacionada com o futebol, mas poderia muito bem ser por outra razão nacional), uma grande maioria de casas e portugueses tem guardada uma bandeira pronta a usar numa qualquer causa nacional?!
Esta é para mim a melhor razão.
Em 30 anos de democracia, digam-me, antes do Euro 2004, em quê e onde é que os portugueses assumiram um patriotismo tão forte e uma ligação à bandeira e ao hino tão emotiva?!
Quantas crianças de muita tenra idade (e dou o exemplo da minha filhota) cantaram o hino nacional, antes de 2004?!
E isto não me parece vulgarização, mas sim compromisso nacional.
Pena é que esta reacção relacionada cm a publicidade na bandeira, não tenha sido levada a cabo, com a venda no comércio chinês, de tantas bandeiras adulteradas nos castelos, nas quinas, etc.
Cumprimentos patrióticos

Irrelevâncias...

Ontem, estive no Bar do Teatro.
Motivo: Tertúlia sobre "Reflexão sobre os projectos da OTA e do TGV".
Resultado: Desilusão.
Aveiro continua a não ter capacidade de se afirmar, principalmente pelo alheamento e passividade colectiva.
É certo que o tema está, nesta fase, muito arredado da agenda política e nacional. Foi claramente a despropósito a reflexão.
No entanto, o tema estava lá.
Só que, por intromissão de um "sotaque nortenho" presente em três "ilustres" participantes, a principal questão foi esmorecida.
O impacto da execução destes projectos para o país, mas essencialmente para Aveiro, não foi discutido, mormente as tentativas de Capão Filipe e Raúl Martins.
Aveiro não discute a sua região, o seu papel na estratégia e desenvlvimento nacional, o seu "peso político".
Continuamos pouco bairristas... enquanto o bairrismo ferveroso das outras regiões vai marcando posição na estruturação do país, quer ao nível dos investimentos (bons ou maus), quer na implementação silenciosa da regionalização/descentralizção que tornará o país mais desenraízado e assimétrico; consequentemente mais pobre.
(imagem "retirada" do Notas de Aveiro)

Literacias

Pelo serviço público... e a pedido do ilustre Pé de Salsa.
Terminada a leitura do "Nome de Toureiro", do chileno Luis Sepúlveda.
Primeira conclusão: excelente.
Pela escrita expressionista de um verdadeiro contador de "estórias".
Um livro excelente, que nos retrata racionalmente o final da II Guerra, a Guerra Fria, a Queda do Muro, a ligação controversa e sombria da velha Alemanha com a América do Sul, o autoritarismo, o comunismo sul americano, os meandros obscuros dos secretismos pós-guerra.
Um romance realista, retratado de uma forma envolvente.
Qual código ou pseudo-código.
Há formas muito mais interessantes de tornar a realidade, "ficcionadamente" romanceira.
A não perder, numa livraria perto de...

Os lusos "bodes" expiatórios...

Sua Excelência, o ministro da Saúde - Correia de Campos, sugeriu que "é provável que tenha havido várias insuficiências de várias entidades e instituições" (fonte público online) no caso da morte do bébé, depois da mãe ter sido transferida de Elvas para Portalegre. Mesmo que os resultados do processo de averiguação só venham a ser conhecidos na próxima semana.
Do facto de a jovem mãe não ter sido acompanhada na ambulância por um técnico de saúde até às várias entidades e instituições insuficientes, vai, com certeza, um "pulinho"!
É a realidade dos lusos "bodes expiatórios"!
Porque a insuficiente, irracional e mesquinha posição política e economicista do fecho das maternidades, sem estudos abrangentes e realistas, fugindo à responsabilidade estatal e aos seus desinvestimentos sociais e regionais(essencialmente sentidos no portugal interior), essa está e permanecerá, obviamente, imune e intocável.

40 ano depois de...

Corria o ano do meu nascimento.
Aliás, tinha muitos poucos mesitos de pujança.
Agora, com esta relação de amor-ódio pelo seleccionador, Portugal JÁ LÁ ESTÁ.
Venha quem vier... até aos quartos de final (1º objectivo traçado).
VIVA PORTUGAL

Tuguices

Ser Tuga é assim... Comemoramos por tudo e por nada. Celebramos dias com algum significado, outros nem por isso.
Mas temos sempre o (mau) hábito de tudo servir para uma comemoração qualquer.
Normalmente esquecemos o essencial e aqueles que foram essenciais. Faz hoje, precisamente 84 anos que estes dois homens se aventuraram num feito inédito.
Alguém se lembra?!

Gago Coutinho e Sacadura Cabral, chegavam ao Brasil.

Tinha que ser!

Aqui, o Debaixo dos Arcos reflectiu directamente sobre o caso do encerramento das maternidades, para além de já por inúmeras vezes se ter abordado a questão da desertificação do interior, da falta de responsabilidade do estado e do seu significado social e económico. Não basta inaugurar auto-estradas que, em vez de desenvolver o interior, o tornam mais pobre porque o aproximama do litoral e de Espanha. Ninguém de bom senso acreditará que a nova auto-estrada para Bragança - por si só - trará desenvolvimento à região, quando, por mera questão economicista se encerram escolas, correios, centros de saúde, sem olhar á realidade demográfica, à realidade cultural, social e económica das regiões do interior. Quando muito facilitamos o acesso de Espanha ao Litoral.
O governo não pode, por mero sentido narcisista ou autoritário, alhear-se do povo. Do povo que vota, que vive e que necessita de cuidados e de desenvolvimento.
As pessoas não são números.
O caso das maternidades são, em 99% dos casos, razões económicas que levam ao seu encerramento. Pondo-se em causa a necessidade de investimento, dos cuidados de saúde primários de inúremas populações (nomeadamente mulheres e futuros bébés) e do próprio desenvolvimento das regiões.
É mais fácil desinvestir e ceder aos lobbies da saúde privada (porque vão nascer que nem cogumelos as clinicas privadas).
Porque o Estado não é responsavél e muito dificilmente condenado.
O problema é que quem paga é o POVO. Como aqui, aqui e aqui.
E isto é grave!

O Mundo Gira ao contrário.

Correndo o risco de estar desenquadrado com o tempo por culpa do Bloqueio, não posso de deixar de comentar a jornada de ontem do Mundial 2006.
O Brasil é nos balcãs... e a selecção brasileira mudou de equipamento.
Croácia espectacular.
Melhor equipa, atá à data (jornadas inaugurais): República Checa. Candidata a par com Portugal.

Forças de BLOQUEIO!

Esta expressão dogmática usada pelo actual Presidente da República, quando Primeiro-Ministro, tem, hoje e pessoalmente, um significado expressivo.
Tentando clarificar as ideias (e algum descanso), usei o consignado na lei do trabalho e solicitei (em devido tempo - Março) esta semana para gozo de 4 dias de férias.
Ora aí está a primeira força de Bloqueio: a natureza e o "S.Pedro". Porque raio, com tanto mês do ano, tantas semanas e mais não sei quantos dias, tinha que vir esta carga de àgua e este malvado tempo?!
Segunda força de Bloqueio. Com tantos blogs na net e tantos computadores pessoais para embirrar, porque é que o google e concretamente o blogger haveriam de me bloquer durante 3 dias?!
Razão tinha o Prof. Cavaco. Ele há mesmo forças de bloqueio para embirrar connosco.

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