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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

A europa absentista

Publicado na edição de ontem (28.05.09) do Diário de Aveiro.

Sais Minerais
A Europa absentista.

Este é um verdadeiro ano político.
Por força desse facto, um ano eleitoral mas também eleitoralista. E eleitoralista, no pior do seu conceito.
Não bastava a iliteracia política da maioria dos portugueses, para entrarmos e assistirmos àqueles ciclos onde muito se fala, pouco se aprofunda ou concretiza, onde “ganha” quem falar mais alto (em bom português: “quem berrar mais alto”).
E não se trata de uma análise redutora, mas sim a (triste) constatação da realidade.
Facto: Campanha Eleitoral – Europeias 2009.
O que se discute ou o que está em causa?!
A eleição de 22 deputados (por força do alargamento da União Europeia, foram “perdidos” dois deputados) para a representação nacional (ao caso, portuguesa) no Parlamento Europeu.
E neste sentido, a discussão da importância da Europa, o que significa estar ou não estar no contexto europeu e a zona euro, o funcionamento das suas instituições, a participação dos cidadãos, o impacto político, social, cultural e económico da União Europeia nos países, deveriam ser a preocupação principal dos partidos e dos políticos (acrescida de algumas Instituições e Presidente da República) e o objectivo primário deste período eleitoral. No entanto, o que assistimos, neste arranque de campanha, é um desfilar de conteúdos, propostas e contexto vazios.
Para uns, principalmente PS e PSD, a campanha trava uma “luta” na relação de forças (poder e oposição), numa conquista percentual de votos, mesmo que os conteúdos e as formas se situem nos ataques vazios e na demagogia.
Para outros, concretamente PCP e BE, o uso do espaço da campanha eleitoral resume-se à crítica governativa, ao tão implorado “cartão vermelho” como se estivéssemos perante as eleições legislativas. Como se fosse secundário que, em algumas acções, os governos estão condicionados ao que os deputados europeus eleitos decidem nos lugares de Bruxelas.
Para PS e PSD a disputa eleitoral resume-se à imagem de umas eleições primárias. Se o PSD se aproximar, em intenções de voto, do PS, relança o combate político para Outubro e relança a hipótese de ser alternativa governativa. Se o PS marcar a sua diferença, poderá ganhar alento para retomar a suplicada maioria.
Em qualquer dos casos, somando as acções e intenções (da direita à esquerda) o que fica por debater e discutir é o verdadeiro sentido das eleições, o que está em causa em cada voto e cada cruz assinalada, os objectivos fundamentais deste acto cívico.
Discute-se o paralelo, o superficial, o virtual e irreal. Não se discute o papel da Europa, os seus impactos, alternativas, princípios e valores…
À boa maneira portuguesa, não se discute. Fala-se muito; grita-se ainda mais!
Também à boa maneira portuguesa, a política e os cidadãos continuam de costas voltadas, distantes e desgarrados.
Curiosamente, neste processo, a excepção à regra têm sido as minorias (os partidos e movimentos ditos pequenos) que “sofrem” a ausência de espaço e representatividade.
Também, à boa maneira lusa, o maior partido português é o Partido Português do Absentista, por culpa dos próprios partidos e políticos.
No dia 7 de Junho… VOTE!
Ao sabor da pena…

Autárquicas 2009

Não parece, mas já faltará menos que 6 meses para a hora do veredicto local.
Duas candidaturas foram já oficialmente anunciadas: a do PCP e a do PS.
No caso dos socialistas, o candidato José Costa apresenta o seu site e blog oficiais de campanha, sob o lema: Adoro Aveiro.
Entretanto, assumindo-se a recandidatura de Élio Maia (ainda não oficializada, mas mais que natural, como já referido pela concelhia do PSD), continuo a não perceber, entender (mas também já lá vai o tempo em que, eventualmente, percebia alguma coisa) e compreender a lógica centrista de um tabu (coligação ou não coligação, género: ser ou não ser - existir ou não existir) que apenas servirá para perder o comboio eleitoral, perder "peso político" e relevância local.
Nem mesmo as recentes jornada parlamentares realizadas em Aveiro, poderão disfarçar esta incompreensível não tomada de posição.
Mas alguém de direito deverá perceber esta lógica.
Eu, como centrista (embora ex-militante desde Janeiro de 2008), não percebo...

Descubra as diferenças

Tal como Pedro

Tal como Pedro fez com Jesus, também Manuel Alegre negou três vezes:
Não ao abondono do PS.
Não à formação de um novo partido.
Não a candidato a Deputado nas próximas legislativas.
Resta, portanto, uma eventual candidatura às presidenciais.
Mas, será que nessa altura alguém se lembrará de Manuel Alegre?!
Um fim anunciado...
(foto: Manuel de Almeida, Lusa - fonte RTP)

Come a papa, Joana come a papa!

Manuel Pinho (o ministro da economia que não poupa nos disparates), mandou o deputado, líder da bancada social-democrata e cabeça de lista às europeias - Paulo Rangel, "comer muita papa Maizena".
Ora aí está um erro de palmatória (e mais uma gaffe ministerial): é que, segundo o slogan da marca "Maizena", a frase de Manuel Pinho até soa a elogio.
É que...
“Maizena faz mais do que você imagina.”