Outros poderão vir (entrar).
Enquanto a Assembleia da República vê partir o seu deputado poeta, e consequentemente, José Sócrates e o PS ficam mais aliviados internamente, Manuela Ferreira Leite e o PSD pderão vir a ter o seu próprio "Manuel Alegre", personalizado por Pedro Passos Coelho.
Posso concordar com a reflexão de João Miguel Tavares, mas também posso alvitrar um outro desfecho, que não o "engolir o sapo" que o jornalista adianta.
É que não incluir Pedro Passos Coelho numa lista (elegível) de um circulo eleitoral para as próximas legislativas poderá ser analisada por duas perspectivas:
1. Retirar do hemicíclo legislativo uma voz, porventura, dissonante e incómoda (tal como o tem feito, exceptuando a fase pós-europeias).
2. E, em caso de vitória eleitoral nas próximas legislativas, o tempo se encarregará de "abafar" e "esconder" Pedro Passos Coelho.
No entanto, não há bela sem senão, seja na vida, seja na política.
A opção de não incluir Pedro Passos Coelho num circulo eleitoral poderá "vitimizar" o político e lançá-lo como alterantiva ao poder "laranja", caso Manuela Ferreira Leite perca o combate com José Sócrates.
É uma questão de ponderação dos riscos... e ver até que ponto Manuela Ferreira Leita vence esta batalha interna.