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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

É Arte... meu povo!

Quer queiram, quer não, gostem ou odeiem, a realidade é só uma: é Arte. Mesmo que das “caldas”. Foi (e ainda o é) durante muitos anos o ganha-pão de muitas famílias e a sobrevivência de uma cultura artesanal da cidade das Caldas da Rainha.
E está em Aveiro, no Mercado José Estêvão, na Praça do Peixe, para assinalar a X Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro.

E ainda dizem que Aveiro não é uma terra “firme e hirta”…


(mais justificações aqui - fonte: TVI)

Pode-se questionar o espaço/local, mas o objectivo foi claramente alcançado: a X Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro está projectada, pelo interesse e pela curiosidade provocada.
E, à parte o sentido de humor que há sempre em cada português, se a peça estivesse exposta num jardim das Caldas da Rainha muito poucos seriam os contestatários.
Mas o que seria de nós sem a nossa veia "Gil Vicentina"... só nos dá para o "escárnio e mal-dizer". O resto?! São "cantigas de amigo".

Ciclo Beethoven no Teatro Aveirense

No âmbito do Ciclo Integral das Sinfonias e dos Concertos para Piano de Beethoven, a Orquestra Filarmonia das Beiras sobe ao palco do Teatro Aveirense no Domingo, dia 2 de Outubro, às 17.00 Hm.

 O programa "Concerto - Ciclo Beethoven 2011-2013" é um ciclo de concertos, a realizar entre 2011 e 2013, onde serão apresentadas Aberturas, a integral das nove Sinfonias e dos cinco Concertos para Piano, a Fantasia Coral, o Triplo Concerto para violino, violoncelo, piano e orquestra, de Ludwig van Beethoven, executados por alguns dos principais pianistas portugueses: Pedro Burmester, Jorge Moyano, António Rosado, Miguel Borges Coelho, Filipe Pinto Ribeiro, João Bettencourt da Câmara, entre outros. E sob a direção de diversos maestros portugueses e estrangeiros, como Ernst Schelle, Jean-Sébastien Béreau, António Saiote, António Vassalo Lourenço, Pedro Neves, Luís Carvalho.

Programa 
Abertura de Coriolano, op. 62 (c. de 8min)
Concerto para Piano e Orquestra nº 3 em Dó menor, op. 37 (c. de 30min) 
  I. Allegro con brio 
  II. Largo 
  III. Rondo. Allegro 
- Intervalo - 
Sinfonia nº 8 em Fá Maior, op. 93 (c. de 30min) 
  I. Allegro vivace e con brio 
  II. Allegretto scherzando 
  III. Tempo di menuetto 
  IV. Allegro vivace

Jorge Moyano (piano)
Ernst Schelle (maestro convidado)


Teatro Aveirense - Domingo, dia 2 de Outubro - 17.00 Hm
Preços: 
12 Euros - 1ª Plateia 
10 Euros - 2ª Plateia 
8 Euros - Balcão 
(5 Euros para escolas)

 

Dia Mundial da Música


No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Música (1 de Outubro) e integrado ainda na programação do VIII Aniversário da Reabertura do Teatro Aveirense, Musicalidades sobe ao palco da referência cultural de Aveiro: o Teatro Aveirense.

O Projecto Musical e Cultural Musicalidades é o querer de várias escolas de música, que num propósito comum criaram uma nova formação musical - a Orquestra de Sopros - tendo como objectivo uma melhor articulação entre as várias entidades de ensino de música dos Concelhos de Albergaria a Velha e Aveiro.
Este projecto tem vindo a desenvolver e aperfeiçoar novas técnicas musicais, numa performance contemporânea de constante criatividade e inovação, perspectivando diversas iniciativas de âmbito musical e cultural, na procura de agilizar com os diversos agentes culturais, um elevado nível artístico de todos os seus intervenientes, proporcionando em simultâneo uma valorização pessoal e intelectual, artística, musical e cultural.

Sábado, 1 de Outubro de 2011 - 21:30 Hm, Sala Principal
Público alvo: maiores de 12 anos
Preço Único: 4 Euros


X Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro

Aveiro recebe a X Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro, com início no dia 1 de Outubro, prolongando-se até 13 de Novembro. As obras seleccionadas e as dos artistas convidados pela organização estarão em exposição no Museu de Aveiro.
Tal como nas edições anteriores, esta amostra/concurso, da responsabilidade da Câmara Municipal de Aveiro, pretende contribuir para o desenvolvimento sociocultural e estimular a experimentação e a criatividade. Além disso, procura ser um espaço aberto ao diálogo, à divulgação e ao confronto de tendências e de contacto com os conceitos actuais de cerâmica artística.
A Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro, um dos mais importantes concursos dedicados à cerâmica artística realizado em Portugal (reconhecido internacionalmente como uma relevante mostra de novas técnicas e linguagens utilizadas na criação de cerâmica artística) tem ainda como pressupostos a divulgação dos caminhos mais significativos da cerâmica artística contemporânea feita nos cinco continentes, mostrando a diversidade formal e a renovação estética que se vem processando, bem como as capacidades dos novos materiais e técnicas postas ao serviço da arte.
Paralelamente ao concurso a Autarquia de Aveiro está a desenvolver um programa de exposições que vão decorrer, no mesmo período da Bienal, em diferentes espaços da cidade. As acções terão como abordagem a cerâmica, como por exemplo a exposição itinerante “5 autores portugueses: Escultura Cerâmica”.
A exposição insere-se na programação da X Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro e apresenta trabalhos de cerâmica de cinco autores portugueses: Cecília de Sousa, Heitor Figueiredo, João Carqueijeiro, Sofia Beça e Virgínia Fróis.
Portugal foi o país convidado para participar na 11.ª CERCO – Feira Internacional de Cerâmica Contemporânea ocorrida em Espanha, Zaragoza, em Maio, com a Exposição “5 autores portugueses. Escultura Cerâmica”. A mostra, comissariada por Karin Somers, teve a sua primeira apresentação pública no Museu Amadeu Souza Cardoso em Janeiro.

Para além disso, o Museu da Cidade, a antiga Estação da CP, as galerias municipais (Paços do Concelho, Edifício da Antiga Capitania, edifício Morgados da Pedricosa) e galerias privadas receberão exposições de cerâmica e escultura.

Aveiro volta ao mapa económico e à centralidade

Publicado na edição de hoje, 28 de Setembro, do Diário de Aveiro.

Preia-Mar
Aveiro volta ao mapa económico e à centralidade

Aveiro volta a ter peso de centralidade, de relevo a nível nacional, principalmente do ponto de vista do desenvolvimento económico. O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, referiu no programa da RTP “Prós e Contras”, da passada segunda-feira, que esta semana (aquando da elaboração deste artigo ainda por se saber, ao certo, a data concreta) iria ser apresentado o programa nacional de transportes. Neste programa está incluída a reformulação do projecto TGV que, felizmente para o país, abandona o megalomanismo do transporte de passageiros a alta velocidade para dar preferência ao transporte de mercadorias (preferencialmente), adoptando a bitola europeia, o que significa alargar os seus “horizontes”. Para além de uma maior e melhor rentabilidade e sustentabilidade do projecto (uma das grandes lacunas do TGV da governação se Sócrates: muito dificilmente a taxa de ocupação demonstraria um investimento sustentável no futuro, dado que continuaria a ser mais eficaz a ligação Lisboa a Madrid por via aérea e seria economicamente desastroso o ganho de 15 minutos entre Porto e Lisboa), esta reformulação enquadra-se numa correcta política de desenvolvimento económico do país, tão necessário nos dias de hoje para complemento do esforço que todos os portugueses estão a sentir para ultrapassar estes tempos difíceis que vivemos e os que se avizinham. De facto, de nada valerá as medidas de austeridade que estão a ser aplicadas, cada vez mais incisivas e rigorosas, se não existir um complemento de políticas que favoreçam o desenvolvimento e a alavancagem da economia nacional. E esta reformulação perece ser uma medida que ajudará no desenvolvimento do país, apesar do esforço financeiro para a sua concretização (de qualquer forma inferior ao do projecto inicial do TGV), permitindo ainda o reaproveitamento dos fundos comunitários restantes para outras áreas carenciadas de investimento.
Acresce a esta boa notícia, aguardando-se pelo anúncio oficial do programa de transportes para o país, um dado relevante e excelente para Aveiro e a região.
Face ao esforço na concretização de estruturas importantes para o desenvolvimento da economia da região, como são o caso do Porto de Aveiro, a ligação ferroviário a partir da plataforma logística de Cacia, a instalação da futura fábrica das baterias Nissan/Renault, o alargamento da fábrica da Portucel, entre outros, seria importante que todas estas estruturas marcassem um peso significativo na economia nacional e renovassem a importância e o peso de Aveiro na centralidade do país. E pelos vistos assim é (ou será). É que, no âmbito da reformulação do projecto de alta velocidade (agora preferencialmente de mercadorias) o anúncio do Governo deverá incluir duas ligações em bitola europeia: uma delas a partir de Aveiro até Salamanca (sendo a outra entre Sines até Madrid).
O que revela que Aveiro, a sua região industrial, a sua relação com o Centro e o Norte do país, têm um peso significativo no desenvolvimento económico nacional e no contributo para que o país consiga superar estes tempos de crise.

Aveiro volta a ter centralidade. Urge aproveitar vigorosamente…

Aveiro volta ao mapa económico e à centralidade

Publicado na edição de hoje, 28 de Setembro, do Diário de Aveiro.

Preia-Mar
Aveiro volta ao mapa económico e à centralidade

Aveiro volta a ter peso de centralidade, de relevo a nível nacional, principalmente do ponto de vista do desenvolvimento económico. O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, referiu no programa da RTP “Prós e Contras”, da passada segunda-feira, que esta semana (aquando da elaboração deste artigo ainda por se saber, ao certo, a data concreta) iria ser apresentado o programa nacional de transportes. Neste programa está incluída a reformulação do projecto TGV que, felizmente para o país, abandona o megalomanismo do transporte de passageiros a alta velocidade para dar preferência ao transporte de mercadorias (preferencialmente), adoptando a bitola europeia, o que significa alargar os seus “horizontes”. Para além de uma maior e melhor rentabilidade e sustentabilidade do projecto (uma das grandes lacunas do TGV da governação se Sócrates: muito dificilmente a taxa de ocupação demonstraria um investimento sustentável no futuro, dado que continuaria a ser mais eficaz a ligação Lisboa a Madrid por via aérea e seria economicamente desastroso o ganho de 15 minutos entre Porto e Lisboa), esta reformulação enquadra-se numa correcta política de desenvolvimento económico do país, tão necessário nos dias de hoje para complemento do esforço que todos os portugueses estão a sentir para ultrapassar estes tempos difíceis que vivemos e os que se avizinham. De facto, de nada valerá as medidas de austeridade que estão a ser aplicadas, cada vez mais incisivas e rigorosas, se não existir um complemento de políticas que favoreçam o desenvolvimento e a alavancagem da economia nacional. E esta reformulação perece ser uma medida que ajudará no desenvolvimento do país, apesar do esforço financeiro para a sua concretização (de qualquer forma inferior ao do projecto inicial do TGV), permitindo ainda o reaproveitamento dos fundos comunitários restantes para outras áreas carenciadas de investimento.
Acresce a esta boa notícia, aguardando-se pelo anúncio oficial do programa de transportes para o país, um dado relevante e excelente para Aveiro e a região.
Face ao esforço na concretização de estruturas importantes para o desenvolvimento da economia da região, como são o caso do Porto de Aveiro, a ligação ferroviário a partir da plataforma logística de Cacia, a instalação da futura fábrica das baterias Nissan/Renault, o alargamento da fábrica da Portucel, entre outros, seria importante que todas estas estruturas marcassem um peso significativo na economia nacional e renovassem a importância e o peso de Aveiro na centralidade do país. E pelos vistos assim é (ou será). É que, no âmbito da reformulação do projecto de alta velocidade (agora preferencialmente de mercadorias) o anúncio do Governo deverá incluir duas ligações em bitola europeia: uma delas a partir de Aveiro até Salamanca (sendo a outra entre Sines até Madrid).
O que revela que Aveiro, a sua região industrial, a sua relação com o Centro e o Norte do país, têm um peso significativo no desenvolvimento económico nacional e no contributo para que o país consiga superar estes tempos de crise.

Aveiro volta a ter centralidade. Urge aproveitar vigorosamente…

Why Pink Floyd?

Os britânicos Pink Floyd – uma das bandas mais influentes do rock, fundada em 1964 - e a editora EMI vão lançar a reedição mais completa de toda a obra do grupo, cujo primeiro lançamento se regista nas bancas já amanhã, dia 26 de Setembro. Estará disponível em todos os formatos digitais (CD, DVD, Blu-Ray e Super Audio CD) e também para iPhone.
A série de lançamentos, que sairá com o título "Why Pink Floyd?", trará edições para coleccionadores com músicas não editadas anteriormente, filmes de concertos e uma gravação da emblemática actuação do "The dark side of the moon", em Wembley no ano de 1974.
O objectivo é agradar a todo o tipo de público, desde aqueles que querem conhecer a banda , até aos fãs mais dedicados, com boxes de luxo, com takes alternativos acompanhando as gravações originais.
O primeiro lançamento estará disponível já amanhã, 26 de setembro de 2011, e no dia 7 de novembro começará a segunda fase do projecto centrado no álbum "Wish you were here".
O grupo já vendeu ao longo da carreira (contando com as diversas formações) mais de 200 milhões de discos no mundo todo.

O calendário de lançamentos:
26 de Setembro:
Todos os 14 álbuns remasterizados em versões ‘Discovery’
Box-set com os 14 álbuns com livro de fotografias
Downloads de áudio dos álbuns em formato ‘Discovery’ e do box-set
The Dark Side of The Moon – Edições ‘Immersion’ e ‘Experience’, Vinil, e edições digitais.

7 de Novembro:
A Foot In The Door -The Best of Pink Floyd
Wish You Were Here – ‘Edições ‘Immersion’ e ‘Experience’, Vinil, e edições digitais.

27 de Fevereiro de 2012:

The Wall – ‘Edições ‘Immersion’ e ‘Experience’, Vinil, e edições digitais.

No dia 21 de Março de 2011 eu estive aqui: e delirei, claro!



A embaixadora da "morna"...

Ainda hoje,no Dia Municipal do Imigrante, aquando da participação do Grupo Sensason (Associação de Estudantes de Cabo Verde da Universidade, Aveiro recordou Cesária Évora.
Uma das vozes mais populares de África, e, concretamente, de Cabo Verde, aquela a quem o "mundo" apelidou de "embaixadora da morna" tinha anunciado, no passado dia 23 de Setembro, o fim da sua carreira musical, mais por imposição médica do que por vontade própria.
Infelizmente os médicos tinham razão... Cesária Évora, com 70 anos de idade, na passada sexta-feira foi internada em Paris, após ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral- AVC, encontrando-se com diagnóstico clínico reservado.
Cesária Évora nasceu no Mindelo, Cabo Verde, a 27 de Agosto de 1941 e editou 24 discos, entre originais, espectáculos ao vivo e parcerias com outros artistas de vários países.
Para sempre...  Sodade!

A Madeira já não é um “Jardim”

Publicado na edição de hoje, 25 de Setembro, do Diário de Aveiro.

Cambar a Estibordo...
A Madeira já não é um “Jardim”.
A semana em resumo…


A semana foi, quase exclusivamente, marcada pelo “buraco” financeiro detectado nas contas públicas da Região Autónoma da Madeira.
Mesmo que a semana tenha contemplado a primeira grande entrevista do Primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, após ter sido eleito e tomado posse governativa. Sem grandes questões polémicas ou perturbantes, Pedro Passos Coelho mostrou-se seguro, claro nas respostas, sem deixar de responder a todas as perguntas feitas, e, independentemente de se gostar ou não das opções e das políticas governativas, soube explicar e referir quais as medidas adoptadas e a adoptar no futuro próximo. Além disso, face à ‘agenda’ da semana afirmou, peremptoriamente qual a sua posição e reacção face ao deficit das contas públicas da Madeira.
O caso das contas públicas da gestão de Alberto João Jardim à frente dos destinos da ilha não revela apenas um caso grave de ocultação de informação, de falta de transparência e, eventualmente, de abuso de poder.
Há muitas outras questões para além dos números, mesmo que estes se revelem, cada vez mais, preocupantes e em nada benéficos para o esforço que o país e os portugueses têm prestado para que Portugal consiga ultrapassar estes tempos difíceis.
Uma questão que se coloca é como é que o Estado não tem capacidade, nem processos, de fiscalização mais apurados, mais eficazes. É que não se pode estranhar, neste caso, a ausência de controlo e fiscalização, quando a Troika, numa semana e através da avaliação do sistema bancário, detectou o que as entidades fiscalizadoras nacionais não conseguiram fazer, pelo menos, desde 2003… há oito anos. Até porque, em relação à questão do “buraco” da Madeira, já há alguns anos que o Tribunal de Contas vinha alertando para desvios e excessos nas contas públicas e nos investimentos da gestão de Alberto João Jardim. Mas tal como na ilha, também por cá tudo o que vem do lado do Tribunal de Contas é sempre muito relativo: se favorável aplaudido e aclamado de pé, mas se desfavorável trata-se de um bloqueio ao desenvolvimento, ao exercício da gestão pública, a meras questões de politiquice.
Por outro lado, é perfeitamente inconcebível, e foi preciso chegar-se a este ponto para que se reflicta sobre a questão, que os autarcas tenham limitação ao número de mandatos, que o Presidente da República tenha limitação no número de mandatos, entre outras figuras do Estado, e no caso do Presidente da Região Autónoma da Madeira ou dos Açores não haja qualquer limitação ao número de mandatos possíveis. O excesso de tempo no poder pode levar a algumas situações menos claras na governação, a um descuido e desvalorização das regras, normas, da própria ética política e de gestão da “coisa pública”.
Mas neste caso, Alberto João Jardim acaba por ser vítima dele mesmo… da sua teimosia, da sede de poder. Porque, se é previsível a sua vitória nas eleições de 9 de Outubro (embora com algumas dúvidas quanto a conseguir a maioria), este parece ser um fim para um “reinado” que nada fazia prever uma saída da política pela porta mais pequena.
Mesmo que Alberto João Jardim ganhe com maioria o próximo período legislativo na Madeira não vai ser nada fácil, nem nada gratificante. No caso do PSD/Madeira não alcançar uma vitória confortável não restará a Jardim se não a despedida antecipada porque, face aos acontecimentos, não terá o apoio de nenhum partido (nem mesmo o CDS-PP) para uma eventual coligação pós-eleitoral. Primeiro porque esse facto foi já excluído pelos partidos e, segundo, porque não é essa a tradição política na ilha madeirense. O PSD sempre foi poder isolado e exclusivo, enquanto todos os outros partidos sempre foram oposição muito desprezada e menosprezada pelo Presidente do Governo Regional.
Por fim, Alberto João Jardim tem de assumir a responsabilidade dos factos que, apesar de todas as justificações e argumentos, a realidade demonstra que os actos são graves e merecem uma reflexão muito profunda por parte de todos: Governo e Entidades Fiscalizadores, para além do “julgamento” político que os madeirenses podem fazer nas urnas, através do voto livremente expresso.
Porque este não é um caso isolado… É um problema geral das contas públicas, da gestão do erário público, da ética política. É uma questão de prioridades de investimentos e de políticas. Da necessidade de sobrevivência política à custa do “betão”, da obra feita e visível (física).
O país, a administração central, as entidades públicas, as regiões, as autarquias, as freguesias, as autonomias, não podem continuar a viver sempre no velho e lamentável princípio do “quem vier atrás que feche a porta”.
Uma boa semana…

Demagogia balofa...

O líder do Partido Socialista, António José Seguro, para esconder uma enorme falta de argumentação política, de propostas alternativas para o país, à frente de um partido totalmente isolado na oposição parlamentar (veja-se o mais recente caso da proposta sobre o enriquecimento ilícito e o vínculo ao memorando da Troika), numa tentativa de marcar agenda e conquistar "palco mediático" dedica-se à demagogia balofa no caso do deficit da Madeira.
Já aqui foi referido que é criticável a atitude de Alberto João Jardim (aqui e aqui e aqui, para além do post que republica o artigo da edição de hoje do Diário de Aveiro). No entanto há mais questões importantes para além dos números da Madeira.
Andar com uma questão menor da confiança política é não saber o que dizer, nem como dizer.
Primeiro, tal como acontece no seu partido, os partidos das regiões autónomas gozam de autonomia (passe a redundância) em relação aos partidos nacionais.
Segundo, retirar a confiança política a Alberto João Jardim não significaria (antes pelo contrário) que o mesmo não ganhe as eleições, tal como se prevê.
Terceiro, Pedro Passo Coelho, após as criticas já proferidas, não tem, como Primeiro-ministro de se envolver em campanhas eleitorais, e, como tal, não tem que ir à Madeira.
Quarto, quando António José Seguro afirma que "em Portugal, num estado de direito democrático, não pode haver regiões acima da lei e não pode haver um homem que manda mais do que as leis do país". Pena que não tenha tido a mesma atitude e posição em relação ao que se passou, ao longo de seis anos, nas contas públicas do Estado, nas nomeações para a Administração central, nas empresas e institutos públicos. Se é um facto que se deve criticar a atitude de Alberto João Jardim, não deixa de ser verdade que, apesar de tudo, sabe-se onde foi empregue o dinheiro (por exemplo, na falta de cumprimento do compromisso do governo socialista em relação à catástrofe de 2009, tendo sido entregue apenas cerca de 30% do valor celebrado), ao passo que no continente, ao longo dos últimos seis anos, muito dinheiro foi utilizado sem se saber onde, nem como.
Por último, António José Seguro tem um grave problema de memória já que muito facilmente, ao fim de três ou quatro meses, esqueceu uma herança e um passado socialista. Dizer que "a maneira como Portugal, como as instituições do Estado de direito democrático e os órgãos de soberania lidarem com a situação na Madeira, revelará muito da natureza e da qualidade das nossas instituições e das pessoas que as ocupam" é muito fácil. Tão fácil como "choverem pedras nos telhados de vidro socialistas". Onde esteve a preocupação e o combate de José Sócrates em relação à Madeira? Onde esteve a fiscalização e a regulação das contas públicas? E não colhe o argumento de que nada se sabia ou nada se podia fazer porque a informação foi ocultada... Tretas!!! Porque a Troika numa "simples" abordagem à banca descobriu tudo numa semana. Assim como ninguém ligou, desde 2003, a algumas suspeitas tornadas públicas pelo Tribunal de Contas (aliás como sempre).
Andar nestas demagogias da treta é pura e simplesmente "cuspir para o ar"!

Lamentavelmente desnecessário...

A capa do semanário "Sol" da sua edição de 23 de Setembro comporta, em destaque, uma foto do corpo de Rosalina Ribeiro, no caso em investigação no Brasil e que envolve o advogado português Duarte Lima.
Em si mesma a foto não é das mais chocantes do ponto de vista da sensibilidade e da emotividade. Mesmo que entenda que a morte deve ter a mesma dignidade que a vida.
Mas é sobre este ponto, o da preservação da dignidade da pessoa humana, que incide a crítica e a contestação a uma falha deontológica, editorial, significativas, já que a tentativa de mediatismo e de sensacionalismo em nada beneficia o jornalismo. Para além da foto em destaque não trazer nada de relevante ou acrescentar informação à notícia.
Lamenta-se...

Atenta esteve a Entidade Reguladora ao abrir um processo de averiguações.  A questão é que os resultados da ERC são pouco penalizadores face a tantos atropelos editoriais da Comunicação Social em Portugal. 
As sanções são muito benevolentes, os "delitos" justificam o risco face às penalizações.  A ver vamos.

RTP - Plano de Reestruturação



O Presidente do Conselho de Administração da RTP, Guilherme Costa, reuniu (ontem - 20.09.2011) durante cerca de duas horas com o Ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, tendo ainda entregue o documento com a proposta do plano de reestruturação da RTP.
Desconhecendo-se, para já, pormenores do conteúdo do documento.

Enquanto a Comissão de Ética, Cidadania e Comunicação da Assembleia da República aguarda agendamento para a audição do director de informação, Nuno Santos, e do director de programas, Hugo Andrade, da televisão pública, sobre os canais RTP Açores e RTP Madeira, o Sindicato dos Jornalistas emitiu hoje um comunicado em que condena o Conselho de Administração da RTP, e o próprio Governo (por conivência), por ter excluído a Comissão de Trabalhadores do processo de reestruturação da empresa.

"Voluntariado: Contextos e Práticas de Cidadania"


O Conselho da União Europeia instituiu 2011 como o "Ano Europeu das Actividades de Voluntariado Que Promovam Uma Cidadania Activa" (AEV-2011).
Neste sentido, as Plataformas Supraconcelhias da Rede Social do Baixo Vouga e do Entre Douro e Vouga e as 16 Redes Sociais concelhias, promovem o Encontro intitulado "Voluntariado: Contextos e Práticas de Cidadania", que terá lugar no próximo dia 24 de Setembro, das 9.30 às 17.00 horas, no Centro Cultural e de Congressos em Aveiro.

Os objectivos desta iniciativa prendem-se com a divulgação do AEV 2011 - Ano Europeu das Actividades Voluntárias que Promovam uma Cidadania Activa; com a promoção e a sensibilização para o debate junto da sociedade em geral e das organizações dos seus diversos sectores, em específico, sobre a importância e o valor do voluntariado no desenvolvimento social; e com a importância da visibilidade que importa dar às experiências e oportunidades de voluntariado, através da divulgação e do debate de projectos existentes no território nacional.

O encontro tem como destinatários:
Entidades públicas e particulares, com e sem fins lucrativos, voluntários e destinatários das actividades de voluntariado;
Membros da Direcção e Órgãos Sociais, das instituições Particulares de Solidariedade Social; Santas Casas da Misericórdia; União das Mutualidades e ONG`S - Organizações não governamentais;
Técnicos Superiores, das Entidades da Economia Social;
Estudantes, comunidade e público em geral, com vocação e disponibilidade para actividades de voluntariado

O programa pode ser consultado aqui

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