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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

Jorge Palma de novo nas "bancas"... "Com todo o Respeito"


"Com Todo o Respeito" é o título do novo disco de originais de Jorge Palma, lançado hoje, 31 de Outubro.

Sucessor de "Voo Nocturno", editado há quatro anos (2007), este novo disco é composto por 13 temas e conta com várias participações: os Demitidos (banda composta por André Hollanda, Pedro Vidal e Miguel Ramos), Cristina Branco (dueto em "O Mundo e a Casa"), Flak (dos Rádio Macau, responsável pela produção e dueto em "Mais um Comboio"), Gabriel Gomes, Vicente Palma, Carlos Barreto, Carlos Bica e Bruno Vasconcelos.
Destaque ainda para a contribuição de Carlos Tê (autor da letra  "Uma Alma Caridosa") e do escritor José Luís Peixoto (autor da letra "Pensámos em Nada").
O novo disco de Jorge Palma - "Com todo o Respeito" - está disponível nas seguintes edições: "Edição Standard" - 13 temas; "Edição Especial limitada" 15 temas (ao alinhamento da edição standard juntam-se 2 faixas-extra) e "Edição Digital".

Tema "Página em Branco" (site oficial do Jorge Palma):



Livro "Blogue do Clube dos Pensadores" lançado em Aveiro

O fundador do “Clube dos Pensadores”, Joaquim Jorge, vai apresentar o seu livro "Blogue do Clube dos Pensadores", no dia 4 de Novembro, sexta-feira, pelas 21.30 horas, no auditório da Assembleia Municipal de Aveiro.
A iniciativa conta com a presença do Presidente da Mesa da Assembleia Municipal, Miguel Capão Filipe, e a apresentação da obra e do autor estará a cargo de Sérgio Loureiro.

Para Joaquim Jorge, fundador de um representativo espaço público de cidadania e debate livre de ideias, “fazer um livro, hoje em dia, é uma banalidade. Apetece-me dizer que há mais gente a fazer livros do que a lê-los. O livro foi uma forma de registar o que faço mas também de chegar às pessoas por outro meio. Até agora chegava pelos debates, blogue, imprensa, rádio, televisão, artigos de opinião. Um livro é algo que é pessoal, próximo e fica ad perpetuam. Fazer um nome é muito difícil e este nome ‘Clube dos Pensadores’ está feito. Daí ser mais fácil descodificar do que se trata. Este livro é para pessoas que querem pensar e reflectir. O pensamento não tem grau de ensino e não é só para intelectuais. As pessoas devem formar uma ideia dos assuntos com que se debatem no dia-a-dia e não pensar na morte da bezerra.”

O “Clube dos Pensadores” tem como finalidade combater a abulia e a indiferença. Lutar contra a rígida ortodoxia partidária e evitar seguir uma estratégia duramente partidária. As habituais fixações partidárias impedem o descobrimento de novos meios e ideias.
Deve-se procurar estabelecer relações de respeito com todos que o queiram. A política não pode ser sempre um caminho decepcionante. A ideologia política é o momento e não se deve ser uma mescla de ignorância e arrogância. A culpa é sempre dos outros, a resposta sensata, consiste em reflectir um pouco e valorar até que ponto os nossos problemas foram criados por nós próprios. É um estímulo a reinventar a democracia.

O “Clube dos Pensadores” é um espaço de activismo cívico e uma nova forma de participação cívica, procurando aproximar os eleitos e eleitores. Lutar contra o desinteresse por parte dos cidadãos e desconfiança nas instituições. Os cidadãos acreditam cada vez menos nos políticos, sendo prova disso a fraca participação nos actos eleitorais. Em política, é preciso vê-la por dentro e por fora sob o ponto de vista do que é a política e de quem não gosta da política. Há bons políticos, mas é importante ter-se cuidado com as suas atitudes e comportamentos. A melhor forma de incutir confiança e respeito é «o exemplo que o nosso poder tem de ser igualado pelo poder do nosso exemplo», as instituições públicas estarem ao serviço das pessoas e não aos interesses e objectivos particulares e partidários.

Há gente que já perdeu a fé nos políticos e no país. Estão fartos de sorrisos brancos, fatos escuros, interesses obscuros, demagogia, broncos e insultos. Um palavreado contínuo, uma retórica brilhante vazia de conteúdo e inacção.
Como diz Michel Maffesoli, «o político é o contrário do que é a democracia; agora são uns poucos, uma aristocracia, quem governa». Esta saturação e insurgência para com os partidos e políticos além de levar à indiferença pode levar à ruptura do sistema.

Pelo “Clube dos Pensadores” já passaram nomes como Pedro Passos Coelho, Bagão Félix, Manuel Maria Carrilho, Paulo Portas, Jerónimo de Sousa, Paulo Rangel, Alberto João Jardim, António José Seguro, Pedro Santana Lopes, Francisco Loução, Medina Carreira, Marinho Pinto, Manuel Alegre, Rui Rio, Fernando Nobre, Luis Filipe Menezes, Carvalho da Silva, entre outros.

Notas complementares:

O fim da linha...

Publicado na edição de hoje, 30 Outubro, do Diário de Aveiro.

Entre a Proa e a Ré
O fim da linha…


A semana que terminou centrou a discussão aveirense no ainda dúbio plano nacional de transportes que prevê o encerramento da Linha do Vouga, em toda a sua extensão: entre Aveiro e Serenata do Vouga, e entre Albergaria-a-Velha e Espinho. De repente, bem antes de mais explicações e informação por parte do Governo, uma grande parte da comunidade, à qual se juntou a vertente política, iniciou um processo crítico quanto à medida tomada pelo actual governo, como se não houvesse amanhã.
O primeiro aspecto a reter é que, num ápice, toda a gente (cidadãos, autarcas, políticos, partidos) veio para a “praça pública” defenderem a Linha do Vouga e mostrarem a sua indignação para com o encerramento da histórica (e pouco resta para além disso) linha do Vouguinha. Infelizmente a realidade da ligação ferroviária era já conhecida há algum tempo. Por exemplo, em 2009, foi alvo de um estudo inicial de viabilidade (onde estive envolvido), entretanto inacabado, e que demonstrava a crueldade dos factos e dos números. Na altura, ninguém se preocupou com a linha e com o seu futuro. Infraestruturas degradadas, equipamento circulante obsoleto e em mau estado, péssima oferta de horários, estações e apeadeiros sem segurança e condições de utilização…
Fui, em tempos, utilizador muito regular da linha… Sou conhecedor, mesmo que limitado, da sua história, do seu papel social e ainda da sua ligação a Viseu. Embora reconheça a importância histórica e social da Linha do Vouga, e me entristece o seu eventual encerramento, a factualidade dos números e da conjuntura são determinantes e “cruéis”: por exemplo, entre Aveiro e Sernada, 610 mil passageiros num ano representam cerca de 1600 passageiros por dia, dando uma média de 46 passageiros por circulação (dados da CP). Valores que não viabilizam qualquer sustentabilidade de um serviço de transportes colectivos, face aos seus elevados custos de exploração (nem mesmo no transporte urbano de passageiros).
Por outro lado, excluindo os terminais de Aveiro e de Águeda (com maior número de passageiros) a realidade é que é diminuta a sua utilização ao longo do troço. A linha está estruturada fora dos espaços urbanos, sem condições de acessibilidade (veja-se o exemplo do apeadeiro em Azurva junto aos tanques) e compete, por exemplo entre Eixo e Aveiro, com a melhor linha de transportes urbanos da MoveAveiro que circula no interior das comunidades.
Participei num inquérito realizado em 2009, na Zona Industrial de Aveiro, junto das empresas aí sediadas, e eram inexpressivos os utilizadores, ou quem pretendesse ser, da infraestrutura ferroviária. A Linha do Vouga, desde os tempos da sua ligação a Viseu, foi sendo votada ao “abandono” e desinteresse. Não foram feitas nenhumas acções para a sua reestruturação ou viabilização. Aos poucos e poucos foi definhando sem que ninguém se insurgisse, até hoje (pese embora algumas campanhas quando alvo de anteriores tentativas de encerramento). E não houve empenho quer por parte da CP, quer do poder político, autárquico e das comunidades (numa responsabilidade comum). A Linha foi morrendo. E mesmo quando de se fala nos cerca de 3 milhões de euros investidos na automatização das passagens de nível, é bom que se saiba que este investimento faz parte de uma imposição europeia ao nível da segurança ferroviária.
O que importa agora é pensar no futuro da Linha do Vouga, concretamente no seu canal e nas suas infraestruturas.
Por exemplo, entre Carcavelos (Requeixo) e Aveiro a criação de um pista ciclável utilizando um canal excepcional e praticamente plano. Não só do ponto de vista do lazer mas, principalmente, como processo de mobilidade. Além disso, as Juntas de Eirol e Eixo podem reaproveitar os edifícios das estações para espaços públicos ou associativos.
Por outro lado, a Câmara de Aveiro tem agora uma oportunidade única para, finalmente, poder abrir ao trânsito a ligação entre Esgueira e o Túnel da Estação pela zona nascente da Avenida, inacabada há tempo demasiado.
Por fim, poderá ser esta uma argumentação válida para que Águeda e Aveiro reclamem a ligação rodoviária, sem cair no erro de ser em perfil de auto-estrada evitando-se custos acrescidos para os utilizadores (preferencialmente em trajecto “IC ou IP”).

Uma boa semana…

Tapar o sol com a peneira?!

Uma das imagens deste Governo de Passos Coelho e Paulo Portas (PSD/CDS), goste-se ou não do seu trabalho na gestão dos desígnios nacionais, é a transparência e o "falar verdade" sem fugir à realidade factual. Mesmo que se questionem os processos comunicacionais que deixam muito a desejar no que respeita à forma como são explicadas e justificadas as medidas e políticas aplicadas. Principalmente porque sempre que há uma declaração, uma conferência de imprensa, uma entrevista ou um debate, permanecem e restam, nos cidadãos, mais dúvidas (às vezes, demasiadas) do que certezas quanto à sustentação das iniciativas do Governo, bem como aos resultados futuros.
E estas dúvidas e incertezas começam a desaparecer, infelizmente não pela clareza das explicações ou das posições do Governo, mas pela falta de impacto concreto das políticas e medidas do Executivo PSD/CDS.

Tanta certeza e realismo no arranque deste mandato (o que levou a que a maioria dos cidadãos aceitassem as medidas de austeridade impostas, com alguma resignação), tem-se transformado, a pouco e pouco, em decepção e desilusão, e, nalguns casos, em "traição".

O ministro das Finanças, Vitor Gaspar, e do próprio Primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, referiram, por várias ocasiões, que em 2014 (ano a seguir ao tempo de duração do programa de financiamento a Portugal) o país encontrará o momento de viragem para sair da crise. Hoje o discurso é diferente: "Aperto do cinto vai continuar por mais alguns anos" (jornal Público); "a austeridade em Portugal vai continuar por mais alguns anos" (jornal I); "Passos diz que «aperto do cinto» vai continuar por mais alguns anos" (TSF).
Por outro lado, os cidadãos começam a ter alguma dificuldade em aceitar certezas quando se torna evidente que o que hoje é verdade, amanhã poderá ser mentira. Foi garantido que o imposto suplementar aplicado no subsídio de Natal de 2011 era uma medida temporária e que vigoraria apenas neste ano. A apresentação da proposta de Orçamento de Estado para 2012 trouxe outra "verdade". Serão retidos os 13º e 14º meses de vencimentos (subsídios de férias e natal), anunciados com a mesma certeza de serem temporários em 2012 e 2013. Pois a verdade é que tendem a ser temporariamente definitivos, ao contrário do que proclamado: "Passos diz que cortes nos subsídios são temporários até 2014, mas admite passagem a 12 vencimentos" (jornal Público).
E apesar de todos os elogios europeus e internacionais expressos por várias entidades e personalidades que, entre os adjectivos, apresentam o esforço português como um caso de eventual sucesso, o receio de falharmos cresce dia após dia, face à incerteza do futuro e ao impacto das políticas adoptadas, mesmo o acordo celebrado entre as partes (Portugal, BCE, FMI). Afinal Portugal pode precisar de mais fundos de funanciamento externo - "Portugal poderá precisar de mais 25 mil milhões de euros da troika" (jornal I) - e sente-se na eventualidade de negociar alguns termos do memorando de acordo com a Troika, apesar de todas as negações do Governo e contrariando muitas vozes que tinham alvitrado a hipótese: "Portugal vai propor ajustamentos ao memorando em Novembro".

Todas estas políticas de austeridade começam a ter um sabor a nada, a frustração e a desilusão... porque não são capazes de gerar confiança no futuro, de alterar o rumo dos acontecimentos, de melhorar a economia e o desenvolvimento do país.
É o mesmo que "trabalhar para aquecer" ou de "tapar o sol com a peneira".

Falar de mais... fazer muito pouco!

Escrevi em "Sim, Senhor Presidente. Enfim..." a minha opinião e crítica sobre o erro crasso a atitude pública e a tomada de posição do Presidente da República sobre a proposta do Orçamento de Estado para 2012. Um verdadeiro tiro no pé, a questão pública da equidade fiscal...

Em "Que rico exemplo de equidade" contestei o despesismo da Presidência da República (Casa Civil, Casa Militar, mais assessorias) em tempos de crise e quando se contesta as medidas de austeridade, e se fazem discursos e se tomam posiçõe spúblicas carregadas de demagogias.

Aqui está o exemplo de austeridade, de poupança, de Equidade!  (mesmo que o título possa ser entendido como tendencioso).
"Olhem para o que eu digo, esqueçam o que eu faço"... Tristeza!

É certo (e sabido) que a verdadeira diplomacia económica tem custos. Mas trata-se de uma cimeira de dois dias, apenas, com a presença também do Primeiro-ministro.
No caso concreto, é curioso que ela seja feita pelo Presidente da República e não pelo Primeiro Ministro!!! E mais curioso ainda é sabermos que ela será feita por um mordomo e por um médico pessoais.
Ou, retendo a imagem da última deslocação aos Açores (em plena crise e debate sobre contas e buracos), a esposa do chefe da casa civil, dois fotógrafos, uma enfermeira, dois bagageiros e 12 seguranças (DOZE!!!!!!! - Passos Coelho leva, no máximo, 4).

Dançar o fado no Teatro Aveirense

O Teatro Aveirense recebe, no Sábado, dia 29 de Outubro, pelas 21.30 Hm, um excelente espectáculo de dança, tendo como "sustento" musical uma das marcas da identidade do povo luso: o Fado.


"Correr o Fado" por Quórum Ballet
Teatro Aveirense
Sábado - 29 de Outubro - 21:30 Hm

"Correr o Fado" é uma multiplicidade de movimentos, sons, sensações e sentimentos.
No palco, os bailarinos transmitem beleza e sensibilidade. Tudo o que os sentidos captam e o coração apreende.
Desmistifica-se e contraria-se a imagem saudosista e melancólica que o Fado carrega consigo.

Direcção Artística: Daniel Cardoso
Coreografia e cenografia: Daniel Cardoso
Bailarinos: Daniel Cardoso, Elson Ferreira, Filipe Narciso, Gonçalo Andrade, Inês Godinho, Inês Pedruco, Mathilde Gilhet e Theresa da Silva C.
Desenho de Luz: Paulo Correia

Preços:
12 Euros - 1ª Plateia
10 Euros - 2ª Plateia
8 Euros - Balcão

Reformulação do calendário de feriados

Está em curso um estudo do Governo para a reformulação do calendário de feriados…

Segue uma proposta para a Abolição de Feriados:

O primeiro feriado a ser anulado deve ser o do dia 25 de Dezembro, pois sem o respectivo subsídio não faz sentido comemorar tristezas!

Depois o 1 de Maio, uma vez que estamos praticamente com a maioria dos trabalhadores no desemprego, o Dia do Trabalhador fica praticamente sem expressão!

O 25 de Abril deve ser só considerado tolerância de ponto entre as 00:00 e as 07:00 da manhã!

O dia 10 de Junho, Dia de Portugal e das Comunidades, deve ser eliminado uma vez que quem manda nisto é a União Europeia!

O dia 1 de Dezembro – comemoração da Restauração da Independência, também deve ser eliminado já que voltámos a perdê-la quando aderimos à CEE e agora com a “invasão” da Troika.
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Contudo, devemos manter inflexíveis os feriados de 1 de Novembro, pois é o dia dos defuntos (já nos afundámos por completo) e o dia 5 de Outubro (Implementação da República) porque cada vez mais somos uma República das Bananas.
O dia do Entrudo (Carnaval) deve passar a figurar como feriado fixo, já que, se tristezas não pagam dívidas, ao menos um dia para nos alegrarmos.

Se ninguém tivesse reparado...

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, e o secretário de Estado das Comunidades José Cesário, anunciaram que vão abdicar do subsídio de alojamento que, por lei, lhes foi atribuído.
Se à primeira vista estes actos seriam louváveis, a questão é que não passam de folclore político e demagogia balofa.
E não colhe a argumentação do "preso por ter e preso por não ter".
A verdade é que a lei não consegue determinar/apurar ou excluir as duplas residências. Daí que só o bom senso, a ética política e o sentido de Estado devessem predominar.
Mas a "outra" verdade é que se os factos não viessem a público, se não houvesse tanta contestação (por exemplo, nas redes sociais), os subsídios eram recebidos. É que os mesmos nem sequer deveriam ser aceites, quanto mais recusados. Porque essa recusa implicou um primeiro processo de atribuição, que se lamenta e condena. E foi isto que esteve sempre em causa.

Por outro lado, tal como em outras matérias, nomeadamente a questão das finanças públicas, da Troika e da crise, o PS faria melhor em manter algum distanciamento em relação ao processo... é que o caso Inês de Medeiros não é assim tão distante.
A menos que o Partido Socialista continue com uma curiosa falta de memória momentânea.

Que rico exemplo de equidade...

Referi no "Sim, Senhor Presidente. Enfim..." que entendia ter sido um erro crasso a atitude pública e a tomada de posição do Presidente da República sobre a proposta do Orçamento de Estado para 2012. Um verdadeiro tiro no pé, a questão da equidade fiscal...
Um dos pontos focados foi este: "Primeiro, Cavaco Silva não é neste momento exemplo para o país. Basta reparar nos elevadíssimos custos e despesismo na manutenção da casa Civil e Militar da Presidência da República".
Não poderia ser ter surgido melhor sustentação para o argumento que utilizei:
 Falar é fácil... cumprir, fazer, ser exemplo é que custa...

Aveiro Jovem Criador 2011

Está a terminar o prazo para as inscrições para o Concurso “Aveiro Jovem Criador 2011”. As áreas a concurso são a pintura, escultura, escrita, fotografia e arte digital.

O limite para a recepção das inscrições é até ao próximo dia 28 de Outubro de 2011.

O concurso “Aveiro Jovem Criador”, instituído pela Câmara Municipal de Aveiro e da responsabilidade da Divisão da Juventude da autarquia aveirense, vai já para a sua 12ª edição e tem como objectivo promover a participação de jovens artistas nas áreas da pintura, escultura, escrita, fotografia e arte digital, e o reconhecimento de novos talentos que se destaquem pela apresentação de trabalhos originais e inéditos.
Será atribuído, em cada área, o prémio no valor de mil euros, podendo ser concedidas menções honrosas.
O “Aveiro Jovem Criador” destina-se a jovens com o gosto pelas artes e com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos.



Mais informações na Casa Municipal da Juventude de Aveiro, de segunda a sexta-feira, das 9.30 às 12.30 horas e das 10.30 às 18.00 horas.

Cultura?! Qual delas?!

É perfeitamente aceitável que, em tempos de crise, a cultura e os espectáculos/eventos não sejam considerados bens essenciais. Nem tão pouco mais ou menos.
Mas também não deixa de ser um facto que, em situações de crise, de recessão, de redução de custos nas famílias, o sector cultural seja o mais penalizado (menos livros, menos filmes, menos teatro, menos cinema, menos futebol, menos concertos musicais).
A par disto tudo é, por isso mesmo, questionável a opção do Governo em aumentar o IVA no sector cultural, de 6% para 23%. São questionáveis os efeitos práticos e as mais-valias da opção. Antes pelo contrário. Já em situações normais, os cidadãos, por opção própria, desinvestem em cultura e espectáculos. Se a isso acrescentarmos um agravamento do preços, as receitas serão, por oposição, muito reduzidas, porque o consumo cairá abruptamente.
Mas nesta questão há mais.
Tal como o fiz com o ministro do Ensino, Nuno Crato, também me congratulei com a escolha de Francisco José Viegas para Secretário de Estado da Cultura deste governo.
Principalmente pelo seu percurso cultural e por ser um escritor com presença destacada na biblioteca doméstica.
E se tudo apontava para a concretização das expectativas, eis que Francisco José Viegas dá um verdadeiro tiro no pé. E descobre a "pólvora"... é que não há uma cultura; há, pelo menos, duas culturas.
Uma que pode ser penalizada e desprezada, como é o caso dos museus, do teatro, da música, do cinema. Até posso dar de "barato" o desporto e outros eventos.
Mas porque razão os livros hão-de ser diferentes?! Desde quando um livro é mais importante ou precioso que um cd de música ou um excelente filme em dvd?!
Porque é que uma visita a um museu ou uma peça de teatro hão-de ser considerados valores culturais de menor importância?!
Ahhhh... percebe-se. Francisco José Viegas é escritor e editor da Quetzal!!!
Mal... Grave! Muito grave! E decepcionante...

A liberdade hipócrita

Na última década, a procura justiceira por garantir uma determinada liberdade em vários pontos do planeta foi, essencialmente, marcada pelo envolvimento de parte da comunidade internacional e da ONU numa relação de forças com a Al Qaeda (Bin Laden) e Iraque (Sadam).
Para além disso, mantém-se historicamente a relação de forças e o conflito latente entre Israel e Palestina, sem resolução previsível.
Mais recentemente, esta cruzada pela libertação dos povos da tirania terminou com o caso Líbia e com a captura e morte de Muammar Kadhafi (embora seja de prever que, apesar dos acontecimento e do júbilo, muita instabilidade e conflitualidade ainda está para surgir na Líbia pós-Kadhafi).
O mais curioso neste processo de libertação da humanidade é a hipocrisia e os interesses escondidos, e a ingerência selectiva na história de alguns países, sempre com a bandeira justiceira hasteada com o símbolo da ONU, da NATO, por influência directa das últimas e actual Administrações Americanas.
Primeiro, o sentimento de vingança pelos atentados 11 de Setembro (compreensível mesmo que questionável, já que se sabe que violência gera violência), com a declaração de guerra ao inimigo público nº1 dos americanos (extensível aos espanhóis e ingleses, após os respectivos atentados da Al Qaeda).
Segundo, a falhada argumentação das armas de destruição "escondidas" em território iraquiano e a sustentação de que o regime de Sadam era a fonte e o apoio directo à Al Qaeda justificaram a invasão do território, a imposição de novas forças governativas.
Terceiro, a importância geoestratégica e geopolítica que Israel tem para os Estados Unidos na correlação de forças e presença na região é inquestionável. Daí o adiar permanente da resolução do conflito, que tem mais de político do que histórico, com a Palestina.
Quarto. Por último, após várias agitações sociais na região - a Primavera Árabe - que começaram na Tunísia no final de 2010 e início de 2011, e passaram por Marrocos, Egipto, Síria, entre outros, terminando, esta semana, na Líbia com a morte de Kadhafi. Não deixa de ser um facto relevante a determinação do povo em se libertar de décadas de opressão, perseguição, mortes, ausência de liberdade e democracia. Os povos sentiram espaço social, público e político, e aproveitaram a oportunidade para exprimirem o seus gritos do "Ipiranga".
Mas há, inquestionavelmente, uma clara hipocrisia na fundamentação de toda esta cruzada pela libertação dos "oprimidos". Ou por razões políticas, ou por razões geoestratégicas, ou, acima de tudo, por razões económicas, principalmente relacionadas com o petróleo.
Porque não actuam a ONU, a NATO ou os Estados Unidos, na Coreia do Norte ou em muitos recônditos da Ásia (como foi, por exemplo o caso da Indonésia vs Timor)? Porque, ao fim de tantos e tantos anos, África continua a ser esquecida, abandonada e ignorada?
No caso da Líbia, tal realidade é gritante. Kadahfi serviu, em pleno regime ditatorial e de terror, diversos interesses europeus (desde a França a Portugal) e internacionais. Independentemente da situação interna do país, todos os olhares internacionais se fechavam face aos interesses económicos. Quando esse ficaram postos em causa, o "amigo" controverso passou de cerca de 40 anos para, em seis meses, um dos ditadores mais cruéis da história da humanidade. Tal como o interesse na "democratização" do Iraque.
E mais hipócrita se torna esta ingerência nos processos sociais de alguns países que o "day after" se torna tão convulsivo como o processo de "libertação". Veja-se o caso da Tunísia que vai hoje a votos mas onde a desilusão impera, com a intenção de grande parte dos jovens que deram início à revolta popular nem sequer participarem no processo eleitoral face à crise económica, ao desemprego e ás dúvidas quanto ao futuro político do país.
Provavelmente, a "Primavera Árabe" necessitará ainda de um Verão ou Outono para se consolidar.
Espera-se que de forma mais pacífica e livre de interesses obscuros.
Nota final: independentemente do que tenha sido o "reinado" déspota de Muammar Kadhafi, o resultado final, a forma como lidaram com a captura do ditador mancha, e de sobremaneira, todo o esforço para libertar a Líbia. A execução sumária e bárbara do ex-líder líbio não é, em nada, diferente das execuções sumárias do regime. Não foi um acto de combate, de confronto, foi um acto desprezível e de pura vingança. A lei abominável do "olho por olho, dente por dente".

Primeiro prémio de Jornalismo Económico

(fonte: Público online - Pedro Vilela/arquivo)
A jornalista Cristina Ferreira, do jornal Público, venceu o primeiro Prémio em Jornalismo Económico, instituído pela Ordem dos Economistas.

O prémio foi criado este ano pela Ordem dos Economistas e, segundo o seu regulamento, tem como objectivo premiar o jornalista que "melhor contribuiu, com trabalhos publicados ou difundidos nos órgãos de comunicação social portugueses, para um jornalismo económico de referência e de excelência".

O Prémio foi atribuído por unanimidade, sendo o júri composto pelo Bastonário da Ordem dos Economistas, Rui Leão Martinho (presidente), por Jacinto Nunes, João Salgueiro, Fernando Teixeira dos Santos e Miguel Beleza.

A cerimónia de entrega decorreu ontem, dia 20 de Outubro, no âmbito do Congresso Nacional dos Economistas.

Aumento patrimonial...

Mesmo com a crise e com a estante cheia (alguns já empilhados no chão) era de muito bom grado o aumento patrimonial cultural:

"O Retorno" de Dulce Maria Cardoso (Tinta-da-China)
Por razões pessoais e familiares...
Um olhar cru e irónico, distante do ideológico, sobre a face trágica da descolonização portuguesa entre 1975 e 76.









"A Baía dos Tigres" de Pedro Rosa Mendes (D.Quixote)
Uma travessia do continente africano (a começar em Angola) descrita a partir das histórias de heróis anónimos, habitantes dos limites da vida e, também, monstro.
Prémio de Ficção do Pen Clube em 2000






Prémio reconquistado este ano com a "Peregrinação de Enmanuel Jhesus" (D.Quixote).
O Autor reinventa, nesta Peregrinação de Enmanuel Jhesus, um espaço nobre da literatura portuguesa, de Fernão Mendes Pinto a Ruy Cinatti: o arquipélago malaio onde as caravelas chegaram há exactamente 500 anos. Passagens de história, memórias políticas, cadernos da guerrilha, tratados breves de diplomacia, debates teológicos, artes marciais, cartografia antiga, observações de botânica, notas de geologia, ritos de sagração, sortes tauromáquicas e um fado perdido.
Prémio de Ficção do Pen Clube em 2011



Gonçalo M. Tavares, o escritor angolano que Aveiro acolheu e apadrinhou, não precisa de muitas apresentações.
É, por isso, muito interessante esta colectânea de obras do Gonçalo M. Tavares, com o título de "O Bairro I e II" (Caminho).
O Pack 1 é composto por cinco livros: O Senhor Valéry; O Senhor Henri; O Senhor Juarroz; O Senhor Breton; e A Entrevista e O Senhor Kraus.
O Pack 2  é composto por 5 livros: O Senhor Calvino; O Senhor Brecht; O Senhor Eliot e As Conferências; O Senhor Swedenborg; e As Investigações Geométricas e O Senhor Walse.


Quase em concordância...

José Manuel Fernandes lançou o seu mais recente livro: "Liberdade e Informação", numa edição da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Neste seu ensaio, o ex-Director do jornal Público (para mim há-de ser sempre "o Director") reflecte sobre a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa como sendo valores que, mesmo consagrados formalmente como direitos universais do Homem, continuam a ser objecto de vivas controvérsias, bem como de inaceitáveis atropelos.
Daí que José Manuel Fernandes entenda ser relevante e premente importa defender o jornalismo profissional e independente, porque este desempenha um papel central no equilíbrio dos sistemas nas democracias modernas.
Neste sentido, é interessante a entrevista que o jornalista concedeu ao jornal "i". Uma análise, mesmo que sumária à questão da liberdade de informação, à sustentabilidade do jornalismo, o peso do factor económico na comunicação social, o serviço público. Até aqui só tenho de concordar com a visão da realidade de José Manuel Fernandes.
Mesmo concordando (até porque referência pessoal) com quase todo o pensamento de José Manuel Fernandes, a verdade é que "esbarramos" no que respeita à RTP e ao seu eventual processo de privatização.
Principalmente quando o jornalista refere que "fechava a RTP informação já amanhã".
É que os argumentos não me convencem, neste caso. Já o defendi publicamente que acho uma perda de uma excelente oportunidade de reestruturar significativamente a RTP aquando do "maning" da RTP N para RTP i. Mas não como defende José Manuel Fernandes. Não vejo qual seja o problema da RTP ter um canal noticioso, mesmo que já existam dois privados. Pela mesma ordem de ideias, os outros canais já têm desporto, filmes, debates, concursos, manhãs e tardes (esquisitas), ... .
A minha opinião, repito-a, é a de que a RTP perdeu uma excelente oportunidade de proceder à fusão da RTP2 e RTPN num novo canal, reforçando qualidade, alternativa, conteúdos, informação, verdadeiro serviço público.
Na minha opinião... "Eu fechava amanhã a RTP1".
(alguma vez tinha de discordar do Mestre)

Sim, Senhor Presidente. Enfim...

Primeiro, a declaração de interesses: fui e sou crítico em relação a algumas medidas da proposta de Orçamento de Estado para 2012, tal como aqui o expus em "Orçamento do descontentamento", em "A propósito do Orçamento... mais desilusão" ou em "A ler os outros... Pedro Guerreiro".
Acho que falta apostar em medidas alternativas e menos penosas para os mesmos contribuintes de sempre. Mas, de facto, são opções. E como dizia o primeiro-ministro no debate de sexta-feira, o "as medidas são minhas, mas o défice não é meu".
O que é perfeitamente incompreensível é a posição do Presidente da República ao criticar a proposta do Orçamento de Estado para 2012, de forma inesperada, veemente, fora do relacionamento institucional que se impunha, em plena discussão parlamentar, e numa altura de alguma (muita) sensibilidade social, transmitindo uma péssima imagem para o exterior.
Cavaco Silva considerou, publicamente, que a suspensão dos 13º e 14º meses de salários (subsídio de férias e de natal) da administração pública e dos pensionistas viola um princípio básico de equidade fiscal (mesmo que tal seja questionável) e questionou a inexistência de um limite para os sacrifícios.
E a infelicidade de tais declarações expressa-se nos seus sete pecados mortais:
Primeiro, Cavaco Silva não é neste momento exemplo para o país. Basta reparar nos elevadíssimos custos e despesismo na manutenção da casa Civil e Militar da Presidência da República (ou, outro exemplo, a questionável recente viagem aos Açores e todo os encargos com tais deambulações presidenciais). A propósito da região autónoma, foi deveras preocupante e significativo o silêncio presidencial sobre as contas públicas da Madeira. Coerências, portanto...
Segundo, Cavaco Silva tem todas as condições para estabelecer canais preferenciais e eficazes com o Governo. Deveria ser a via institucional a preferencial.
Terceiro, tal como afirma, Cavaco Silva, apesar da mudança governativa, diz que não mudou de opinião. Mas é curioso que, se no passado a tinha, não a utilizou da mesma forma, no que se refere aos anteriores orçamentos. E não se trata de um documento ou medida política governativa qualquer. É tão só o principal instrumento governativo.
Quarto, com as declarações de hoje, Cavaco Silva condicionou, directa e intencionalmente, toda a discussão em torno do orçamento, bem como a sua votação.
Quinto, num momento sensível de contestação social, Cavaco Silva em vez de ser, por inerência do cargo, um pólo agregador, tornou-se, hoje, num foco destabilizador.
Sexto, se Cavaco Silva não mudou de opinião quanto à questão da equidade fiscal e dos sacrifícios, já no que respeita ao cuidado com a imagem externa, face à "sensibilidade" dos mercados financeiros, tudo parece ser, agora, diferente.
Sétimo, com esta posição, aprovado o Orçamento de estado para 2012 nos moldes em que a proposta o apresenta, Cavaco Silva tem um grave problema político de consciência para resolver (se é que isso lhe faz alguma diferença): só tem um caminho de Coerência Política que é vetar o Orçamento 2012.

Para quem afirmava que nunca tinha dúvidas e raramente se enganava... Enfim!!!
Claramente... a birrinha de criancice escolar: fizeste-mas, vais pagá-las. Cavaco, quando Primeiro-ministro, nunca perdoou Passos Coelho enquanto presidente da JSD.

Nota final: é curioso ver como a política tem uma memória extremamente curta. Num passado muito, mas mesmo muito, recente o Partido Socialista dizia "cobras e lagartos", vociferava a plenos pulmões, "caía o Carmo e a Trindade", sempre que o Presidente da República vinha a terreno expressar a sua opinião. agora é ver os socialistas a fazerem a festa, baterem palmas, deitarem os foguetes e ainda apanharem as canas, com estas declarações presidenciais. É triste e vergonhosa a política!

Teatro Aveirense recebe Orquestra Sinfónica Portuguesa

(clicar na imagem para mais informação)
Enquadrado no programa de comemorações do VIII Aniversário da Reabertura do Teatro Aveirense, a sala nobre da cultura aveirense recebe o Grande Concerto da Orquestra Sinfónica Portuguesa, do Teatro Nacional de São Carlos, dirigida pela maestrina Rachel Segal.
O concerto terá lugar na sexta-feira, 21 de Outubro, pelas 21h30.

Teatro Aveirense recebe Orquestra Sinfónica Portuguesa

Concerto Orquestra Sinfónica Portuguesa

Enquadrado no programa de comemorações do VIII Aniversário da Reabertura do Teatro Aveirense, a sala nobre da cultura aveirense recebe o Grande Concerto da Orquestra Sinfónica Portuguesa, do Teatro Nacional de São Carlos, dirigida pela maestrina Rachel Segal.

O concerto terá lugar na sexta-feira, 21 de Outubro, pelas 21h30.

A formação constituída por alguns dos elementos da Orquestra Sinfónica Portuguesa leva ao público do Teatro Aveirense algumas das mais belas páginas escritas para ensembles de cordas desde o período barroco até ao século XX. Estão representados neste programa países como a Noruega, a Alemanha, a Hungria, os EUA e a Rússia.

Programa:
- Holberg Suite, op. 40, Edvard Grieg
- Canon em Ré Maior para cordas, Johann Pachelbel
- Danças Populares Romenas, Béla Bártok
- Adagio para cordas, Samuel Barber
- Serenata em Dó Maior para cordas, op. 48, Piotr Ilitch Tchaikovski

Preços:
12 Euros - 1ª Plateia
10 Euros - 2ª Plateia
8 Euros - Balcão


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