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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

Teatro Aveirense recebe Orquestra Sinfónica Portuguesa

(clicar na imagem para mais informação)
Enquadrado no programa de comemorações do VIII Aniversário da Reabertura do Teatro Aveirense, a sala nobre da cultura aveirense recebe o Grande Concerto da Orquestra Sinfónica Portuguesa, do Teatro Nacional de São Carlos, dirigida pela maestrina Rachel Segal.
O concerto terá lugar na sexta-feira, 21 de Outubro, pelas 21h30.

Teatro Aveirense recebe Orquestra Sinfónica Portuguesa

Concerto Orquestra Sinfónica Portuguesa

Enquadrado no programa de comemorações do VIII Aniversário da Reabertura do Teatro Aveirense, a sala nobre da cultura aveirense recebe o Grande Concerto da Orquestra Sinfónica Portuguesa, do Teatro Nacional de São Carlos, dirigida pela maestrina Rachel Segal.

O concerto terá lugar na sexta-feira, 21 de Outubro, pelas 21h30.

A formação constituída por alguns dos elementos da Orquestra Sinfónica Portuguesa leva ao público do Teatro Aveirense algumas das mais belas páginas escritas para ensembles de cordas desde o período barroco até ao século XX. Estão representados neste programa países como a Noruega, a Alemanha, a Hungria, os EUA e a Rússia.

Programa:
- Holberg Suite, op. 40, Edvard Grieg
- Canon em Ré Maior para cordas, Johann Pachelbel
- Danças Populares Romenas, Béla Bártok
- Adagio para cordas, Samuel Barber
- Serenata em Dó Maior para cordas, op. 48, Piotr Ilitch Tchaikovski

Preços:
12 Euros - 1ª Plateia
10 Euros - 2ª Plateia
8 Euros - Balcão


Há vida para além do défice...

Publicado na edição de hoje, 19.10.2011, do Diário de Aveiro.

Preia-Mar
Há vida para além do défice…


Esta é uma frase bastante badalada desde há anos mas que vem à memória colectiva sempre que se discute orçamentos, contas, crises, finanças e economia. Na actual agenda política onde o Orçamento do estado, a crise e as contas públicas marcam o dia-a-dia do país, a frase não poderia parecer mais fora do contexto. No entanto, sem pretender desviar os “olhares” e as “emoções” da verdadeira realidade e o futuro próximo do país, entendo ser oportuno fazer uma “pausa” e deslocar as atenções para outras vertentes e existências do nosso quotidiano. Veja-se o caso de Aveiro, de forma, mais ou menos, telegráfica, no que toca à mobilidade e à economia.
No final do mês de Setembro o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, anunciou (mais tarde apresentado oficialmente) o programa nacional de transportes. Neste programa está incluída a reformulação do projecto TGV para dar preferência ao transporte misto (passageiros e mercadorias, adoptando a bitola europeia, o que significa alargar os seus “horizontes”. Face ao esforço na concretização de estruturas importantes para o desenvolvimento da economia da região, como são o caso do Porto de Aveiro, a plataforma logística de Cacia, a instalação da futura fábrica das baterias Nissan/Renault, o alargamento da fábrica da Portucel, entre outros, é significativo para a renovação da importância e peso de Aveiro e da região, na centralidade do país, que seja contemplada com uma das ligações agora previstas para a Alta Velocidade, ligando Aveiro a Salamanca. Mas não há bela sem senão.
 É que a semana iniciou-se com uma machadada na mobilidade e acessibilidade de e para Aveiro. Apesar do ministro Miguel Relvas, a propósito da reforma da administração local, defender a intermunicipalização e o redimensionamento dos serviços, o plano nacional de transportes prevê o encerramento da totalidade da Linha do Vouga (ramal Aveiro-Águeda-Macinhata e Albergaria-Oliveira de Azeméis-S.João da Madeira-Espinho).
No caso do ramal Aveiro – Águeda é sabido que os baixo níveis da procura criavam, ano após ano, dificuldades de sustentabilidade do serviço de exploração (confinado, essencialmente aos movimentos na estação de Aveiro e de Águeda, e com expressão muito reduzida, por exemplo, no concelho de Aveiro, entre Eirol e a cidade). Mas se esta era aliás uma realidade já por diversas ocasiões tornada pública, nomeadamente, em alguns estudos técnicos, deveria ter havido uma preocupação mais célere em “atacar” o problema e projectar o futuro da linha do Vouga. Mas o tempo passou e a realidade foi-se agudizando, empolgada com o agravamento da crise.
Mas a verdade é que é chegada a altura, eventualmente pelas piores razões, de se pensar o futuro da linha do Vouga. Não só no que respeita à sua realidade física, à sua história, mas igualmente no que concerne à sua vertente social e económica, ou seja, às alternativas de mobilidade e acessibilidade dos cidadãos que se deslocam, ao caso, entre Aveiro e Águeda. Seja por razões laborais, profissionais, comerciais, escolares ou, simplesmente, de lazer.
É que não encontrar alternativas válidas e eficazes, significa um definhar de um eixo social e económico demasiado importante para a região como é a ligação de Aveiro a Águeda.
Face à conjuntura económica, às medidas de austeridade e à redução de transferências de verbas para a administração local (menos cerca de 116 milhões de euros no Fundo de Equilíbrio Financeiro e menos cerca de 13 milhões de euros no Fundo Social Municipal) é muito pouco provável que o Governo pondere, positivamente, a construção do eixo rodoviário Aveiro-Águeda.
Desta forma, a mobilidade entre estas duas cidades fica agora condicionada e reduzida ao “pesadelo” das estradas nacionais e à debilidade da alternativa através do transporte rodoviário público.