Num Pingo Doce perto de si...
Hoje, 1º de Maio, a notícia principal é a campanha levada a cabo pelo Pingo Doce, no primeiro Dia do Trabalhador em que todas as grandes superfícies estiveram abertas.
E esta é que é a principal questão: a legitimidade (não estou a dizer legalidade) e moral para abrirem as portas no Dia do Trabalhor (feriado).
E mesmo esta questão levanta algumas dúvidas: porque não se insurjem os arautos sindicalistas de esquerda contra as centenas de empregados de cafés ou restaurantes, de postos de combustíveis, de quiosques de jornais, de televisões, rádio e jornais?! Não são também trabalhadores?!
O resto foi uma excelente acção de marketing, de promoção e de benefícios para os consumidores e para muitas famílias.
O que esta campanha demonstrou foi a realidade de um país empobrecido, em dificuldades e que qualquer "migalha" é sempre bem-vinda e aproveitável.
A verdade é que o Pingo Doce soube aproveitar o dia para limpar stocks, ganhar muito dinheiro mesmo com o desconto porque aumentou o volume de vendas num dia e soube compensar os próximos dias com a angariação de clientes da concorrência.
Quanto à medida ela não é, em nada, diferente da do Continente, por exemplo. Ao menos esta é mais "verdadeira! porque não "obriga" o cliente a voltar ao hipermercado, a fazer mais compras, para poder usufruir do desconto prometido.
Aliás, não é nada difícil qualquer família (na maioria dos casos) gastar mais de 100 € em compras mensais num hipermercado. Só quem não as faz é que fica admirado.
Tudo o resto é politiquice e demagogia pseudo-ideológica...
Por fim... ninguém foi obrigado a ir ao Pingo Doce. Uns foram porque quiseram, outros, se calhar imensos, foram porque precisaram.
(créditos da foto: diário de notícias)