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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

Depois da nomeação, chega a consagração

 

 

Eduardo Lourenço foi distinguido, aos 81 anos, com o Prémio Fernando Pessoa 2011.

O júri presidido por Pinto Balsemão, e composto por Fernando Faria de Oliveira, António Barreto, Clara Ferreira Alves, João Lobo Antunes, José Luís Porfírio, Mário Soares, entre outros, nomearam o filósofo português pelo seu testemunho intelectual, cultural, ético e cívico em defesa e promoção da identidade portuguesa: a sua cultura, a sua história, a sua presença no mundo, e o acreditar permanente na capacidade deste povo em superar barreiras e dificuldades.

Habituei-me (e aprendi a gostar) de Eduardo Lourenço aquando da minha formação, principalmente através de um "cadeirão" que dava pelo nome de "Língua e Identidade Cultural". Por exemplo, com obras como "Nós e a Europa ou as duas razões" (Imprensa Nacional, 1988) ou "A Europa Desencantada" (Gradiva, 1994), já para não falar no mítico e eterno "Labirinto da Saudade" (D.Quixote, 1992).

Daí que estrenhe que, após deixar de fazer parte integrante do juri do prémio instituido pelo jornal Expresso (em1993), tenham sido necessários quase mais vinte anos para destacar, de forma inequívoca e legitima, todo o saber e experiência de Eduardo Lourenço.

Finalmente... o dia chegou.

Eduardo Lourenço, recebeu hoje, das mãos do Presidente da república, o tão merecido galardão.

Portugal precisa de vozes como a de Eduardo Lourenço. E de obras como as suas...

Eu agradeço.