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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

Venham Mais Cinco...

Publicado na edição de hoje (21.02.08) do Diário de Aveiro

Crónicas dos Arcos
Venham mais cinco…

… “de uma assentada que eu pago já”. Para além de uma das conhecidas músicas de Zeca Afonso, também poderia ser o lema de consciencialização da sociedade portuguesa para a questão da Regionalização, à parte a partidarite que caracteriza (infelizmente, quase sempre) estes debates.
Como ressuscitar do tema, surge igualmente o “fantasma” de uma possível reforma política (que mesmo assente num eventual referendo) a ser apresentada como facto consumado, sem alternativas de outros modelos que possam ser avaliados e analisados e sem que os cidadãos possam ter a oportunidade de optar por afinidades regionais mais alargadas ou, sendo menos abrangentes, que sejam mais próximas das sua realidades culturais, sociais e económicas. Por exemplo, porque razão Aveiro tem que estar inserida na região centro, junto (ou sob o “domínio”) de Coimbra e não possa, junta mente com Viseu e Guarda, constituir uma região, ou até fazer parte da região Norte (preferivelmente o peso do Porto do que o de Coimbra)?!
Se no referendo de 1998 cerca de 60% os eleitores recusaram a regionalização, hoje, face as políticas implementadas e que resultaram no encerramento de escolas, SAP, maternidades, urgências, no isolamento do interior, no excessivo peso decisório de Lisboa, a vontade dos cidadãos é a de ter a legitimidade de poder intervir de forma mais real no desenvolvimento do país e das suas comunidades.
A regionalização ajuda a combater as assimetrias cada vez mais reais e profundas, a desertificação e os problemas do desenvolvimento nacional.
Não se trata de retalhar Portugal, mas sim de o dotar de uma proximidade maior com as distintas realidades dos cidadãos e das suas comunidades ou regiões, falhada que foi a política de implementação das áreas metropolitanas - para além das excepções Porto e Lisboa, todas as outras não passam de realidades virtuais, descaracterizadas, vazias de competências e poderes - embora tal realidade se aproxime mais de uma descentralização do que uma verdadeira regionalização.
Esta não deve ser, nem é, uma espécie de bandeira independentista ou uma espécie de “ópio” ou obsessão do Norte. Ela é antes uma realidade sentida por todos os que entendem que o país deve poder desenvolver-se mais perto dos cidadãos e das suas realidades e necessidades culturais, sociais e políticas.

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