É o que dá deitar foguetes antes da festa
A propósito da recente (última) operação de colocação de dívida pública no mercado, à qual se reconhece o sucesso e a importância para o país (disso não se duvida), o Governo aproveitou a "embalagem" para se congratular com o cumprimento da meta imposta pela Troika para o défice de 2012: 5%. Mesmo que esta euforia surja sem todos os valors apurados, sem o INE se pronunciar sobre a totalidade dos números das contas nacionais (que só deverão ser conhecidas em Março/Abril).
E já Pedro Passos Coelho, após os primeiros sinais de euforia, viria a pública resfrear os ânimos.
Agora é a vez da Unidade Técnica de Apoio Orçamental vir a terreiro demonstrar um "buraco" ou derrapagem das contas públicas em cerca de 600 milhões de euros que poderão colocar em causa o cumprimento da meta de 5% do défice para o ano de 2012 (cerca de 0,4%). Aliás, este valor detectado na execução orçamental de 2012 transita para o Orçamento de 2013 o que implicará, igualmente, a dificuldade de cumprir a meta do défice de 4,5% do PIB.