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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

Fim de Campanha

Termina hoje, às 24:00 horas, a campanha eleitoral referente às Eleições Autárquicas 2013. Três eleições num processo só: Assembleia Municipal, Câmara municipal, Assembleia de Freguesia.
Aqui em Aveiro a discussão centrou-se nalguma insatisfação em relação à política e aos políticos, que se traduziu num confronto de ideias entre o votar, o tipo de voto (nulo ou branco) e a abstenção.
Independentemente das razões individuais/pessoais, não obstante dos aparelhos partidários, de alguns políticos e de “muitas” políticas (medidas/estratégias) resultarem na degradação da imagem do nosso sistema democrático, a verdade é que ele ainda é o garante das nossas liberdades e garantias, num Estado de Direito.
Não votar tem diversas leituras: a primeira resulta na liberdade de cada um. No entanto, a abstenção significa desperdiçar um direito universal que tanto custou a conquistar; significa desperdiçar a oportunidade de participar, directamente, nos destinos do país, da Europa ou das nossas comunidades; significa que abandonamos e menosprezamos um direito valorizado e significativo.
A abstenção não altera, por si só, a realidade política das comunidades ou do país. Tão somente resulta na permissão que essa realidade se mantenha ou se degrade ainda mais.
Até porque importa referir, a bem da verdade. Temos a classe política e os partidos que temos também por nossa responsabilidade enquanto cidadãos. Pelo deixar andar, por não exigirmos mais dos políticos que elegemos, por nos desresponsabilizarmos do processo democrático.
Porque o facto de votarmos (por cada acto eleitoral, de quatro em quatro anos, essencialmente) não significa que, durante o processo que medeia o acto eleitoral seguinte, os cidadãos se alheiem da política nacional, regional ou local; que os cidadãos se abstenham de participar na construção contínua das suas comunidades; deixem de se fazer ouvir ou participar. Porque a democracia e a política não se esgotam no processo eleitoral.
E ao contrário do que poderá ter acontecido em processos anteriores, nestas eleições autárquicas aveirenses não será a falta de informação, de contacto com as localidades/eleitores, que permitirá acusar-se as candidaturas de não comunicar os seus programas e os seus objectivos para a gestão do município e das freguesias. Isso os aveirenses não se podem queixar. Se não souberam mais foi porque não se interessaram ou não procuraram.
Lamentável, tal como já aqui foi referido, é o descalabro a que chegou a “cobardia democrática”, neste final de campanha. Em nada condizente com os valores democráticos aveirenses.
No entanto, aproveitando a “boleia” do José Carlos Mota, seguem os links para os respectivos programas eleitorais de todas as candidaturas.

PSD-CDSPP-PPM - Aliança com Aveiro - Ribau Esteves
PS - Eduardo Feio 2013
Juntos por Aveiro - Élio Maia
Bloco de Esquerda - Nelson Peralta
CDU - Miguel Viegas
PRN - Vítor Ramalho
PCTP-MRPP - Luís Rebocho