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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

À direita já “tremem as perninhas”…

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(fonte: fotogaleria Partido Socialista)

Pedro Nuno Santos é o novo Secretário-geral do Partido Socialista (eleito com 62% dos votos expressos) e, em menos de 24 horas, as reações de PSD, IL e Chega à sua eleição são mais que reveladoras do que irá ser a campanha eleitoral. À falta de propostas concretas e concretizáveis (consistentes, sustentáveis e sociais) restará a politiquice, a brejeirice e o populismo, para além dos ataques de carácter.

Conhecido aquele que irá liderar o PS nos próximos tempos (seja qual for a sua duração), ficámos a saber quais são os objetivos da direita e extrema-direita. PSD, combater Pedro Nuno Santos. IL, combater Pedro Nuno Santos. Chega, combater Pedro Nuno Santos.
Isso e embandeirar fantasmas recentes, como se a direita, principalmente o PSD não tivesse os seus ainda bem presentes na memória coletiva dos portugueses: cortes salariais e das pensões; empobrecimento do país (salários e rendimentos baixos, nível do risco de pobreza mais alto em relação ao que hoje assistimos – e hoje é alto); colossal aumento da carga fiscal, cortes na educação e na saúde, endividamento público.

Havia professores a mais, nunca se iria regressar ao nível salarial e às condições profissionais pré-Troika (entre 2011 e 2015 foram destruídos mais de 250 mil empregos; e, ainda bem recentemente o PSD defendia o salário mínimo abaixo dos 750 euros); a política adotada para a habitação e os impactos que produziram no setor; o aumento do salário mínimo iria afundar a economia; a revisão da carga fiscal dos portugueses quando a prioridade era o IRC; as contas certas e a sustentabilidade das finanças públicas (revisão do rating, crescimento da economia e do PIB, diminuição da dívida) eram motivo para que Passos Coelho apostasse votar no PS ou que Cavaco Silva, por mera conveniência retórica, se esquecesse do seu passado e do que, ainda recentemente, defendia na última governação do PSD… entre outros tantos contextos.
A isto, podemos ainda acrescentar a “azia política” com que a direita encarou este processo eleitoral interno do PS. A expetativa era, independentemente do resultado e da escolha dos militantes socialistas, assistir-se, no day after, a um partido a precisar de sarar feridas e dividido. Saiu o tiro pela culatra. O PS demonstrou neste processo eleitoral, ao país e, nomeadamente, ao PSD, que é possível haver pluralidade sem caça às bruxas, democracia sem fratura e divisionismo ou sem que se transforme um partido num antro de “facas e alguidares”, de gatos e sapatos que é a imagem do PSD (bastando recordar o que o partido fez, de 2018 a 2020, a Rui Rio).

Percebe-se, por tudo isto, e por esta eleição do 9.º Secretário-geral do PS, o que Luís Montenegro pediu, recentemente, aos deputados do seu partido: para se “reabastecerem de energia” e se “inspirarem” para as semanas mais intensas de pré-campanha eleitoral. Energia e inspiração que, manifestamente faltam a Luís Montenegro, entre outras coisas como competência e mestria política, e capacidade governativa alternativa, por exemplo.

Felizmente os portugueses, as famílias e as empresas têm quem continue a preocupar-se com as pessoas e com o país, de forma inteira.

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