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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

É uma questão de dignidade e de liberdade... o direito a não ser agredida

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Em dezembro de 1999 a Assembleia Geral das Nações Unidas designava o dia 25 de novembro como o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher.

Mas em 1993, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovava a Declaração sobre a Eliminação da Violência contra a Mulher.

Aí era definido o conceito de "violência contra a mulher": «todo acto de violência baseado no género que tem como resultado possível ou real um dano físico, sexual ou psicológico, incluídas as ameaças, a coerção ou proibição arbitrária da liberdade, que pode ocorrer tanto na vida pública como na vida privada». (fonte: ONU)

Para que se possa pôr fim a este flagelo social há que assumir, colectivamente, que a violência contra a mulher é uma inquestionável violação dos direitos humanos.

Violação que se reveste com distintas roupagens:

  • a descriminação de género (num estudo divulgado há cinco dias, 44% dos europeus afirmam que as mulheres foram feitas para tarefas domésticas);
  • as desigualdades laborais e salariais (em Portugal os homens ganham mais 17,8% que as mulheres);
  • o machismo e sexismo;
  • os atropelos culturais e religiosos (como por exemplo a mutilação genital feminina);
  • a diferenciação de direitos, liberdades e garantias;
  • a deplorável e condenável misioginia;
  • e, ainda, a violência física e o femicídio.

Ainda sem o ano ter terminado (a cerca de 30 dias do seu final) 2017 regista 18 mulheres assassinadas vítimas de violência doméstica e ainda o registo de 23 tentativas de femicídio. Sem contar com os inúmeros casos de silêncio, de casos não registados e não denunciados.

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