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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

Luís Vaz de Camões, esse grande aviador português

Novo Aeroporto Alcochete.png

(fonte da imagem: jornal Expresso)

Nunca fui muito adepto, nem percebo muito bem a razão que nos leva a querer batizar tudo o que são infraestruturas ou estruturas (públicas ou privadas), essencialmente com referências a personalidades. Pior ainda, quando a relação da estrutura com a biografia da personalidade nada tem em comum ou é, ainda, antagónica.
Veja-se o caso, na questão da aviação e dos aeroportos, a designação do Aeroporto de Lisboa (Portela), Humberto Delgado, ou o do Porto, Francisco Sá Carneiro (vítima de um atentado devido a queda de avião).
Não consigo perceber a necessidade, quase que vital, de complicarmos o que é simples: Aeroporto de Lisboa/Portela, Aeroporto do Porto/Pedras Rubras/Maia, Aeroporto da Madeira/Funchal, Aeroporto de Évora, Aeroporto do Algarve/Faro, … .

Ora, a nossa mais recente descoberta “topónima” coloca Luís Vaz de Camões nessa enorme epopeia nacionalista dos Descobrimentos Marítimos, da navegação por «mares nunca dantes navegados”, a voar por entre as nuvens.
Se era para batizar o novo Aeroporto (já que faz tamanha confusão às mentes nacionais a simplicidade de ‘Aeroporto de Alcochete’) também não consigo perceber o voto ao desprezo, à menorização e à desvalorização da importância para a aviação portuguesa dos nomes e dos inquestionáveis papéis e contributos de Gago Coutinho ou Sacadura Cabral.
Mal por mal, ao menos que fosse um deles.

Mas venha é o novo aeroporto.