O jogo do gato e do rato na política
Primeiro surgiu o documento estratégico "Uma década para Portugal" sob a bandeira socialista.
Depois surgiu o desmantelar das previsões macroeconómicas do documento do PS e as críticas ao irrealismo das propostas sob os megafones sociais-democratas.
A seguir veio o colar o PS ao centro esquerda, com o afastamento da esquerda, pelo distanciamento do PCP e do BE curiosamente face a uma das bandeiras do documento - a TSU - e pela visão europeísta da sustentação macroeconómica das propostas socialistas.
Estas e outras trocas de galhardetes obrigaram, claramente, o PSD e o CDS a anteciparem o anúncio da coligação, apesar do óbvio, em alguns meses e entrar no jogo pré-eleitoral.
Ao mais que previsível "casamento político", em vez do tradicional arroz ou das tradicionais pétalas de rosa (sem conotação partidária), choveram críticas e "maus-olhados", na maioria dos casos por ciúmes eleitorais e políticos.
Ainda em plena "lua de mel" o PSD pressiona o PS a sustentar, em sede de UTAO, as medidas e as políticas plasmadas no documento estratégico.
Não contente, PS desafia PSD, já que este entrou no jogo pré-eleitoral, a apresentar um programa eleitoral detalhado.
No meu tempo de criança (agora as motivações são outras), de escola primária, a isto nós dizíamos: "a minha pilinha é maior que a tua".
E assim vai o país.