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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

O populismo e a politiquice lamacenta...

lamentável é a ausência de ética política e de respeito por parte da oposição

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(crédito da foto: António Cotrim / Lusa, in SIC Notícias

Se razões houvesse (tão elucidadas com todas as salsadas TAP, SIS, Ministério das Infraestruturas, etc.), fica ainda mais claro o pântano (para não dizer lamaçal) no qual a política nacional mergulha, muito por força de uma oposição completamente desventurada, desnorteada, pífia e desesperada (por mais que tente incutir no palco mediática a culpabilidade do PS ou do Governo... sem conseguir. Mas sobre isso falaremos a seu tempo).

À acusação fácil, irresponsável e populista da oposição (entenda-se, ao caso, PSD e Iniciativa Liberal), sobre a ausência do Governo (para já e à data) na cerimónia de inauguração do Memorial de Homenagem às Vítimas dos Incêndios Florestais de 2017, ao assinalar-se o 6.º aniversário da tragédia dos incêndios de 2017 - que não foi apenas e tão somente em Pedrogão Grande (17 de junho de 2017: Sertã, Góis, Pampilhosa da Serra, Penela, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Alvaiázere e Ansião. 15 de outubro de 2017: Oliveira do Hospital, Arganil, Pampilhosa da Serra, Penacova, Tábua, Carregal do Sal, Mortágua, Nelas, Oliveira de Frades, Santa Comba Dão, Tondela, Sever do Vouga, Vagos, Pinhel e Seia), a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, veio dar uma verdadeira lição de ética política e de respeito pelas pessoas, nomeadamente as que sofreram com as lamentáveis tragédias de 2017. Aliás, com toda a legitimidade e propriedade, lembrando que Ana Abrunhosa era, à data (entre 2014 e 2019), presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, bem no meio do "furacão".

"Nós tivemos sempre a intenção de fazer uma cerimónia de homenagem. Não o fizemos no próprio dia, porque este dia costuma ser um dia de recolhimento, onde apenas se celebra uma missa e para a qual o governo costuma ser convidado e, aliás, também sua excelência o senhor Presidente da República. Não foi nossa intenção, de algum modo, fazer com que as vítimas, os seus familiares e amigos se sentissem abandonados. A partir do momento em que a verificámos que esta nossa decisão provocou dor, obviamente que temos que pedir desculpa e dizer que não foi essa a nossa intenção e que não foram esquecidas as vítimas. É um pedido de desculpas do Governo no sentido de nunca foi nossa intenção, de todo, provocar mais dor com esta nossa decisão." (Ana Abrunhosa à TSF)

Tão simples...

Deplorável e condenável é o recurso à dor, à tragédia e ao sofrimento para se fazer politiquice baixa. Bastam, aliás, duas simples perguntas: onde esteve o PSD nos anteriores aniversários? Agora dá jeito porque já se percebeu que nem a TAP, nem o SIS vão resultar em benefícios políticos para este triste PSD. Ou então... porque não pedem, PSD e IL, a demissão do Presidente da República que, ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, também não esteve presente?

Ou até... porque a memória não é assim tão curta... onde esteve o PSD (e a sua voz tão moralista e crítica) a propósito do processo relacionado com a reconstrução de casas após os incêndios de junho de 2017, que, alegadamente, implica o ex-Presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves (eleito pelo PSD)?