Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
O CDS-PP reúne-se, em Viseu, para o seu 31.º congresso, a reunião magna, num momento muito particular para o Partido que, após o seu desaparecimento do mapa parlamentar, em 2022, reapareceu este ano com dois lugares de deputados nacionais, tentando, assim, mais uma prova de vida e de sobrevivência partidária. A história destes 50 anos de democracia revelam que o CDS teve um papel relevante neste percurso democrático, tal como o tiveram o PSD, o PSD e o PCP, face ao que é o atual (...)
Deixemos a primeira prioridade governativa para uma análise seguinte e o discurso demagogicamente minimalista da Tomada de Posse para a crónica semanal, segunda-feira, no Diário de Aveiro. Centremo-nos, apesar dos considerandos, precisamente no dia da Tomada de Posse do XXIV Governo Constitucional. Há dois acontecimentos que marcam a agenda e que não são mera coincidência. Antes pelo contrário… são de uma simultaneidade significativa. 1. Precisamente na véspera da tomada de (...)
Ainda a propósito da continuidade do Minsitro das Infraestruturas e Habitação do XXIII Governo Constitucional da República Portuguesa, Pedro Nuno Santos. Mantém-se a "frustração", mais ou menos pública, daqueles que viram defraudas as suas expectativas quanto à tão desejada crise governativa por causa do despacho dos dois aeroportos. Aliás, deveria ter sido sobre esta questão que a opinião pública e política se deveria ter debruçado, mais do que saber se o Ministro foi (...)
Nem só de votos, de percentagens e de mandatos (sobre)vive um acto eleitoral. Há, em cada resultado, consequências político-partidárias, com manifesto impacto dos resultados negativos ou menos positivos. Analisados os primeiros, surgem, agora, os efeitos colaterais das derrotas eleitorais. De forma breve... 1. Comecemos pelo PSD, por uma questão de proximidade e de afinidade. O problema do PSD não está, de todo, (nem esteve) em Rui Rio. Aliás, como refere (neste caso) bem João (...)
PSD é o alvo eleitoral... nalguns casos, alvo eleitoralista
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Cumpriu-se, praticamente, metade do calendário dos debates televisivos entre os partidos com assento parlamentar (incluindo o Livre) que concorrem às eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro. Ao contrário do que seria expectável não são o PS e António Costa os alvos preferidos do confronto político-partidário, mesmo contrariando os princípios de ciência-política que defendem que as eleições não se ganham... perdem-se. De facto, mesmo que de forma muito linear, o (...)
ou o arrastar da agonia partidária de um partido sem rei, nem roque, nem coisa alguma.
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(créditos da foto: António Cotrim / LUSA) Independentemente das afinidades ideológicas, políticas e partidárias, o país tem um conjunto de partidos (do PCP à Iniciativa Liberal, passando pelo BE, PAN, Livre, PS, PSD e CDS) que são fundamentais à democracia, seja pela sua história nestes quase 47 anos do pós-25 de Abril/74, seja pelo papel que desempenham mais recentemente. Portanto, é sempre motivo de algum desconforto ver o definhar público e notório de um partido... neste (...)
Da clarividência de uma vitória à confusão geral, passando pelo regresso das vitórias morais (as der
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(créditos da imagem: Pedro Fiuza / NurPhoto) Caiu o pano sobre as Eleições para a Presidência da República 2021, com a clara vitória de Marcelo Rebelo de Sousa na recandidatura ao segundo e derradeiro mandato. Embora nas eleições presidenciais apenas tenha resultados práticos a atribuição do primeiro classificado (o mais votado... seja numa ou a duas voltas) que elege o único lugar disponível - o cargo de Presidente da República - a verdade é que estas eleições, em (...)
porque é que, pela primeira vez, uma sondagem não me espanta?
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As sondagens são exercícios estatísticos e matemáticos que tentam espelhar os sentidos de voto ou as opções/opiniões de uma amostragem (de um determinado universo), trabalhados "laboratorialmente". Valem o que valem... umas vezes muito, outras vezes desvalorizadas. Normalmente, são relevadas em função de interesses. Se favoráveis são 99,99% correctas e fiáveis... se desfavoráveis são, na maioria dos casos e para além de desvalorizadas, consideradas exercícios de (...)
Um CDS manifestamente perdido, sem rumo e a cair, tão fácil e ingenuamente, nas malhas da tragédia d
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(créditos da foto: Tiago Petinga / Lusa) Vamos aos factos. O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, condenou, hoje, aquilo que considerou o espectáculo mediático do arranque do plano de vacinação contra o SARS-CoV2. No comunicado oficial do partido, o líder centrista destacava, como fundamento da sua crítica, a prestação da ministra da Saúde, Marta Temido, e, pasme-se, a SMS enviada pela Protecção Civil aos portugueses. Mas não só... a ânsia política foi (...)
Vem isto a propósito das cerimónias que assinalam o 46.º aniversário do "25 de Abril"
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E diga-se de passagem... é a primeira vez que o faço (não sei se a última ou não, mas é a primeira). E diga-se ainda mais... principalmente para um fervoroso convicto do 25 de novembro (colocando-o no mesmo patamar que abril de 74, para que conste). Vem isto a propósito de petições e contra-petições "pró e contra" as cerimónias previstas e anunciadas para a Assembleia da República (AR) e que assinalam o 46.º aniversário do "25 de Abril". E vem igualmente a propósito de (...)
É nos tempos marcadamente de crise que se evidenciam aqueles que são, verdadeiramente, essenciais ao funcionamento da sociedade. Felizmente, por mais negros que venham a ser os tempos pós-crise, não são os sectores como os mercados e os bolsistas, a banca e os seus banqueiros ou os gestores de fundos monetários; não é o milionário e obscuro mercado desportivo. Estes dias que vivemos mostram-nos quem são os verdadeiro heróis (...)
Muito resumidamente… breves notas sobre os resultados eleitorais do passado domingo e que, factualmente, irão permitir a António Costa e ao Partidos Socialista formar o 22.º Governo Constitucional da Terceira República Portuguesa. O PS ganhou as eleições, falhando, apesar disso, o objectivo mais que camuflado na campanha mas, óbvia e claramente, mais que desejado, sonhado e esperado: uma maioria absoluta.Ao contrário do que António Costa tem vindo a apregoar, os portugueses (...)
Nem sempre a morte de uma figura política (seja nacional ou não) se reveste de consensos, independentemente do respeito. Curiosamente (ou não), no caso do falecimento de Freitas do Amaral a excepção confirma a regra: PCP reconhece o peso histórico de um dos quatro "pais" da democracia; o BE elogia a vertente humanitária e a defesa dos valores fundamentais dos direitos humanos; o PS destaca o seu papel de grande estadista; algo que é ainda mais valorizado pelo PSD, juntado-lhe a (...)
É lamentável e condenável que António Costa (acompanhado por uma boa parte do país) não tenha a humildade, a coragem e o respeito políticos para referir um facto inquestionável da história política recente: muito do actual "estado de graça" se deveu ao indiscutível esforço dos milhares de portugueses e à inevitável gestão do Governo de Passos Coelho sob os fortes constrangimentos impostos pela Troika (com erros, é um facto, com muito muito sacrifício político) e pelo (...)
Não é "todos os dias" que na história da política portuguesa um líder de um partido é motivo de tanto "amor e ódio", de tanto "ciúme político". Mas a verdade é que Rui Rio, desde o anúncio da sua candidatura à liderança do PSD e consequente vitória para a presidência do partido, tem sido, em todo o universo político nacional, motivo das mais diversificadas manifestações (públicas e privadas/secretas) de ansiedade, apreensão, preocupação e receio político-partidário. No (...)
(créditos da foto: Paulo Novais - Lusa) As directas do PSD aconteceram há três dias e ainda falta cerca de um mês para o 37º Congresso do PPD-PSD mas a vitória de Rui Rio começa a ter o seu impacto político, seja interna, seja externamente... os chamados "danos colaterais" sempre que há uma mudança política relevante. E, no caso em apreço, é relevante. Facto. 1. Impactos internos Primeira Nota. Renasce a esperança no interior do PSD e naqueles que, nos últimos 6 anos, (...)
Após os resultados eleitorais de 1 de outubro, mesmo que lidos de forma enviesada e excessivamente eufórica, longe da realidade, Assunção Cristas prometeu publicamente não defraudar ou desiludir quem tenha votado no CDS. O deslumbramento turva o raciocínio e a clarividência política aos centristas. Primeiro, com a recusa de um convite não formulado para uma eventual (...)
É a política que temos porque é o triste panorama partidário e cívico que ciclicamente, em cada período eleitoral, tem o privilégio de vir à tona, de ter palco e mediatismo. É a política que merecemos porque, teimosa e injustamente, há a tendência para colocar nos partidos e nos políticos todo o ónus da culpa, toda a responsabilidade e, simultaneamente, esquecer que a política é responsabilidade de todos, de toda a sociedade. O recente contexto eleitoral autárquico que (...)
Paulo Portas anunciou ontem, após reunião da Comissão política, que não se recandidata à liderança do partido no próximo Congresso, agendado, ao que tudo aponta, para Abril de 2016. A par disso anunciou igualmente a renúncia ao lugar de deputado na Assembleia da República para, segundo o próprio, dar toda a liberdade ao próximo líder (...)