Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
A democracia não é um sistema perfeito… aliás, é o pior sistema político, com exceção de todos os outros. A liberdade de expressão e opinião não são direitos absolutos e, nomeadamente, não justificam tudo (nem meios, nem os fins). A democracia, hoje, em pleno Palácio de São Bento, sofreu um rude golpe e uma condenável afronta. E não foi para isto que o “tal” 25 de novembro de 75, que tantos (erradamente) idolatram, se fez e se cumpriu. Garantidamente, não foi para (...)
A Assembleia da República rejeitou, por esmagadora maioria (com exceção para o proponente Chega), a iniciativa parlamentar da extrema-direita (Projeto de Resolução n.º 263/XVI/1) para apresentação ao Presidente da República de uma proposta de referendo sobre imigração, prevendo a introdução de quotas anuais de entrada de imigrantes em (...)
(fonte da foto: portal SAPO) Vamos deixar de parte, para outras discussões, o facto da legitimidade da defesa de direitos não precisar de comparações de realidades profissionais distintas e diferenciadas. Vamos deixar de parte, para outras discussões, o facto de a interrupção involuntária de um ciclo governativo levou à queda de um conjunto de projetos e estratégias governativas que implicariam negociações com setores profissionais. Vamos deixar de parte, para outras (...)
(crédito da foto: Leonardo Negrão / Global Imagens) Um Estado de Direito assenta os seus pilares na Justiça, respostas Sociais, Defesa e Segurança sólidos e consistentes, capazes de cimentar os valores da democracia. Num outro contexto, num país em que o valor baixo do salário mínimo e médio, longe da média europeia (apesar do considerável aumento que sofreram nos últimos 8 anos), qualquer classe profissional tem toda a legitimidade de promover (re)ações que levem à (...)
Uma interessante (como sempre) publicação, hoje, de Luís Paixão Martins(uma das referências em comunicação política), na rede social “X”, sublinhava a fragilidade profissional com que os jornalistas encaram as intervenções do líder da extrema-direita portuguesa. Isto a propósito das declarações de André Ventura de repúdio pela escolha de António Costa para a presidência do (...)
Logo no início dos trabalhos parlamentares desta legislatura, o Presidente da Assembleia da República, Aguiar-Branco, que para ser eleito precisou da almofada do PS, já que os seus “amigos” do Chega, como quase sempre, roeram a corda ao PSD, esteve muito preocupado com o tratamento nas intervenções: eliminando o “tu” ou o “você”, em benefício do "senhor deputado" ou "senhor presidente". Ora, o mesmo Presidente da Assembleia da República, 50 dias depois de ser eleito (...)
(crédito da foto: Tiago Miranda, in Expresso) Com todo o respeito pelas artes circenses, a verdade é que as melhores memórias de uma ida ao circo são as dos palhaços. E se num circo, seja qual for a idade, o palhaço e as suas palhaçadas são dos pontos altos do espetáculo, na política a adjetivação depreciativa é, pelo contrário, criticável e condenável. Infelizmente, há quem teime em transformar a política num circo e achar que todos os portugueses são parvos ou ingénuos. (...)
Publicado na edição de hoje, 15 de abril, do Diário de Aveiro (página 6) O lançamento do livro “Identidade e Família” teria passado despercebido não fossem as intervenções públicas de alguns dos seus autores, nomeadamente Paulo Otero, e a apresentação pública assumida pelo antigo Primeiro-ministro Passos Coelho (ver a reflexão de ontem no blogue Debaixo dos Arcos). Da sinopse do livro extrai-se: «A família é o habitat natural de convivência solidária e (...)
(cartoon / imagem de Silvestre Gago) Sobre o livro “Identidade e Família”, nomeadamente as intervenções públicas de responsáveis pelo Movimento Ação Ética (autor da publicação) durante e após o lançamento, reservo o texto a publicar na edição de amanhã do Diário de Aveiro. Principalmente nas considerações que são feitas em relação à “família natural” e ao papel da mulher. Ou, se quisermos, ao abominável ataque à família e ao papel e dignidade da mulher. A (...)
Deixemos a primeira prioridade governativa para uma análise seguinte e o discurso demagogicamente minimalista da Tomada de Posse para a crónica semanal, segunda-feira, no Diário de Aveiro. Centremo-nos, apesar dos considerandos, precisamente no dia da Tomada de Posse do XXIV Governo Constitucional. Há dois acontecimentos que marcam a agenda e que não são mera coincidência. Antes pelo contrário… são de uma simultaneidade significativa. 1. Precisamente na véspera da tomada de (...)
Arrancou com o pé esquerdo e da forma mais caricata a Legislativas 2024-2028. Quanto ao surrealismo político que marcou o arranque do mandato Parlamentar, o que deveria ser um momento com dignidade e elevação, foi transformado num circo, pelos suspeitos do costume, onde não faltou um inqualificável desrespeito pela Casa da Democracia, pelos portugueses e pelos eleitores, ao ponto de haver Deputados, a quem os eleitores (independentemente das opções ideológicas, partidárias ou do (...)
Este cartoon do Henrique Monteiro, mais um excelente, não poderia ter sido publicado em melhor momento porque retrata, na perfeição, o que se passou na Assembleia da República, no primeiro dia da legislatura. Por duas razões fundamentais. A primeira prende-se com a total falta de ética, credibilidade, honestidade política, a completa falta de confiança que merece a extrema-direita. E não foi por falta de aviso. Não se percebe como é que o PSD permite que o líder da bancada (...)
(fonte: Jornal Notícias - infografia de Isidro Costa e Tiago Coelho) Publicado na edição de hoje, 25 de março, do Diário de Aveiro (página 10) Concluída a contagem dos votos dos dois círculos da emigração cai o pano sobre os resultados das Legislativas de 10 de março de 2024. Não há nada mais que óbvio do que considerarmos que quem vence uma eleição é quem, nem que seja por um voto, é o mais votado. Nada mais simples. Portanto, tendo a AD conquistado cerca de mais 50 mil (...)
(crédito da foto: Manuel de Almeida / LUSA) Mesmo com eventuais recursos de recontagem de votos que ainda possam surgir, ficou inevitável a não eleição de Augusto Santos Silva como deputado pelo círculo Fora da Europa, pelo Partido Socialista. Termina, assim, a sua participação enquanto deputado na Assembleia da República, juntando-se a outras ausências fruto dos resultados eleitorais de 10 de março (para analisar na próxima segunda-feira, no Diário de Aveiro). Algumas com (...)
Publicado na edição de hoje, 12 de fevereiro, do Diário de Aveiro (pág. 6) Sim… falamos de tempo da democracia e falamos de tempo político. Um anticiclone subtropical, no qual se insere o Anticiclone dos Açores, é caracterizado por uma massa de ar quente e sem humidade, e, por isso, relacionado com um céu limpo e sem nuvens. No caso da atual conjuntura política açoriana ele contraria, em tudo, qualquer princípio da meteorologia: muita nebulosidade e correlações partidárias (...)
(fonte da imagem: infografia Público) A expressão é, ipsis verbis, de Luís Paixão Martins (via antigo Twitter, agora X… ou lá como é que aquilo se chama): “A imprensa que passa os dias a embrulhar no seu grafismo as fakes do Chega está agora chateada porque o Chega começou a embrulhar as suas fakes no grafismo da imprensa”. Tinha rebentado a bomba na comunicação social, embora com muito pouco estilhaço surpreendente. Curiosamente, surpreendida foi a própria (...)
Não fazem nada, só querem é viver à custa do Estado e dos nosso impostos, são ladrões, gatunos e vadios... imagine-se que alguns nem tomam banho e passam a vida a pedir na rua ou nos hipermercados. Sugam-nos os impostos, usam os "nossos" serviços públicos (como a saúde, quando há... ou a segurança social) e até nos 'estorvam' nas filas das caixas de pagamento. Era isto, não era André Ventura/Chega (...)
(crédito da foto: Mário Cruz / LUSA, in SIC online) Premissa... Embora discordante das inúmeras, para não dizer quase todas, opções políticas do agora Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, não deixo de lhe reconhecer e respeitar a lucidez, perspicácia, frontalidade, sagacidade e astúcia política. Mesmo nos momentos em que assumiu e vestiu a pele de "trauliteiro político", em defesa das convicções e estratégias partidárias ou governativas. Aliás, (...)
Ainda a propósito da continuidade do Minsitro das Infraestruturas e Habitação do XXIII Governo Constitucional da República Portuguesa, Pedro Nuno Santos. Mantém-se a "frustração", mais ou menos pública, daqueles que viram defraudas as suas expectativas quanto à tão desejada crise governativa por causa do despacho dos dois aeroportos. Aliás, deveria ter sido sobre esta questão que a opinião pública e política se deveria ter debruçado, mais do que saber se o Ministro foi (...)
porque é que, pela primeira vez, uma sondagem não me espanta?
mparaujo
As sondagens são exercícios estatísticos e matemáticos que tentam espelhar os sentidos de voto ou as opções/opiniões de uma amostragem (de um determinado universo), trabalhados "laboratorialmente". Valem o que valem... umas vezes muito, outras vezes desvalorizadas. Normalmente, são relevadas em função de interesses. Se favoráveis são 99,99% correctas e fiáveis... se desfavoráveis são, na maioria dos casos e para além de desvalorizadas, consideradas exercícios de (...)