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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

02.Mar.25

Descansa em paz, comunicação social nacional

mparaujo
Antes de qualquer reflexão sobre o caso em si, os impactos políticos e a não apresentação de demissão do cargo de Primeiro-ministro, por Luís Montenegro. A isso já lá iremos. O que estava (e está... e desconfio que estará por mais algum tempo) em causa era uma questão particular, que apenas dizia respeito a Luís Montenegro enquanto cidadão e, simultaneamente (porque com relação direta), enquanto Primeiro-ministro. Mas esta imagem da declaração de Montenegro ao país já (...)
14.Out.24

As entrelinhas do Plano para a Comunicação Social

mparaujo
Na conferência O Futuro dos Media, o Governo apresentou o Plano de Ação para os Media, com cerca de 30 medidas, algumas das quais deixam mais preocupações e inquietações do que esperança para o setor e os seus profissionais. Tem sido mais do que badalado o estado presente do jornalismo em Portugal: os desafios, os riscos, as novas exigências, a fragilidade e precariedade do setor, a ética e o rigor profissionais. Num outro prisma, há ainda a interrogação sobre a (...)
30.Jun.24

Não acredito em bruxas, mas que las hay, las hay

mparaujo
Não há coincidências, assim como ganha especial dimensão a expressão e o conceito “não há almoços grátis”. Nas vésperas das eleições europeias de 9 de junho, houve duas intervenções públicas do Primeiro-ministro que, à data, terão passado despercebidas, ou pelo menos desvalorizadas, mas que à luz de alguns acontecimentos mais recentes adquirem novos contornos. Numa conferência, no Porto, a propósito das comemorações dos 136 do Jornal de Notícias, Luís (...)
12.Mar.24

Jornalismo: liberdade, dignidade... mas também responsabilidade. #somosdn

mparaujo
No seguimento da decisão tomada por unanimidade no 5.º Congresso dos Jornalistas (18 a 21 de janeiro), o Sindicato dos Jornalistas convoca a Greve Geral para quinta-feira, 14 de março. Do pré-aviso de greve, de 28 de fevereiro: “A insegurança no emprego, os salários baixos praticados no setor, a falta de condições de trabalho e de segurança, representam um obstáculo grave ao desenvolvimento pleno da profissão de jornalista e constituem um entrave ao próprio direito dos (...)
24.Fev.24

Sem jornalismo não há democracia. Ponto.

mparaujo
(crédito da foto: Miguel A. Lopes / Lusa) Escusam de vir com a retórica do "chavão"... é um facto que muitos teimam em não querer aceitar e que outros tantos persistem em desvalorizar porque dá jeito a populismos e a determinadas narrativas. E por mais simples que seja a crítica e acusação fácil à qualidade do jornalismo e dos jornalistas, tantas vezes injustamente (mesmo que nem sempre), a verdade é que a democracia precisa de um jornalismo livre e consistente para (...)
03.Fev.24

Nem sempre "errar é humano"

mparaujo
O jornal Expresso, na sua conta do Instagram divulgava uma imagem a publicitar/divulgar um conjunto de debates entre os líderes dos partidos com assento parlamentar, para as próximas legislativas de 10 de março. Até aqui (quase) tudo bem... só que, olhando para a imagem produzida pelo Expresso, é notória a ausência de uma fotografia do líder do PCP, Paulo Raimundo (em representação da CDU). Num tempo em que muitos se solidarizam com a causa jornalística que, à data, se foca (...)
21.Jan.24

Solidariamente... pela causa do jornalismo

mparaujo
Este foi o último dia do 5.º Congresso dos Jornalistas, reunidos em Lisboa desde quinta-feira, num momento em que se agudiza o que há alguns anos se vinha adivinhando: a sobrevivência da profissão e do exercício de um jornalismo livre; a sustentabilidade do setor; o afastamento da profissão em relação aos leitores, ouvintes e espetadores; os desafios da desinformação e da proliferação anárquica de meios de difusão de informação sem rigor, sem veracidade, sem escrutínio. (...)
18.Dez.23

Quando o jornalismo também é (deve ser) notícia

#SomosJN, #SomosGlobalMedia, #SomosJornalismo, #SomosPelosJornalistas

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 18 de dezembro, do Diário de Aveiro (página 6) Há um princípio básico no jornalismo, mesmo que questionável e tantas vezes colocado em causa, que defende que o jornalista não é, nem deve ser, a notícia. E por “arrasto” o próprio jornalismo. Sendo o jornalismo (e, por óbvias razões, o jornalista) parte integrante da dinâmica da sociedade, em determinados contextos e circunstâncias, o jornalismo e o jornalista podem (e devem) ser a notícia. (...)
07.Dez.23

#Somos JN

pela dignidade do jornalismo e dos jornalistas, pelo seu papel na democracia

mparaujo
Há alguns meses a TSF silenciava a sua voz durante um dia, como forma de protesto dos profissionais daquela rádio. Hoje é o Jornal de Notícias que não saiu para as bancas, pela primeira vez desde 1988 (há 35 anos), pelos mesmos objetivos: pelo JN (por extensão, pelo grupo da Global Média), pelo jornalismo e pelos leitores. E sem qualquer constrangimento, porque não, pelos próprios jornalistas. Até porque esta tem sido um luta transformada em movimento cívico #SomosJN (...)
05.Set.23

Não há almoços grátis

O risco de vender a alma ao diabo.

mparaujo
À comunicação social exige-se (e auto exige-se) rigor, transparência e independência para que a sua particular e principal função/missão possa ser cumprida: retratar a verdade dos factos. E, desta forma, contribuir para o fortalecimento da democracia e do "espaço público". Nestes princípios, cabe à comunicação social o papel escrutinador dos poderes públicos, nomeadamente os políticos, como forma de garantir o legítimo funcionamento de um Estado de Direito Democrático. Tu (...)
23.Ago.23

Agosto também se escreve com ‘J’ (parte 3 de 4) - As fake news nacionais

Como provar do próprio veneno.

mparaujo
(fonte da imagem: infografia Público) A expressão é, ipsis verbis, de Luís Paixão Martins (via antigo Twitter, agora X… ou lá como é que aquilo se chama): “A imprensa que passa os dias a embrulhar no seu grafismo as fakes do Chega está agora chateada porque o Chega começou a embrulhar as suas fakes no grafismo da imprensa”. Tinha rebentado a bomba na comunicação social, embora com muito pouco estilhaço surpreendente. Curiosamente, surpreendida foi a própria (...)
06.Abr.23

Ainda a abjeta crónica misóginia

porque ainda há mais a dizer...

mparaujo
Nunca será a via do silêncio ou do "deixa andar/isto afinal é o dia-a-dia" que marcará a minha opção de criticar ou condenar tudo o que vá contra os valores, a dignidade e a integridade da pessoa. E sobre a (ainda) recente polémica do deplorável texto e vil "body shaming" a que foram sujeitas Maria Botelho Moniz e Cristina Ferreira, nem tudo foi aqui dito. Podíamos (...)
03.Abr.23

Curto e grosso: REPUGNANTE! NOJENTO!

a misoginia e o androcentrismo no seu (pior) melhor...

mparaujo
(fonte da foto: Espalha Factos, março de 2020) O que está em causa: um deplorável e condenável texto publicado no jornal Correio da Manhã (onde mais poderia ser) por um 'suposto' jornalista, criticando o aspeto físico de uma apresentadora de televisão (Maria Botelho Moniz - SIC)... curiosamente sem uma referência ao profissionalismo da visada. Entre outras pérolas do pior da misoginia e do androcentrismo está este parágrafo: «mulher simpática mas robusta, com tendência para (...)
02.Jul.22

Ainda sobre "irrevogabilidades" ministeriais

caso ministro Pedro Nuno Santos, parte II

mparaujo
Ainda a propósito da continuidade do Minsitro das Infraestruturas e Habitação do XXIII Governo Constitucional da República Portuguesa, Pedro Nuno Santos. Mantém-se a "frustração", mais ou menos pública, daqueles que viram defraudas as suas expectativas quanto à tão desejada crise governativa por causa do despacho dos dois aeroportos. Aliás, deveria ter sido sobre esta questão que a opinião pública e política se deveria ter debruçado, mais do que saber se o Ministro foi (...)
30.Nov.20

COVID-19... mais uma vez o descuido com a comunicação.

no meio da confusão... o alvo acaba sempre por ser o mensageiro.

mparaujo
A propósito do precipitado pré-anúncio dos grupos prioritários para a primeira fase da vacinação SARS-CoV-2. A comunicação social deu eco à revelação de um estudo técnico preliminar, elaborado por uma Comissão Técnica promovida pela DGS, que, aparentemente, exclui dos grupos prioritários os idosos, nomeadamente aqueles que não estão em Estruturas Residenciais para Idosos (lares), originando logo um coro de críticas à "opção" apresentada, bem como um igual coro de (...)
24.Ago.20

Caiu a máscara... em "off" ou em "on"

«A Política sem risco é uma chatice e sem ética uma vergonha» - Francisco Sá Carneiro

mparaujo
"Preâmbulo"... Uma declaração off the record pressupõe uma aceitação de não divulgação de informação. Algo que não será tão linear e tão absoluto. Primeiro porque, para quem tem décadas de experiência política, declarações off the record são, muitas vezes, usadas para pressionar e condicionar. Segundo porque, mesmo parecendo contraditório (e não é), face ao teor das declarações e à sua importância ou relevância política podem (e devem) ser tornadas públicas. (...)
30.Mai.20

Seja qual for a dimensão pandémica da realidade... há pessoas a morrer.

Mereciam melhor comunicação. Porque a comunicação importa em tempos de pandemia.

mparaujo
Num contexto tão particularmente excepcional como o que vivemos desde fevereiro (pelo menos) o maior ou menor sucesso das medidas de excepção que importa implementar para a mitigação deste (ou de outro) surto pandémico como a COVID-19 depende, em grande parte, da forma como o colectivo, a sociedade, encara a realidade e assume a gravidade dos factos e do contexto. Questões sem resposta, interrogações com respostas dúbias ou generalidades, indefinições ou, ainda mais grave, (...)
04.Mar.20

Coronavírus nacional: a contagem

mparaujo
(créditos: Anthony Wallace/AFP, in CBN) A Directora-Geral da Saúde, Graça Freitas, numa das excessivas e dispensáveis conferências de imprensa sobre o COVID-19, afirmou que seria expectável que Portugal pudesse, no limite, ter cerca de 1 milhão de infectados (em vários graus de intensidade)... o que representa 10% da população nacional. Valor apontado face ao que foi a previsão da epidemia da gripe em 2009 (fixada em 7% na avaliação final). Perfeitamente lógico e enquadrado. Voltemo (...)
01.Mar.20

Diagnóstico: virose alarmista e informativa

mparaujo
(créditos: LUSA, in Sapo lifestyle) Uma epidemia ou uma pandemia, tendo níveis de impacto diferenciados, não deixam de ser preocupantes e merecem particular atenção. O que é diferente de alarmismo e histerismo social. O COVID-19 (uma das formas e estirpe do Coronavirus... que existe há alguns anos e que, por exemplo, se manifesta, sazonalmente, em Portugal através das gripes, pneumonias e viroses de inverno) já infectou cerca de 80.000 pessoas e vitimou perto de 3.000 (...)