Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
É abominável o complexo de superioridade, da casta pura e privilegiada, daqueles para quem os três primeiros bancos da igreja estão destinados aos “escolhidos” (aos que se autofotografam ajoelhados junto a túmulos ou piamente de mãozinhas juntas), daqueles para quem a pobreza precisa de ser preservada para que a caridadezinha (à semelhança de um cilício) permita a salvação e a remissão dos seus (muitos) pecados. Os mesmos que nem imaginam o que é a Doutrina Social da (...)
mas, por tradição, ao menos que seja para TODAS as Crianças.
mparaujo
É um facto que, por força do exercício de determinadas profissões, há quem não tenha um Natal em família, privando, por exemplo, crianças da companhia da mãe ou do pai, quando a maioria se senta à mesa, faz a festa e desembrulha os presentes (em situações de normalidade, entenda-se). Até mesmo o Governo entende (de forma completamente surreal, displicente, incoerente e NEGLIGENTE, diga-se) que o vírus SARS-CoV2 tem uma maior "compaixão humana" no Natal do que no virar do ano. Al (...)
E é tão fácil julgar os outros no (maior ou menor) bem-estar da vida.
mparaujo
(créditos: da aveirense fotojornalista Maria João Gala / arquivo Global Imagens, in Diário de Notícias) Factos: terça-feira, 15 de setembro de 2020 (sublinho e destaco 2020)... já noite dentro, às portas de uma igreja, no Cacém, foi encontrado um bebé abandonado, com menos de um mês de vida (cuidado, agasalhado e com um bilhete). A partir daqui é fácil "disparar os gatilhos" dos veredictos acusatórios: desumano, crime, atitude inqualificável da mãe... só para ficar (...)
(imagem Netflix) Algarve, 3 de maio de 2007. Há 13 anos desaparecia de um apartamento na Praia da Luz, perto de Lagos, uma criança inglesa com 4 anos: Madeleine McCann (Maddie). Após a constituição dos pais, Kate e Gerry McCann, como arguidos no início do processo e da investigação, várias foram as hipóteses, teorias e teses, e longa a lista de suspeitos. Assim como não deixa de ser curioso o envolvimento tão premente do governo inglês e o dinheiro envolvido em todos os (...)
A 23 de junho de 2018, um grupo de 12 jovens e o seu treinador, com idades entre os 11 e os 17 anos, desaparecia no complexo de grutas de Tham Luang, na Tailândia. Grande parte da comunidade internacional ficava suspensa... durante 10 dias, o grupo, sobrevivia sem comida, luz, com oxigénio muito reduzido. A 3 de julho, dá-se o "milagre": foram encontrados vivos. O resgate duraria 7 dias, até que, a 10 de julho, o último elemento do grupo, o treinador, era resgatado. Hoje, volvido um (...)
Há cerca de dois ou três anos tive o primeiro contacto com a "causa", infelizmente mais uma, na defesa dos Direitos Humanos, concretamente dos Direitos das Crianças. A defesa dos direitos fundamentais e da dignidade humana de qualquer cidadão, por razões acrescidas quando se trata de crianças, não devem conhecer fronteiras, nem distâncias e, muito menos, indiferença. No Gana, bem no coração dessa África esquecida e explorada, os pais vendem os seus filhos por menos de 30 euros (...)
Mas há um turbilhão de sentimentos: revolta, solidariedade, impotência, comoção, choque, desassossego, (...). E há igualmente uma premissa que importa, desde já, destacar: não colhe o argumento "cá também há situações de..." ou "isso é lá longe, o que conta são os 'nossos'". Não! Não é assim... Primeiro, a vida, os direitos e a dignidade humana são universais e não conhecem fronteiras. Segundo, existem realidades e contextos bem distintos. Terceiro, a preocupação (...)
Somos relativamente permissivos e influenciáveis pelo mediatismo e pelo colectivismo no que toca à tragédia, à desgraça e à morte. Forma muitos os que assumiram a corrente do "Je Suis Charlie" quando em janeiro de 2015 se deu a barbárie do atentado ao jornal satírico francês Charlie Hebdo. Mesmo que até à data grande parte nunca tivesse ouvido falar do jornal, nem das suas posições editoriais significativamente polémicas (nomeadamente no que respeita às religiões e (...)
A 20 de Novembro de 1989 a ONU adoptou, por unanimidade, a a Convenção sobre os Direitos da Criança. É pena que essa unanimidade do plenário pouco se traduza na aplicação prática e concreta da Convenção. É pena que as nações e as comunidades se tenham esquecido que a assinatura da Convenção, ainda por cima por unanimidade, após ratificada, passa a constituir ordem jurídica. É pena que o dia-a-dia de muitas regiões do mundo não só esqueça como atropela permanentemente (...)
A solidariedade e a defesa dos direitos fundamentais e da dignidade humana de qualquer cidadão, por razões acrescidas quando se trata de crianças, não deve conhecer fronteiras nem distâncias. No Gana, bem no coração dessa África esquecida e explorada, os pais vendem os seus filhos por menos de 30 euros a traficantes que os revendem aos pescadores do Lago Volta. Estas crianças são obrigadas a trabalhar 14 horas por dia, 7 dias por semana, a troco de um único prato de mandioca. (...)
publicado na edição de hoje, 27 de agosto, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Apontamentos semanais (*) Pena é que uma semana como a que passou incendiada nas redes sociais não tivesse sido o único palco dos incêndios em Portugal. Pelo menos estes não trariam os impactos que os reais, infeliz e tragicamente, têm espalhado. 1 A tragédia dos incêndios e dos atentados terroristas não preencheu a semana só com vítimas e destruição; houve claros impactos políticos e (...)
Infelizmente... não há só a Síria e a conflitualidade com o Estado Islâmico no Médio Oriente ou os refugiados que atravessam o Mediterrâneo, os que lá morrem e os que esbarram com as portas, fronteiras, muros e arames farpados da Europa. Há toda uma África votada ao inferno - "Boko Haram queima crianças vivas em atentado (...)
Nem de propósito ou, melhor, bem a propósito... Hoje assinala-se o Dia Internacional dos Direitos das Crianças em que se regista e celebra a aprovação da Declaração Universal dos Direitos das Crianças. E Portugal faz história. A Assembleia da República aprovou hoje a adopção de crianças por casais do mesmo sexo. N (...)
publicado na edição de hoje, 6 de setembro, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos O poder da imagem Ditam os cânones que uma imagem vale mais que mil palavras. Não tenho a certeza de tal rigor matemático mas afigura-se como certo que perante determinada imagem fica-se sem qualquer palavra e assola-nos um turbilhão de emoções e reacções, essas sim (...)
publicado na edição de hoje, 4 de maio, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Da ética à coerência Só por distracção ou pelo desviar de atenções que o final do campeonato de futebol ou as peripécias da greve da TAP possam provocar, já para não falar no lançamento da biografia de Passos Coelho, é que nos são indiferentes (...)
publicado na edição de hoje, dia 3 de maio, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos A justiça de pelourinho Longe, bem longe felizmente, vão os tempos das condenações nas fogueiras ou das chicotadas nos pelourinhos. Absurdamente, em pleno século XXI, há quem, teimosamente, pretenda andar para trás e trazer de novo para a ribalta a (...)
Não bastou à comunidade internacional a aprovação da Carta Universal dos Direitos do Homem. Não bastou à comunidade internacional a aprovação, a 20 de novembro de 1959, da Declaração Universal dos Direitos das Crianças (resolução nº 1386/XIV da Assembleia Geral da ONU). As especificidades do direito da personalidade e (...)
No dia em que se discute, na generalidade, a proposta do Orçamento de Estado para 2015 importa olhar para fora das folhas financeiras que suportam tecnicamente o documento. Podemos mesmo dizer, sem qualquer tipo de incómodo e sem a pretensão de desviarmos a atenção que o OE2015 merece, antes pelo contrário, que “há mais vida para além do (...)
Entre as algazarras, as correrias, os jogos, as visitas a espaços temáticos, os balões e as gomas, os almoços familiares, etc., a verdade é que hoje, 1 de Junho, não é o Dia da Criança. Erradamente, a abreviação da efeméride cria, no senso comum e na opinião pública, a ilusão e a desvalorização do que verdadeiramente se comemora no dia 1 de Junho: O Dia Internacional dos Direitos da Criança. Algo bem diferente, parece-me… É bem verdade que o excesso de efemérides, dias (...)