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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

08.Fev.24

É Entrudo... nem que chova!

mparaujo
Não querendo, de todo, desvalorizar o impacto que o Carnaval tem em muitas regiões e territórios, em alguns casos com muitos anos, a verdade é que há, ainda, uma grande parte do país (principalmente no Norte e no Centro/Norte) onde a vivência do Entrudo espelha as dinâmicas sociais e as raízes culturais, sociológicas, históricas e identitárias de várias comunidades, nesta altura do ano. São disso exemplo: Os Caretos de Lazarim (Lamego/Viseu); a Queima do Entrudo, na (...)
16.Mar.23

Maior do que o seu (este) país

2023 um ano feminino. Como todos os anos… como todos os dias.

mparaujo
(crédito da foto: Arquivo Global Imagens, in Delas/JN) A 16 de março de 1993 o país era confrontado com a notícia do falecimento de Natália Correia. Celebram-se, hoje, 30 anos, precisamente no ano em que se regista, igualmente, o centésimo aniversário do nascimento da escritora, ativista dos direitos humanos e das mulheres e política (deputada pelo PSD e PRD). Face à sua vertente poética, são muitos os que hoje registam este 30.º aniversário com inúmeros poemas da escritora (...)
23.Jan.21

Um sonho... quase, quase realidade.

mparaujo
Não sou dos que vivem enclausurados com o chavão "no meu tempo é que era" ou "antes é que era bom". Primeiro, porque o "tempo" é o que quisermos contextualizar e viver (mesmo que em memórias) em cada momento ou realidade. Segundo, "antes" nem era melhor, "mais bom" ou agora tudo é pior. Antes e hoje têm uma coisa em comum... são diferentes. Apesar disso, é no "antes" que ainda encontro as minhas raízes musicais, mesmo que no "hoje" vá descobrindo uma ou outra surpresa bem (...)
01.Jan.21

Não começamos bem...

entrada (nacional) com o pé esquerdo.

mparaujo
(fonte da foto: sapo mag) Não sou adepto, nem apreciador de Fado. Não tenho, sem querer levantar qualquer tipo de conflitualidade ou desrespeitar o que quer que seja, a Amália Rodrigues como referência, embora admita que possa dizer e significar algo a uma boa parte dos portugueses. Quanto muito, pela tradição académica, ouço algum "fado de Coimbra". Mas tenho que reconhecer que o Fado tem o mérito de traduzir muito da identidade portuguesa, de ter extravasado as fronteiras (...)
31.Out.20

"Bond... James Bond". Sir (R.I.P.) Sean Connery

mparaujo
A Escócia, um dos países mais atractivos do ponto de vista histórico, cultural, social e paisagístico, está carregada de séculos de História (e histórias), Lendas, Mitos e Referências. Desde o lendário Monstro Ness até à rivalidade social e desportiva em Glasgow (entre o Rangers e o Celtic), passando pela conflitualidade histórica, cultural e política entre "coroas e reinos" (desde os tempos de William Wallace ou, posteriormente, da Casa de Stuart), pelo famoso whisky(sem o (...)
14.Jun.20

Statues Matter... ou como "A História Nunca pode ser Travada".

Vemos, Ouvimos e Lemos... não podemos ignorar.

mparaujo
(créditos da foto: Nuno Fox, Expresso) Se há momentos em que Sophia de Mello Breyner Andresen ganha um dimensão ainda maior do que a (merecidamente) tem, esses momentos são os de agora, os dos últimos acontecimentos e dias. Ressoam na memória partes do poema "Vemos, Ouvimos e Lemos" (penso que de janeiro de 1969), bem como uma "velha frase batida", com pelo menos 36 anos: «a história nunca pode ser travada" (MCE - Movimento Católico de Estudantes). Vemos, ouvimos e lemos Não (...)
06.Jun.20

Ou se desconfina ou não se desconfina

das incoerências pandémicas. Ou há moralidade...

mparaujo
O mesmo equivaleria a dizermos: "ou há moralidade ou comem todos". O que não faz sentido é a subjectividade do princípio ou a sua aplicabilidade conforme soprar o vento. A regra, definida pelo Governo e pela DGS, nesta terceira fase do desconfinamento determina a proibição da realização de actividades e iniciativas com uma concentração de pessoas superior a 20 (por exemplo, no exterior). Na conferência de imprensa de hoje, com todos os condicionalismo da ausência de valores (...)
16.Abr.20

Um lugar de destaque... com saudade.

mparaujo
A descoberta do autor foi (demasiado) tardia... há cerca de 14 anos (em 2006). A descoberta da sua escrita foi "amor à primeira vista", incondicionalmente. Até hoje, e espero que sempre, Luís Sepúlveda teve e tem um muito especial destaque na modesta biblioteca doméstica. De activista político, a jornalista, passando por realizador, fotógrafo e argumentista, seria como escritor, um excelente escritor, que deixou a sua marca na literatura mundial. Vai deixar um vazio enorme e uma (...)
02.Fev.20

SCULP, do Joaquim Pavão, a 5 dias da grande estreia

mparaujo
Com o argumento de Isabel Fernandes Pinto, a produção de Fugir do Medo - Associação Cultura (e a ajudinha conceptual do Gil Moreira), o "fifty-fifty" portuense/aveirense Joaquim Pavão concebeu e realizou: "SCULP - Os Sonhos". Os sonhos como experiência, a realidade como ausência... um projecto cinematográfico do Joaquim Pavão a partir de um desafio da Câmara Municipal de Santo Tirso e do acervo do Museu Internacional de Escultura Contemporânea, em Santo Tirso. A estreia (...)
19.Nov.19

Referências são Referências...

mparaujo
É um facto inquestionável que a cultura tem "ideologias" (assim... no plural). Apesar de niguém poder (ou dever) ser dono e proprietário da Cultura, a verdade é que a dinâmica cultural, nomeadamente a individual, é património da ideologia e concepção social do seu criador (músico, escritor, artistas plástico, actor, encenador, programador, whatever). Não há isenção concepcional na Cultura. Ela é o espelho e reflexo da individualidade. Mas neste contexto, goste-se ou não, (...)
15.Out.18

A cosmética política

mparaujo
No dia em que o Governo entrega na Assembleia da República a proposta do Orçamento de Estado para 2019, tomaram posse quatro novos Ministros: Defesa (João Gomes Cravinho), Saúde (Marta Temido), Economia (Siza Vieira) e Cultura (Graça Fonseca). E como diz (e suspeita) o povo... "isto anda tudo ligado". Vejamos... Porquê e para quê esta remodelação governamental? e ainda estão para vir os Secretários de Estado... Várias razões e nenhuma substância concreta... Excluindo o (...)
17.Jun.18

Je Suis "Rossio"...

mparaujo
e politicamente (in)correcto. Aveiro anda em "sobressalto", diga-se bastante agitada, por causa do Rossio (Aveiro). A uma semana do tema ter "honras de Estado" na próxima sessão da Assembleia Municipal importa "concordar em discordar". A passividade, a apatia, a falta de participação e intervenção cívicas, no dia-a-dia, nos "espaços públicos" ou nos momentos cruciais da vida comunitária e do país (seja no direito ao exercício do voto, seja nas simples sugestões ou contributos) (...)
06.Dez.17

projectos com "estórias"... Artes de Maior Idade

mparaujo
O tempo (a vida) traz, independentemente da intensidade e das vivências, o saber, a experiência, a tradição e muitas e muitas "estórias". Uma comunidade que não sabe aproveitar e promover este "tempo" não é estruturada no presente, nem saberá alicerçar o seu futuro de forma consistente. Não tem, nem deve, viver agarrada ao passado... até porque "águas passadas já não movem moinhos". Mas não pode, nem deve, deixar de valorizar a experiência, a tradição e o saber presentes (...)
29.Nov.17

E se fossemos ao Circo? Na Casa da Cultura de Ílhavo

mparaujo
As memórias infantis e juvenis ligadas ao circo transportam-nos para malabaristas e palhaços, trapezistas e domadores... entre contorcionistas e equilibristas. Mas o circo é muito mais que essas realidades do entretenimento. O Circo é... Arte. É criatividade, arte da rua, ocupação artística dos espaços públicos. É história da criação artística com mais de 4000 anos. Ou, se não quisermos regressar ao passado tão distante, pelo menos a partir dos anos do Império Romano, (...)
23.Nov.17

Regresso ao passado... das memórias

mparaujo
Não é preciso ter-se nascido há muitos anos para ainda haver a memória da ligação de Aveiro a Ílhavo pela travessia dos canaviais da Sacor em direcção à Barra, com acesso à praia através da ponte de madeira no Forte da Barra/Oudinot. Passados estes tempos de fraldas e calções, a ligação a Ílhavo e à Gafanha da Nazaré faz-se também das memórias longas e regulares com a Colónia Agrícola. Obviamente que a referência tem um contexto temporal bem recente, no pós 25 de (...)
18.Nov.17

Já para além das Bodas de Diamante... com muito mérito

mparaujo
O Dia Nacional do Mar (16 de novembro) foi, e ainda está ser, assinalado com um conjunto de acções no Museu Marítimo de Ílhavo, ao mesmo tempo que se encerraram as comemorações do 80º aniversário do Museu (8 de agosto de 1937 / 2017). Do conjunto de actividades programadas pela Autarquia e pelo Museu destaque para a visita guiada à exposição "Invisível" que estabeleceu uma ponte, um reflexo, entre as peças que suportam a exposição permanente e o que é o lado "invisível" (...)
11.Nov.17

E o povo é estúpido, claro

mparaujo
Não tem havido tema mais criticado e polémico na agenda de hoje, mesmo que no país haja, de facto, assuntos mais prementes (por exemplo, saúde e educação... lá iremos) Mas o facto é que muitos portugueses indignaram-se com a realização do jantar de encerramento da Web Summit 2017 que teve lugar, pasme-se, em pleno Panteão Nacional (na Igreja de Santa Engrácia) mesmo ao lado dos túmulos de Amália, Eusébio, Humberto Delgado, Aquilino Ribeiro, Óscar Carmona, Teófilo Braga, (...)
05.Nov.17

Das saudades e do respeito... sempre.

mparaujo
Com um abraço ao João Vieira... Dia 11 de maio de 1982 (tinha que ser maio, claro) é a data de registo do nascimento de um gafanhense / aveirense / cidadão do mundo / adoptivamente catalão (sem a conotação conjuntural actual). Seriam longas algumas histórias que a memória vai resguardando do tempo. O que interessa agora é uma em particular... em casa havia (penso que ainda há) um piano, mas (...)
26.Out.17

Quanto vale a história das "estórias"?

mparaujo
Não sei se alguma vez alguém conseguirá quantificar o valor da história no desenvolvimento das comunidades. Mas é mais que óbvio que cada comunidade, hoje, no presente, é estruturalmente aquilo que foi a sua história, o seu passado, e o peso que essa história representou no desenvolvimento e na consolidação social, cultural e económica. Não há presente, nem faz sentido projectar o futuro, sem que esteja bem vincada a memória do que foram as realidades passadas das gentes, (...)