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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

08.Jun.25

Conquistar a quadratura e o círculo da Cultura, em Aveiro

mparaujo
(crédito da foto: gentilmente cedida pela Sara Tavares) Promovido pela candidatura do PS à Câmara Municipal de Aveiro, liderada por Alberto Souto, o 6.º Encontro Temático dedicado à Cultura, realizado, ontem (durante mais de 3 horas), no Conservatório, não desvirtuou, em nada, nem de todo, o percurso que tem sido percorrido de afirmação do compromisso programático e eleitoral com Aveiro (todo o município) e os Aveirenses (todos os que aqui nasceram e os que abraçaram esta (...)
04.Jun.25

Que ninguém diga que não sabia

mparaujo
(créditos: Tiago Petinga - Agência Lusa) Prometer ACABAR com a Democracia e ir atrás de opositores. Defender ou lutar pelo fim da III República (a democracia) e voltar a tempos ditatoriais e fascistas. Dizer que a Liberdade e a Democracia foram um roubo (Sá Carneiro. Adelino Amaro da Costa, Freitas do Amaral, Mário Soares e quem sabe... até Cavaco Silva e Passos Coelho, nos tais 50 anos de "roubo" cabem todos. Só se esquece é que ele também esteve no sistema). Tudo isto de uma (...)
24.Mai.25

Mais importante que as causas, são as consequências

mparaujo
(ilustração: Silvestre Gago) Notas prévias. Os dados de 18 de maio de 2025 não incluem, ainda, o apuramento dos votos no estrangeiro (24 consulados). Apenas estão referenciados os indicadores referentes ao número de mandatos a partir do processo eleitoral de 1991, já que até essa data o Parlamento era composto por 250 deputados (e vez dos atuais 230), com exceção das eleições de 1976 (as primeiras após as da Constituinte) nas quais foram eleitos 163 deputados. Dos factos que (...)
16.Mai.25

Da saúde politiqueira

mparaujo
Há contextos e situações para as quais não tenho, por norma, o hábito de comentar: a desgraça alheia, o mal dos outros... doença/saúde incluída. A menos que haja algum “contexto” óbvio. Não vou, por isso, alimentar “teorias da conspiração” sobre alegada teatralidade eleitoralista do caso de saúde de André Ventura, durante um jantar/comício em Faro. Embora possa reconhecer a responsabilidade do próprio partido e seus líderes, já que essas reações não são mais (...)
14.Mai.25

A oportunidade eleitoral perdida

mparaujo
(fonte: RTP, programa "É ou não é?" - eps.13 - 13 de maio) Estamos a dois dias do final da campanha eleitoral que culminará, no dia 18 de maio, na delegação de responsabilidades políticas de representatividade nos 230 deputados que formam o Parlamento, através de um dos pilares mais importantes da nossa democracia: o voto livre. Independentemente da maior ou menor coesão e paz social que cada legislatura possa assumir e espelhar, dado o distanciamento político entre eleitor e (...)
10.Mai.25

O populismo eleitoral que já não surpreende

mparaujo
Já não é de hoje (agora)… mas a estratégica comunicacional da AD / Governo, planeada para a narrativa eleitoral, é de um populismo muito mais próximo da “berraria” da extrema-direita do que uma conceção programática. À boa maneira do conceito de “Propaganda”, de Edward Bernays, enquanto modificação propositada das realidades e dos factos, com o objetivo de manipular as mentes, gostos e ideias. Isto já tinha sido visível nas declarações do Ministro da (...)
01.Mai.25

A soberania tem um preço… ou vários preços

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(crédito: Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, via EFE/EPA, in Gazeta do Povo) Assinatura do "Acordo de Minerais e Terra Raras", entre os Estados Unidos da América (Scott Bessant, secretário do Tesouro) e a Ucrânia (Yulia Svyrydenko, vice-primeira-ministra e ministra da Economia). Washington, 30 de abril de 2025. Infelizmente, a soberania (e já agora, a democracia e a liberdade) não se constroem ou se mantêm sem que seja pago um preço. Não o deveria ser, mas é, (...)
03.Abr.25

Sem querer, ainda agradeceremos a Trump

mparaujo
(fonte da imagem: Eu Quero Investir) Em apenas dois meses de mandato, a popularidade política de Donald Trump e a sua governação têm sido colocadas em causa pelos norte-americanos. 53% discordam da gestão governativa, 57% dos americanos criticam o presidente por estar a exceder a sua legitimidade e os seus poderes presidenciais e 84% dos cidadãos entende que Donald Trump deve cumprir as decisões judicias que forem decretadas pelos Tribunais. Neste contexto, inclui-se a guerra (...)
27.Mar.25

A liberdade e a democracia só chateiam

mparaujo
Num Estado de direito e numa sociedade liberal (não confundir com a ideologia partidária de alguns) a Liberdade e a Democracia são pilares fundamentais na afirmação e robustez de ambos. E, se dentro dos limites legais e éticos, são-no, e devem ser, sempre… não apenas quando dá jeito. Um cartaz político (seja ou não em período de campanha eleitoral), no impacto que provoca no público (é essa a sua função), muitas das vezes diz mais de quem o “assina” do que (...)
15.Mar.25

Os (prévios) efeitos colaterais das legislativas 2025

mparaujo
Só o PSD (e, provavelmente, a sua “empresa” de comunicação) é que ainda não percebeu que a narrativa do “passa culpas” ou da desresponsabilização pela crise política, já não surte qualquer efeito, nem motiva qualquer empatia nos portugueses. Estrategicamente mal, arriscaram sem ponderar consequências, numa clara presunção de superioridade e desvalorização do contexto e da realidade… tomaram tarde a consciência do erro e perderam. Não há outra dimensão na atual (...)
09.Mar.25

O medo do voto

mparaujo
(crédito: Tiago Petinga / Lusa, in Expresso) Sem pretender entrar em prévias apreciações sobre os impactos da Moção de Confiança que será, provavelmente, apresentada na próxima terça-feira, porque até à fase da votação (se esta acontecer) tudo é politicamente expectável. Portanto, antecipar cenários é estar a discorrer sobre meros contextos hipotéticos. Mas há uma afirmação que tem sido, por repetidas vezes, proferida nas análises que são feitas e que merece (...)
04.Mar.25

Da cultura dos cancelamentos... fim de caminho.

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O denominado “wokismo” (cuja origem etimológica significa “acordar/despertar para”), enquanto princípio/posicionamento defensor das injustiças sociais, nomeadamente as relacionadas com as minorias e contextos discriminatórios, não é de esquerda, nem de direita, nem marcadamente ideológico. É uma questão de valores, de dignidade, de direitos e humanismo. O seu aproveitamento por posicionamentos políticos extremistas e radicais, em qualquer dos extremos, e a sua (...)
24.Fev.25

A ‘trumpização’ do projeto europeu

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(créditos: euronews.com) Há uma frase repetidamente proferida por Volodymyr Zelensky aquando da invasão da Ucrânia pela Federação Russa (há, precisamente, três anos – 21 de fevereiro de 2022) que, hoje, ganha contornos ainda mais realistas e pragmáticos: defender a Ucrânia é defender a Europa e os valores europeus. Apesar de tantos apelos de Zelensky e depois de três anos de agonia, destruição, guerra, morte e sofrimento, a União Europeia bateu de frente no muro da (...)
10.Fev.25

Make democracy and politics great again (*)

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(*) Tornar a democracia e a política novamente grandes. (créditos: Banksy Art Gallery) Ao longo das 750 crónicas já publicadas, foram várias as reflexões sobre o valor da democracia e da política. Nos últimos tempos com maior apreensão, mas nunca, como agora, com a acrescida preocupação quanto ao presente e futuro da solidez e estabilidade da democracia. 1. Não bastava o mundo, essencialmente a partir de 2001, ter-se tornado, progressivamente, demasiado perigoso, agravado (...)
27.Jan.25

O harakiri da democracia

o mundo ainda consegue ficar pior...

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(fonte: Reuters) O pior dos sistemas políticos, excluindo todos os outros, tem esta trágica versatilidade de se robustecer e reforçar, e, simultaneamente, de se autodestruir e suicidar. No início deste século XXI (em 2001), a propósito dos ataques de 11 de setembro, colocava-se, amiúde, a questão se o mundo estaria ou não mais inseguro e perigoso. Todos os acontecimentos posteriores ressuscitaram o pesadelo da Guerra do Golfo, na década de 90. A Invasão do Iraque, o terrorismo, (...)
05.Jan.25

Revisitar as democracias e o poder local, não necessariamente por esta ordem

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Abraham Licoln dizia que “um boletim de voto tem mais força que um tiro de espingarda”. A expressão revela não só o peso do voto, enquanto direito político fundamental, para influenciar os destinos de uma comunidade (nacional ou local, e, no nosso caso, europeia), o papel do voto enquanto instrumento de afirmação e o seu valor pacifista, mas, também, a importância do voto na solidez da democracia. Só que, neste ponto, paradoxalmente, a afirmação revela um problema para a (...)
07.Dez.24

As saudades presidenciais

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(fonte: "Vivre le Portugal") Há poucos dias, Marcelo Rebelo de Sousa manifestava algum saudosismo da governação de António Costa. No lançamento da 6.ª edição da PSuperior, uma iniciativa do jornal Público, para o ensino superior, que promove a literacia mediática, o Presidente da República afirmou que “dizia muitas vezes a um governante com o qual partilhei quase oito anos e meio de experiência inesquecível: um dia reconhecerá que éramos felizes e não sabíamos”. Curio (...)
02.Dez.24

Qual 25 de Novembro?

mparaujo
A história da nossa democracia (conquistada, simultaneamente, com a liberdade, a 25 de abril de 74) foi revisitada há uma semana, 25 de novembro, de uma forma mais forçada do que assumida, marcada mais pela discussão sobre o sentido da comemoração do que, propriamente, sobre o que a data representou ou significou. Importa recordar a frase proferida pelo General Ramalho Eanes, que uma determinada franja política e ideológica gosta tanto de enaltecer: “Momentos fraturantes não se (...)