Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
A história da nossa democracia (conquistada, simultaneamente, com a liberdade, a 25 de abril de 74) foi revisitada há uma semana, 25 de novembro, de uma forma mais forçada do que assumida, marcada mais pela discussão sobre o sentido da comemoração do que, propriamente, sobre o que a data representou ou significou. Importa recordar a frase proferida pelo General Ramalho Eanes, que uma determinada franja política e ideológica gosta tanto de enaltecer: “Momentos fraturantes não se (...)
Capitães de Abril, membros do Conselho da Revolução, Grupo dos Nove (Marques Valentim - Atlântico Press/Getty Images, in SIC Notícias - 2023) Há uma permanente tentativa, há algumas décadas a esta parte, de falsear e reinventar a história e o passado do pós-25 de Abril (e do próprio 25 de Abril), principalmente depois do universo político-partidário ter perdido nomes como Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa, Freitas do Amaral, Adriano Moreira, Mário Soares, Álvaro Cunhal, (...)
Publicado na edição de hoje, 2 de janeiro, do Diário de Aveiro (página 15) Tem sido um dos pratos fortes do confronto político nesta pré-campanha eleitoral, ou, nalguns casos, da propaganda eleitoralista: o “regresso ao passado político”. Uma necessidade estratégica sentida, particularmente, à direita (PSD e CDS) face à enorme dificuldade que tem demonstrado em se afirmar, junto dos portugueses e, inclusive, junto do próprio eleitorado, como uma alternativa válida e (...)
(fonte: fotogaleria Partido Socialista) Pedro Nuno Santos é o novo Secretário-geral do Partido Socialista (eleito com 62% dos votos expressos) e, em menos de 24 horas, as reações de PSD, IL e Chega à sua eleição são mais que reveladoras do que irá ser a campanha eleitoral. À falta de propostas concretas e concretizáveis (consistentes, sustentáveis e sociais) restará a politiquice, a brejeirice e o populismo, para além dos ataques de carácter. Conhecido aquele que irá (...)
Nem só de votos, de percentagens e de mandatos (sobre)vive um acto eleitoral. Há, em cada resultado, consequências político-partidárias, com manifesto impacto dos resultados negativos ou menos positivos. Analisados os primeiros, surgem, agora, os efeitos colaterais das derrotas eleitorais. De forma breve... 1. Comecemos pelo PSD, por uma questão de proximidade e de afinidade. O problema do PSD não está, de todo, (nem esteve) em Rui Rio. Aliás, como refere (neste caso) bem João (...)
As legislativas mais difíceis dos últimos anos, foi, afinal, um passeio-alegre
mparaujo
Não há uma outra leitura possível dos factos. Ou, se houver, é apenas mera retórica de derrota ou demagogia ideológica (há quem, historicamente, nunca perca as eleições). PSD, BE e PCP e a Direita são os grandes derrotados das legislativas de 2022. Mesmo ainda com a incerteza, o fio-da-navalha, se PS tem ou não maioria absoluta. A margem é mínima e será muito indiferente se for necessário juntar os mandatos de PAN e/ou Livre. No caso do PSD, apesar da probabilidade do (...)
Da clarividência de uma vitória à confusão geral, passando pelo regresso das vitórias morais (as der
mparaujo
(créditos da imagem: Pedro Fiuza / NurPhoto) Caiu o pano sobre as Eleições para a Presidência da República 2021, com a clara vitória de Marcelo Rebelo de Sousa na recandidatura ao segundo e derradeiro mandato. Embora nas eleições presidenciais apenas tenha resultados práticos a atribuição do primeiro classificado (o mais votado... seja numa ou a duas voltas) que elege o único lugar disponível - o cargo de Presidente da República - a verdade é que estas eleições, em (...)
ou, de outra forma: "nem uma coisa, nem outra... antes pelo contrário". Pedro Santana Lopes (ex-líder do PSD, ex-primeiro ministro 'nomeado' pelo PSD, ex-deputado do PSD, ex-candidato derrotado nas últimas directas do PSD e ex-militante do PSD) tem vindo a desafiar partidos à direita do PS para uma "coligação que afaste a actual frente esquerda do poder". O mesmo Santana Lopes que virou as costas ao PSD, amuado pela derrota eleitoral interna, quer agora "(re)casar-se" com o partido (...)
Sobre a dispensável polémica que envolveram as críticas ao Bloco de Esquerda sobre o não aplauso ao discurso de Filipe VI na Assembleia da República, no âmbito da sua visita oficial a Portugal, já aqui expressei o que entendo como um caso de politiquice partidária balofa ("Falsos moralismo políticos"). Entre as acusações ao BE e aos seus deputados de falta de (...)
publicado na edição de hoje, 27 de abril, do Diário de Aveiro Debaixo dos Arcos 42 anos “depois do adeus”… Comemoramos, com especial incidência para a passada segunda-feira, o 42º aniversário do 25 de Abril de 74. Curioso é o facto de 42 anos depois de uma inquestionável libertação de Portugal de uma regime autoritário e ditatorial com 41 anos (...)
publicado na edição de hoje, 23 de março, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Entre a geringonça e a caranguejola Por mais horas de debate na generalidade e na especialidade, por mais que tenham sido as propostas de alteração aprovadas e rejeitadas, por mais que BE e PCP tenham afirmado que tudo não passa de “um mal menor”, por (...)
publicado na edição de hoje, 29 de novembro, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Chamo-me Democracia «Bom dia. Chamo-me Democracia e fiz 40 anos no dia 25 de Novembro» (quarta-feira). Volvidos 40 anos após o “25 de novembro de 75” Portugal volta a viver um evidente exercício ideológico na sua realidade política nacional. Não vale a (...)
Não se questiona a legitimidade do acordo PS-BE-PCP porque ele é democraticamente válida. Já algumas dúvidas surgem quanto à sua legitimidade política e quanto à sua solidez (tantas vezes já referenciado, aos quais se acrescenta mais uma: "o ilusório previsível (...)
publicado na edição de hoje, 25 de outubro, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos A machadada presidencial A legitimidade da indigitação de Passos Coelho como Primeiro-ministro é um acto da maior elevação constitucional e democrática. A legitimidade da indigitação de António Costa para Primeiro-ministro não é (...)
Já o afirmei por diversas vezes que a legitimidade da indigitação de Passos Coelho como Primeiro-ministro seria um acto da maior elevação constitucional e democrática. Já o afirmei por diversas vezes que a legitimidade da indigitação de António Costa para Primeiro-ministro não era uma questão de inconstitucionalidade mas sim de (...)
O 25 de Abril de 74 trouxe duas grandes conquistas: a Liberdade e a Democracia (esta, felizmente consolidada a 25 de Novembro de 75).
Mas a percepção e a concepção do valor da democracia (liberdade, respeito pela pluralidade, entre outros), volvidos quase 40 anos, estão ainda longe da esquerda "mais à esquerda" parlamentar.
Felizmente que PS, PSD e CDS vão tendo o bom senso de não deixar cair o valor e o significado da democracia.
E alguns exemplos são o espelho disso mesmo.
7 de abril de 1992 - Voto de pesar pelo falecimento de Salgueiro Maia (...)