Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
A história da nossa democracia (conquistada, simultaneamente, com a liberdade, a 25 de abril de 74) foi revisitada há uma semana, 25 de novembro, de uma forma mais forçada do que assumida, marcada mais pela discussão sobre o sentido da comemoração do que, propriamente, sobre o que a data representou ou significou. Importa recordar a frase proferida pelo General Ramalho Eanes, que uma determinada franja política e ideológica gosta tanto de enaltecer: “Momentos fraturantes não se (...)
(ilustração de Vasco Gargalo:www.instagram.com/vascogargalo / www.cartoonmovement.com/cartoonist/660, in jornal Público / P3) O mundo olha para os dois pontos quentes, Ucrânia e Faixa de Gaza, como os principais (quase únicos) centros da geopolítica mediática, esquecendo e ignorando outros flagelos humanitários - e diga-se, tão ou mais (...)
(ilustração de Marilena Nardi https://www.instagram.com/_marilena_nardi_/, em jornal Público) Assinalaram-se, ontem, três anos (30 de agosto de 2021) após a retirada das forças militares da NATO (Estados Unidos, Reino Unido, França, Canadá, Alemanha, juntando-se, a estas forças, a Austrália) do Afeganistão, avivando a memória dos dantescos acontecimentos no aeroporto de Cabul. Em 2 anos, com o mundo a (...)
Numa altura em que muito se fala (mal, diga-se) do papel da mulher e da família (ou de "alguma" família, diga-se também), voltamos à questão do marketing das causas e do ativismo publicitário. E bem. Desta vez o lançamento da campanha "O assédio em locais públicos não é uma brincadeira", lançado pela L'Oréal Paris, recentemente, em Portugal. O verdadeiro papel da mulher, um papel digno, igualitário e respeitado, seja na família, seja na sociedade... não é brincadeira de (...)
Publicada na edição de hoje, 11 de março, do Diário de Aveiro (pág. 23) Ainda a propósito do Dia Internacional da Mulher, assinalado na passada sexta-feira, porque esta luta, infelizmente, ainda tem que ser diária e travada. E ainda, porque esta, por respeito e dever cívico, deve ser uma causa também dos homens. Que mais não seja, pelo respeito e pelas desculpas que são devidas às mulheres, pelos nossos comportamentos, as nossas ações, as nossas omissões, os nossos (...)
Numa altura em que é óbvia a influência, na conflitualidade no Médio Oriente, de um dos Estados mais ditatoriais, autocráticos e teocráticos do mundo, a libertação (em fevereiro) de Yasaman Aryani e da sua mãe, Monireh Arabshahi, após quatro anos prisioneiras por defenderem os direitos das mulheres no Irão, é uma das marcas deste ano de 2023. No mesmo ano em que, a 6 de outubro, a Academia Nobel decidiu atribuir o Prémio Nobel da Paz 2023 a Narges Mohammadi, jornalista e (...)
mais do que o alegado caso Boaventura Sousa Santos e o CES.
mparaujo
Sobre os denunciados casos de assédio sexual que envolvem o professor universitário Boaventura Sousa Santos e o Centro de Estudos Sociais, em Coimbra há demasiados contextos que não podem ser, depois de tudo o que algumas das mulheres passaram e disseram (mais uma vez, as Mulheres!!! - a lembrar Maria Botelho Moniz, por exemplo), ignorados ou marginalizados. 1. A (...)
Propositadamente escrito ontem (Dia Internacional da Mulher) e, igualmente, publicado hoje, a propósito. Há o argumento (válido e legítimo) tantas vezes usado de desvalorização das efemérides, ou de algumas efemérides, sob o pretexto da inércia e indiferença nos restantes 364 dias do ano. É verdade... é a contestação da realidade, da triste realidade, de inação e de ausência de atitude, individual e coletiva, perante factos e contextos, em muitas das situações a roçar (...)
O princípio é, ou deveria ser, mais que óbvio: a violência, como manifesta forma de atropelo aos mais elementares direitos humanos e um atentado à dignidade humana, é condenável e reprovável. Se a isto acrescentarmos a "fragilidade" (no seu sentido mais lato) da vítima, passa a ser repugnante. Em todos os casos, é CRIME. No caso da violência contra as mulheres, representa um medievalismo repulsivo, uma total incapacidade na integração e aceitação do outro (seja qual for a (...)
até pode ser com um desenho para facilitar e eu perceber melhor. Em 2016 a Comissão Europeia instituiu o dia 2 de novembro como o Dia Europeu pela Igualdade Salarial. Portugal transferiu a data que se celebrava em março para este dia, adoptando assim a decisão da União Europeia. É pena que António Costa, a despropósito e sem aparente razão política, tenha substituído Catarina Marcelino, então Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade de Género (diga-se com um (...)
O mês de março iniciava-se com as polémicas, condenáveis e abjectas declarações do eurodeputado polaco a poucos dias do Dia Internacional da Mulher, aqui retratado (A questão de altura, força e QI.) e destacado pela equipa do Sapo. Felizmente, as (...)
8 de março... Dia Internacional da Mulher. A luta teve início ainda no século XIX, por volta de 1909 ou 1910. Prolongou-se por anos e anos a fio, sem ver, em pleno século XXI, em 2017, o seu fim. Só em 1977 a ONU reconheceu o Dia Internacional da Mulher (fixando a data neste dia 8 de março) sem que, hoje, o dia seja celebrado em todo o mundo (longe disso... 67 países dos 193). Volvidos 107 anos, chegados a 2017, este é um dia de vergonha para as sociedades e as comunidades (recordando o que já aqui referi há seis dias (...)
Ou melhor dizendo... como a estupidez humana nos revela seres abomináveis e deploráveis. E não é, infelizmente, de tempos a tempos... é regular e frequentemente. A notícia é, em primeira instância, revelada pelo El País (a fonte recolhida é através do Diário de Notícias). Um eurodeputado polaco, Janusz Korwin-Mikke, em pleno Parlamento (...)
A propósito do Congresso do CDS que elegeu ou confirmou Assunção Cristas na liderança centrista após a saída de Paulo Portas.
Sem qualquer pretensão analítica, do ponto de vista político, este congresso do CDS que marca uma difícil e imprevisível era "pós-Portas" fez-me recuar até ao "day after" das eleições presidenciais de janeiro passado e às infelizes (no mínimo) referências de Jerónimo Sousa à candidatura de Marisa Matias pelo Bloco de Esquerda.
E fez-me recordar (...)
Apesar do ano de 2015 (que ainda não terminou) registar um decréscimo no número de mortes (menos 14 que em 2014) que resultaram de violência contra as mulheres (não só a doméstica, entenda-se), 27 mulheres assassinadas são sempre números que envergonham em pleno século XXI ( 2,5 mortes/mês). Bastava uma para a indignação... simplesmente. A par destes números avançados pelo Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA) acresce ainda 33 vítimas de tentativa de homicídio. Para (...)
O dia de hoje, para além da particularidade do 39º aniversário do 25 de novembro de 75, é marcado pela campanha "Basta que me batas uma vez" do Dia Internacional pela Eliminação da (...)
publicado na edição de hoje, 3 Agosto, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos
Virado do avesso
A agenda mediática tem um duplo impacto. O primeiro tem a faculdade de focar a opinião pública num assunto/tema relevante no momento. O segundo tem o revés de desviar a atenção sobre outras realidades. Recordando o ditado: foca a árvore e esquece a floresta.
O recente caso do BES tem essa vertente mediática. Sendo certo que o assunto é de relevante importância nacional, pelos (...)
ainda pelas liberdades... Hoje (também) é Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. Como a maior parte das datas/efemérides não deixa de ter um valor simbólico. A questão prende-se com a dimensão desse simbolismo. É uma clara chamada de atenção pelo forma como são "atropelados" os mais elemenatres direitos humanos, ao caso contra as Mulheres. Entretan (...)