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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

27.Jan.25

O harakiri da democracia

o mundo ainda consegue ficar pior...

mparaujo
(fonte: Reuters) O pior dos sistemas políticos, excluindo todos os outros, tem esta trágica versatilidade de se robustecer e reforçar, e, simultaneamente, de se autodestruir e suicidar. No início deste século XXI (em 2001), a propósito dos ataques de 11 de setembro, colocava-se, amiúde, a questão se o mundo estaria ou não mais inseguro e perigoso. Todos os acontecimentos posteriores ressuscitaram o pesadelo da Guerra do Golfo, na década de 90. A Invasão do Iraque, o terrorismo, (...)
15.Dez.24

A via verde da mercantilização da sobrevivência

mparaujo
O Governo, “assessorado” pelas diversas associações do setor económico nacional, nomeadamente, indústria, construção civil, agricultura/pescas e turismo (restauração e hotelaria), chegou, finalmente, a uma conclusão óbvia, apesar de questionável quanto aos princípios e valores que sustentam a sua difusa argumentação. Depois da propaganda governativa (falhada… totalmente falhada) na instrumentalização da atuação e missão da das forças policiais em alguns bairros (...)
18.Nov.24

Dia Nacional do Mar: desafios à deriva

mparaujo
Há um Dia Mundial do Mar (26 de setembro), um Dia Europeu do Mar (21 de maio) ou, ainda, um Dia Mundial dos Oceanos (8 de junho). Faz algum sentido Portugal celebrar o Dia Nacional do Mar (16 de novembro)? Não só faz, como deveria ser feriado nacional. Mais, ainda, como, por exemplo, no caso da mobilidade (e bem), também deveríamos ter a Semana Marítima. Pelo menos teria a virtude de ampliar, por mais dias, a consciencialização política e social (económica, científica e (...)
05.Ago.24

Welcome. Bienvenue. Willkommen… a 12,7% do PIB

mparaujo
O turismo em Portugal foi responsável por 12,7% do PIB em 2023 (metade do crescimento do PIB: 2,3%), injetando na economia 34 mil milhões de euros de receitas (apesar do fator inflação), resultado do contributo da “visita” de perto de 30 milhões de turistas (dados do INE). Isto são boas ou más notícias? Nem sim, nem não, antes pelo contrário. O mesmo já não se poderá dizer quando é expectativa do Governo chegar a 2033 e arrecadar mais de 56 mil milhões de euros de (...)
10.Jul.24

O comércio também se cansa e merece repouso

mparaujo
Nas últimas 3 décadas, sensivelmente desde 1996, quando a questão do alargamento ou redução de horários laborais, concretamente no setor do comércio, era colocada, havia uma tendência instalada de misturar conceitos e argumentos que em nada ajudavam à solução. Em alguns casos, acabavam mesmo por serem de tal forma surreais que provocavam um efeito contrário ao esperado. Recorde-se, por exemplo, o argumento da prática religiosa. Obviamente que não é pela abertura do (...)
12.Abr.24

Da série... as pessoas e o país #05

mparaujo
(infografia: jornal ECO) A propósito do primeiro dia de trabalhos no Parlamento para a discussão do Programa do Governo, Manuela Ferreira Leite, na CNN Portugal, trazia de volta o chavão e o mito populista e eleitoralista do empobrecimento de Portugal. Nunca se colocou em causa o facto do país ainda ter um longo e penoso caminho a percorrer para igualar a média europeia e ganhar dimensão financeira, económica e social que permite colocar Portugal no pelotão da frente da União Europeia. (...)
08.Jan.24

Horóscopo político e social para 2024

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 8 de janeiro, do Diário de Aveiro (página 10) Tudo indicava que, após os dois anos negros da pandemia, as nossas vidas tomassem o rumo da normalidade. Nada apontaria para que o mundo assistisse e sofresse os impactos da inqualificável invasão da Rússia à Ucrânia, com as conhecidas (e sentidas) consequências na economia internacional, para além, obviamente, do desfecho na vida dos ucranianos. Àdificuldade sentida por parte da comunidade (...)
23.Ago.23

Agosto também se escreve com ‘J’ (parte 4 de 4) - O jejum político pós Pontal

mparaujo
Se a histórica sealy season já não é o que era, também não fará grande sentido que os partidos não consigam reinventar e insistam nas tradicionais (e cada vez mais banalizadas) rentrées políticas. Já nem para consumo interno, nem para o debate político-partidário, servem. A mais recente Festa do Pontal, realizada a 14 de agosto, na Quarteira, é disso claro exemplo. Do rescaldo da rentrée social-democrata fica o vazio estratégico do partido e nem como “prova de vida (...)
02.Mar.23

Da série... os inconseguimentos #10

comparar o incomparável por mera desonestidade política e populismo.

mparaujo
A notícia surgiu na edição do Jornal de Notícias de ontem (1 de março). Independentemente da factualidade do título ("Nem com a troika se cortou tanto na alimentação"), a desonestidade política e intelectual com que grande parte do universo 'laranja' saiu a terreiro para defender (o indefensável) o seu sebastianismo partidário e criticar o (...)
28.Ago.22

Portugueses dão lição de economia

a literacia financeira dos portugueses é mais alta do que muitos pensam ou querem fazer crer

mparaujo
Esta ideia de que os portugueses são económica e financeiramente ileteratos e que qualquer bonito 'soundbite' leva ao engodo, é, acima de tudo, de um provincianismo bacoco e de uma demagogia política do pior do populismo. Aos portugueses, aos que não são da área, obviamente, pouco lhes interessa conceções e princípios técnicos e académicos. Mas muito menos, interessam os populismos político-partidários. Aos portugueses, o que interessa são os efeitos e impactos que as (...)
25.Dez.20

Um Natal pandémico... "the dark side"

ou outros números e realidades esquecidas da COVID-19

mparaujo
É tido como facto. O SARS-Cov2 enquanto problema grave de saúde pública e a sua propagação pandémica (as infecções e os contágios, os internamentos e, infelizmente, os demasiados óbitos); a ciência e o esforço recorde para a descoberta e validação de uma vacina(s); a saturação do SNS e o esforço heróico, ininterrupto, dos profissionais de saúde (entre outras profissões que mantiveram alguma normalidade nas nossas vidas, nas nossas rotinas e na sociedade: segurança (...)
17.Out.20

Hojé é dia de...

como a pandemia reforça a importância do Combate e Erradicação da Pobreza...

mparaujo
Hoje, 17 de outubro, é "Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza", decretado pela ONU em 1992. No entanto, a origem deste alerta mundial para a defesa dos mais pobres e desfavorecidos já tinha tido o seu ponto alto, em 1987, quando cerca de 100.000 pessoas se reuniram na "Praça dos Direitos Humanos e Liberdades" no Trocadéro, em Paris, para homenagear as vítimas da pobreza, fome, violência e do medo a propósito da inauguração de uma pedra que homenageou o Padre Joseph (...)
17.Out.20

Da série... não nos tomem por parvos #08

do populismo político ao assobiar para o lado (por conveniência)

mparaujo
Na política portuguesa a (infeliz) tradição ainda é o que era (e cada vez mais): "o que hoje é verdade, amanhã... logo se vê". Nem vale a pena o trabalho e a perda de tempo com os exemplos. São mais que muitos e constantes. Não foi, por isso, uma surpresa a continuidade na gestão do dossier TAP e o anúncio de mais 1.600 despedimentos (depois de consumados 1.200). E muito menos surpreendente se tivermos em conta o titular do processo: o ministro Pedro Nuno Santos. O mesmo que, em (...)
19.Jul.20

Sentimento defraudado

entre confinamentos e desconfinamentos... um enorme risco para que tudo acabe mal.

mparaujo
A frase da "reflexão (desta) semana" recorda Sá Carneiro, no ano de 1978, e termina com a expressão forte: "(...) nós estamos a ver mais uma vez que o Povo Português foi defraudado da sua boa-fé". E fomos... Havia, apesar de alguns erros, alguma perspectiva de que Portugal sairia por cima no combate e na mitigação da COVID-19. Mas do expectável "milagre português" e de algumas referências como "exemplo internacional", rapidamente se passou a um sentimento de decepção e (...)
31.Mai.20

Às portas da crise... o governo "autodesconfinou"

Afinal, em tempos de guerra, mudam-se generais (e com muitas estrelas)

mparaujo
É, hoje, mais que claro que o Governo, mais precisamente António Costa, tem um problema político interno, que não será de fácil (di)gestão: chama-se Mário Centeno. Abrandada (pelo aparentemente) a principal vertente da pandemia - a saúde - entrando já, com sinais evidentes, na preocupante vertente das respostas sociais, afiguram-se, para bem breve, os sintomas e os impactos na economia (nacional e global). É neste contexto que, no mínimo, surge como curiosa e surpreendente a (...)
07.Mar.20

Em tempos de crise... o portuguesismo saloio

mparaujo
Em tempos de crise o racionalismo, a responsabilidade, o respeito pelo outro, o sentido colectivo/comunidade, a serenidade deveriam ser princípios fundamentais. E são-no por muitos desses países fora, nomeadamente em grande parte da Europa. Em Portugal... também não! Em tempos de crise somos um país carregado de parolos, chicos-espertos, sem qualquer pingo de responsabilidade e moral. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o uso de máscaras é recomendado para quem estiver (...)
20.Jan.20

O lado A...ngola

mparaujo
Não. Nesta história do Luanda Leaks não há um lado B. As coisas são o que são e são-no em todos os contextos. A "panela de pressão" rebentou... fervia há anos, suspeitava-se o que estava a ser "fervido" ou "cozinhado", apesar da falta provas. Não há, por isso, qualquer novidade na bomba que rebentou nas praças internacionais (não apenas em Angola ou Portugal) neste fim de semana e que tem ocupado o mediatismo da actual agenda. As suspeitas sobre o enriquecimento de Isabel dos (...)
19.Abr.19

Tocam os sinos nos interior do PS após a greve. O país já não vai em ilusões.

mparaujo
A premissa é mais que válida, responsável e politicamente ética. Rui Rio tem toda a razão quando afirmou, sobre os constrangimentos causados pela greve dos motoristas de matérias de perigosas: (o Governo) «Não pode fazer mais, não vou atacar o Governo naquilo que o Governo não tem responsabilidades, senão não estaria a ser sério». Se, de facto, existe (e deve existir sempre) uma barreira de legitimidade de intervenção do Estado na vida privada, também não deixa de ser (...)