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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

20.Jan.25

Até setembro é sempre a piorar

mparaujo
(fonte da foto: RIA - Rádio Universitária de Aveiro) Apesar de ainda(?) faltarem cerca de 8 meses para que os 308 municípios e as cerca de 3.400 freguesias, dependendo do resultado da aprovação dos processos pendentes de desagregação, fiquem a conhecer o seu novo ciclo de gestão autárquica, “o verão quente” da política local já fervilha de norte a sul do país, independentemente da dimensão ou peso mediático dos territórios. São os ciclos autárquicos (3 exercícios (...)
16.Set.24

Um Orçamento do Estado com medo da crise política

mparaujo
(crédito da foto: José Sena Goulão/Lusa, in Jornal Económico) O Orçamento do Estado, na sua especificidade, é um instrumento provisional/previsional da aplicação das finanças públicas nas várias áreas de intervenção do Estado, gerindo, com imperativo legal, a aplicação das receitas em função das despesas previsíveis. Mas é, também, muito mais do que um plano financeiro e contabilístico. Na sua base, estruturação e gestão está implícita a vertente política: a da (...)
27.Ago.24

Mas qual é a pressa?

mparaujo
A expressão ficou marcada na gíria política depois de “patenteada”, em 2013, por António José Segura, à data líder do PS, quando surgiram críticas internas e a pressão para a realização de um congresso, contexto que, mais tarde, culminaria com a chegada de António Costa à liderança socialista. Desde então, não raramente, surge o recurso à expressão “qual é a pressa?” para questionar o surgimento de contextos a destempo e inoportunos, de spinningque desvia o (...)
07.Jul.24

Merci, França

mparaujo
Depois do “amargo de boca” de sexta-feira passada (sim, no futebol), eis que a França nos dá, hoje, uma excelente notícia, uma enorme lufada de esperança e alegria. Os franceses perceberam o que se jogava neste domingo e foram votar maciçamente na defesa da Democracia, dos valores republicanos da Liberdade, Igualdade e Fraternidade e, principalmente, derrotaram a extrema-direita, o nacionalismo ideológico, o ataque à democracia e aos mais elementares direitos, liberdades e (...)
28.Mai.24

Até as Desertas e as Selvagens votam sempre no mesmo

mparaujo
Apesar de alguma esperança numa alteração do ciclo governativo e político no Arquipélago da Madeira, a verdade é que os resultados eleitorais as Eleições Regionais deste domingo não são, na sua globalidade, surpreendentes. A surpresa mais relevante é, face à aritmética política, a possibilidade de voltar a haver eleições com o chumbo do Pograma do Governo, que será apresentado na Assembleia Legislativa Regional e que tem carácter vinculativo para que o Governo assuma a (...)
25.Mar.24

Cai o pano eleitoral. Até quando resistirá a nossa democracia?

mparaujo
(fonte: Jornal Notícias - infografia de Isidro Costa e Tiago Coelho) Publicado na edição de hoje, 25 de março, do Diário de Aveiro (página 10) Concluída a contagem dos votos dos dois círculos da emigração cai o pano sobre os resultados das Legislativas de 10 de março de 2024. Não há nada mais que óbvio do que considerarmos que quem vence uma eleição é quem, nem que seja por um voto, é o mais votado. Nada mais simples. Portanto, tendo a AD conquistado cerca de mais 50 mil (...)
04.Mar.24

Na reta final… abril começa em março.

mparaujo
(Publicado na edição de hoje, 4 de março, do Diário de Aveiro, página 18 ) Entramos na derradeira semana da campanha eleitoral, rumo às eleições legislativas de 10 de março. Independentemente dos partidos anunciarem os seu programas e compromissos eleitorais, de os disponibilizarem, para consulta pública, nas suas plataformas digitais, a verdade é que são muito poucos os portugueses que os leem. Por outro lado, as afirmações proferidas no rolar da campanha, pelos mais (...)
03.Mar.24

O “fogo amigo” na campanha eleitoral

mparaujo
O que temos assistido nesta última semana é que o aparecimento de determinadas figuras públicas e políticas no palco mediático tem gerado, na opinião pública, um conjunto de circunstâncias e realidades que trazem para o espaço público o avivar da memória de uma má experiência coletiva para os portugueses. O que tem, ainda, provocado um conjunto de “zig-zagues” discursivos e permanentes alterações de retórica que o cavam desconfiança, indiferença e repulsa, para além (...)
02.Mar.24

Um rumo... um caminho certo.

mparaujo
(crédito da foto: Daniel Rocha / Público) São infundadas e levianas as considerações que muitos fizerem sobre esta impactante imagem captada pela objetiva do fotojornalista do jornal Público, Daniel Rocha. Desde os mimos "um homem só", "sem passado e sem futuro" até ao já desgastado chavão da "incompetência", tudo serve para a crítica. Mas a verdade é que a foto tem um simbolismo político que desarma. É mais que óbvio que o caminhar de Pedro Nuno Santos tem um objetivo (...)
13.Fev.24

Anticiclone (político) dos Açores

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 12 de fevereiro, do Diário de Aveiro (pág. 6) Sim… falamos de tempo da democracia e falamos de tempo político. Um anticiclone subtropical, no qual se insere o Anticiclone dos Açores, é caracterizado por uma massa de ar quente e sem humidade, e, por isso, relacionado com um céu limpo e sem nuvens. No caso da atual conjuntura política açoriana ele contraria, em tudo, qualquer princípio da meteorologia: muita nebulosidade e correlações partidárias (...)
08.Fev.24

Às armas! Às armas!... "Secos e Molhados", versão 2.0

que a memória não se apague... (governação de Cavaco Silva)

mparaujo
(imagem: período de governação de Cavaco Silva / PSD - manifestação da PSP denominada "Secos e Molhados") O direito à greve é um direito, não sendo absoluto, respeitável e legítimo, desde que, obviamente, coerente e realista. Mas é um direito natural, estruturado no direito a liberdade de expressão e sustentado na legitimidade da reivindicação de melhor qualidade de vida, melhor qualidade laboral e do justo rendimento. Nada disso se pretendeu colocar em causa na greve dos (...)
31.Jan.24

O chamado 'centro-direita' radicalizou-se

mparaujo
Adjetivar o PS e Pedro Nuno Santos de "radicais" ao lado (ou comparando) deste PSD extremado e radicalizado é o mesmo que chamar-lhes "meninos de coro". Esta já tinha sido a retórica usada em 2015 quando o PSD acusou António Costa de radical. Volta a ser a mesma argumentação (face à notória falta de outra) que o PSD usa, em 2023/2024, para criticar Pedro Nuno e o PS, pretendendo com isso denegrir o período da geringonça que, curiosamente e contra-ciclo, a maioria dos portugueses (...)
25.Jan.24

Atirar pedras e esquecer os telhados de vidro

mparaujo
A política sem lógica, sem conformidade ou despejada de coerência não é mais do que um mero exercício de populismo ou de pura demagogia eleitoralista. Em plena campanha e confronto eleitoral a falta de redobrado cuidado deturpa a mensagem e a retórica e apenas favorece radicalismos e extremismos. À mistura de um conjunto de promessas de medidas e políticas, mais sustentadas em “crenças e credos” do que realistas e demonstrativas de alternativa credível, o PSD acusa o PS de (...)
22.Jan.24

Os votos que atravessam o Atlântico

os eventuais reflexos nacionais das eleições regionais nos Açores

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 22 de janeiro, do Diário de Aveiro (página 15) As Eleições Legislativas Regionais dos Açores agendadas para daqui a duas semanas, no dia 4 de fevereiro, são, na atual conjuntura política nacional, mais do que um processo eleitoral tradicional (para não dizer, normal). Por norma, os processos eleitorais valem por si só, são particulares e específicos nos seus objetivos e esgotam-se nos seus resultados finais. Só que o atual contexto político é (...)
20.Jan.24

Títulos "à la carte"

infelizmente, numa plena coincidência com o 5.º Congresso dos Jornalistas

mparaujo
(fonte da imagem: adaptado/recorte da infografia da revista Visão - 15.01.2024 / 08:00) É indesmentível que há, nalguns órgãos de comunicação social, uma escondida "agenda editorial", mais ou menos camuflada para não colidir com o código e regime jurídico do jornalismo. Um das formas de contornar o rigor, a ética, a transparência e a isenção é recurso a títulos de notícias feitos à medida do fato que se quer vestir, focados no que dá mais jeito à tendência editorial. Num (...)
08.Jan.24

Horóscopo político e social para 2024

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 8 de janeiro, do Diário de Aveiro (página 10) Tudo indicava que, após os dois anos negros da pandemia, as nossas vidas tomassem o rumo da normalidade. Nada apontaria para que o mundo assistisse e sofresse os impactos da inqualificável invasão da Rússia à Ucrânia, com as conhecidas (e sentidas) consequências na economia internacional, para além, obviamente, do desfecho na vida dos ucranianos. Àdificuldade sentida por parte da comunidade (...)
06.Jan.24

Sobre uma 24.ª reunião magna

mparaujo
Mesmo antes do encerramento, que deverá apresentar a apoteose do congresso (pelo menos a fazer fé nas tradições congressistas e das convenções dos partidos), há já dois momentos chaves na reunião magna dos socialistas. Por uma questão de ética política, independentemente dos convicções partidárias de cada um, sejamos, no mínimo, democraticamente honestos. A política e o confronto ideológico-partidário ainda têm ética republicana e podem ser dignificados e (...)
02.Jan.24

O sebastianismo político

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 2 de janeiro, do Diário de Aveiro (página 15) Tem sido um dos pratos fortes do confronto político nesta pré-campanha eleitoral, ou, nalguns casos, da propaganda eleitoralista: o “regresso ao passado político”. Uma necessidade estratégica sentida, particularmente, à direita (PSD e CDS) face à enorme dificuldade que tem demonstrado em se afirmar, junto dos portugueses e, inclusive, junto do próprio eleitorado, como uma alternativa válida e (...)