Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
O que não significa que não tenham surgido, na maioria dos Estados-membros da União Europeia, manifestos resultados eleitorais preocupantes para a democracia e o futuro da Comunidade Europeia. Mas já lá vamos... Comecemos por Portugal. Seja por poucachinho (uma diferença, aliás, maior do que nas legislativas, considerando sempre que a AD é uma coligação e não uma força partidária isolada, PSD ou CDS), seja com a perda de um eurodeputado (face à redistribuição aritmética (...)
No dia 8 de maio, a Fundação Francisco Manuel dos Santos apresentou um estudo a propósito do Dia da Europa no qual identifica Portugal como um dos países mais europeísta e que mais confia nas instituições europeias (2 em cada 3 portugueses, cerca de 56,3%. Acima da média europeia: 50,7%). O estudo revela ainda que quase 70% dos inquiridos criticam a inação da UE perante Gaza e Kiev, acham que deveria fazer mais quanto à invasão da Ucrânia e à guerra em Gaza. Perante os (...)
As eleições europeias de 6 a 9 de junho de 2024 (9 de junho em Portugal) têm tudo para serem diferentes das anteriores ou, pelo menos, têm particularidades muito singulares. Desde as eleições de 2019, a Europa, nomeadamente a União Europeia, passou por uma pandemia que exigiu um esforço solidário entre os 28 Estados-membros, uma pandemia que gerou uma crise financeira interna e uma exposição à pressão dos mercados externos, a saída do Reino Unido e o necessário (...)
Estamos a menos de um mês, cerca de 3 semanas, das Eleições Europeias (9 de junho, em Portugal). Tal como em Portugal, nas Legislativas de 10 de março último, estão em jogo demasiados desafios e pressões no que respeita ao presente e futuro da União Europeia. Seja na coesão e consolidação dos seus valores (solidariedade na diversidade, pela responsabilidade social, pela diversidade cultural e histórica, pela paz e pela prosperidade/desenvolvimento), seja na defesa e (...)
Quando ficámos a conhecer a constituição do Governo, nos ministérios e secretarias de Estado, a primeira reação foi de alguma incerteza e bastantes dúvidas quanto ao seu desempenho. Não se esperaria é que acontecesse tudo tão rapidamente. Não alinho no princípio e no pressuposto de que são apenas as políticas que contam e não os rostos de quem governa. O desempenho depende dos dois fatores conjugados: políticas/medidas e políticos/executores. Ao fim de quase 30 dias de (...)
(créditos das fotos: Paulo Spranger e Reinaldo Rodigues / Global Imagens. Fonte: DN) A direita, nomeadamente as hostes do PSD (e, nomeadamente os hustlers ou os bots das redes sociais) de forma hipócrita e desonestas, tem tentado disfarçar o incómodo interno que gerou a escolha do PSD do seu cabeça de lista às eleições Europeias. Mas disfarçam mal. A DESONESTIDADE POLÍTICA As críticas e a demagogia balofa recaíram sobre as opções do PS para os três primeiros lugares da (...)
Os dados/factos (aproximados, face ao que é conhecido e divulgado na hora em causa): PS - 34,6% (9 eurodeputados) PSD - 25,4% (6 eurodeputados) BE - 9,4% (2 ou 3 eurodeputados) CDU - 6,7% (1 eurodeputado) CDS - 6,2% (1 eurodeputado) PAN - 5,0% (1 eurodeputado) Abstenção - 69% As reflexões... Nota 1 - Em política é muito fácil cair na tentação de transformar derrotas em vitórias ou sobrevalorizar as vitórias. Pela democracia, isso não cabe aqui. Apenas a análise dos factos. Not (...)
Estamos a pouco mais de um mês da data em que se realizam as eleições europeias: 26 de maio. Isto num momento em que a Europa atravessa uma grave crise de identidade e se questiona o seu futuro: o crescimento do populismo, o surgimento dos extremismos (em ambos os opostos), o aumento do eurocepticismo e, no topo da agenda mediática, o caso do Brexit. E mais... a Europa começa aqui, dentro das nossas portas, e não é uma realidade tão afastada do nosso quotidiano. Bem pelo contrário. Ne (...)
publicado na edição de hoje, 13 de agosto, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos
O defraudar político
É geneticamente uma realidade portuguesa, não tenhamos dúvidas. Injustamente, os portugueses facilmente incorrem na crítica fácil aos políticos, aos partidos políticos, à democracia, às instituições, ao sistema. Porque são isto, são aquilo, não servem para nada, não fazem nada, só estorvam, têm uma péssima imagem e credibilidade. E quando se está do outro lado da (...)
publicado na edição de hoje, 28 de maio, do Diário de Aveiro
Debaixo dos Arcos
Rescaldo eleitoral europeu
Primeira nota para os resultados. Apesar do PS ter sido o partido com maior percentagem, número de votos e número de eleitos (o que, matematicamente o rotula como vencedor das eleições europeias de 2014), a verdade é que o pódio deve ser repartido por dois claros vencedores destas eleições: a CDU que reforça a sua presença europeia e surge, neste caso, como a terceira (...)
Conhecida a totalidade dos eurodeputados eleitos, confirmando-se o que já era esperado face aos resultados apurados no domingo (PS 8; PSD/CDS 7; CDU 3; MPT 2; BE 1), ficam aqui algumas notas que servem de antevisão ao artigo que será publicado na edição de amanhã, 28 de maio, do Diário de Aveiro. 1. Apesar do PS ter conquistado o maior número de eurodeputados e o maior números de votos verdade é que os dois grandes vencedores destas eleições, me Portugal, foram a CDU e o MPT (...)
A RTP, infelizmente, não pára de surpreender com a polémica em torno do programa com José Sócrates. Por mais que me queira restringir à questão jornalística, tal como o fiz em "José vs José... mais que mera polémica.", a verdade é que depois da confrontação entre as posições do provedor do espectador da RTP e do Director de Informação da televisão pública os (...)
Publicado na edição de hoje, 13 de abril, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos
Olhar as europeias
Retomo as preocupações expressas no artigo publicado neste espaço, no passado dia 19 de março (“O ‘inconseguimento’ europeu”): a previsão de elevada abstenção eleitoral; uma campanha centrada na política interna; o desconhecimento generalizado do papel e da (...)
O título poderia ter um significativo número diferenciado de expressões. Por exemplo, "como perder as eleições numa só noite"; "a ingratidão política"; "do mérito à prateleira"; "as incoerências de Seguro"; "o peso da oposição socialista"; etc. A pré-campanha eleitoral para as eleições europeias do próximo 25 de maio não me parece ter merecido, por parte do PS e, (...)
Ainda no rescaldo das eleições europeias do passado dia 7...Se é certo que o acto eleitoral em causa pretendia, exclusivamente, eleger os 22 deputados que representarão (espera-se) Portugal em Bruxelas, também não é menos verdade que a campanha, o sentido de voto dos portugueses e os resultados verificados têm tudo a ver menos com o Parlamento Europeu. Na prática foram muito poucos os portugueses que votaram conscientemente para a eleição europeia.E este é um facto, somado ao (...)
Está perfeitamente actual o que escrevi no Diário de Aveiro, há uma semana atrás e que está referenciado no post anterior. "Para PS e PSD a disputa eleitoral resume-se à imagem de umas eleições primárias. Se o PSD se aproximar, em intenções de voto, do PS, relança o combate político para Outubro e relança a hipótese de ser alternativa (...)
Publicado na edição de ontem (28.05.09) do Diário de Aveiro. Sais Minerais A Europa absentista. Este é um verdadeiro ano político. Por força desse facto, um ano eleitoral mas também eleitoralista. E eleitoralista, no pior do seu conceito. Não bastava a iliteracia política da maioria dos portugueses, para entrarmos e assistirmos àqueles ciclos onde muito se fala, pouco se aprofunda ou concretiza, onde “ganha” quem falar mais alto (em bom português: “quem berrar mais alto”). (...)