Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
(crédito da foto: Evan Vucci/AP, in Euronews) Mais do que centrar o focusem Kamala Harris, o Partido Democrata deve olhar, primeiro, para si mesmo e se tudo foi feito para que o resultado eleitoral tivesse sido outro. Sou dos que subscrevem que Kamala foi a melhor escolha, a melhor candidata, realizou um enorme e excelente trabalho face ao tempo, às circunstâncias políticas e aos desafios. Agora, conhecido o desfecho é fácil julgar, mas muitos dos que soltam críticas, são os que, (...)
(crédito da foto: Angela Weiss / AFP, in DN) Nesta semana muito se disse sobre as eleições presidenciais americanas que irão escolher o próximo inquilino da Sala Oval, na Casa Branca. E muito ainda haverá por contar até novembro. O que é surpreendente é a reação naïf, um distanciamento ingénuo assumido e consciente, em relação ao que se passa nos Estados Unidos. A maioria dos portugueses acha que é assunto que só a eles diz respeito porque as eleições norte-americanas (...)
O que não significa que não tenham surgido, na maioria dos Estados-membros da União Europeia, manifestos resultados eleitorais preocupantes para a democracia e o futuro da Comunidade Europeia. Mas já lá vamos... Comecemos por Portugal. Seja por poucachinho (uma diferença, aliás, maior do que nas legislativas, considerando sempre que a AD é uma coligação e não uma força partidária isolada, PSD ou CDS), seja com a perda de um eurodeputado (face à redistribuição aritmética (...)
(crédito da foto: jornal Mundo Português - arquivo) Mais do que a justiça histórica e cultural de se assinalar, hoje, 10 de junho de 2024, o falecimento do poeta e dramaturgo Luís de Camões, há 46 anos que este Feriado Nacional é, também, o Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas. É, por isso, inevitável não falarmos, hoje, dos nossos Emigrantes (imigrantes/estrangeiros num outro qualquer local do mundo) e de Migração. Concluído, ontem, o processo eleitoral para o (...)
No dia 8 de maio, a Fundação Francisco Manuel dos Santos apresentou um estudo a propósito do Dia da Europa no qual identifica Portugal como um dos países mais europeísta e que mais confia nas instituições europeias (2 em cada 3 portugueses, cerca de 56,3%. Acima da média europeia: 50,7%). O estudo revela ainda que quase 70% dos inquiridos criticam a inação da UE perante Gaza e Kiev, acham que deveria fazer mais quanto à invasão da Ucrânia e à guerra em Gaza. Perante os (...)
(Publicado na edição de hoje, 26 de fevereiro, do Diário de Aveiro - página 15 ) Neste sábado passado, no dia 24 de fevereiro, assinalaram-se os dois anos de resistência estoica do povo ucraniano contra a invasão bárbara e totalmente injustificada perpetuada pelo regime russo, assente e argumentos completamente surreais que apenas servem para alimentar e justificar a ânsia de um regresso ao passado imperialista soviético. Tudo começou entre os dias 20 e 24 de fevereiro de 2022, (...)
449 depois da entrada, no país, das tropas invasoras russas
mparaujo
(fonte da foto: britannica.com) Desde a madrugada (3:30) do dia 24 de fevereiro de 2022 que a Ucrânia, o seu povo e o seu presidente Volodymyr Zelenski, resistem, com inigualável heroísmo, à barbárie da invasão russa. Por mais que a propaganda da Federação Russa queira disseminar um conjunto de argumentos, por si só, infundados e inaceitáveis, para justificar o injustificável, o facto é só um: há um país (Rússia) invasor, agressor e opressor que, sem uma única razão (...)
casos da ONU (Conselho de Segurança), União Europeia e FMI
mparaujo
(créditos da foto: Seth Wenig/AP, in Globo.com) Uma guerra (que é sempre, e em qualquer circunstância, injustificada e condenável) tem, acima de tudo, uma primeira consequência: a morte e a destruição. Partindo desta premissa óbvia, há, depois, um conjunto de circunstâncias e contextos que resultam, de forma positiva (se é que podemos falar em 'positivo' numa guerra) ou negativa. No caso da Invasão da Ucrânia, pela Federação Russa, há uma realidade que a guerra pôs a nu: (...)
com o decorrer do tempo... a responsabilidade pelo desfecho da guerra na Ucrânia cresce para a NATO,
mparaujo
Vergonha! Revolta! Desilusão! Desespero! São sentimentos que, de certa forma simpática, descrevem o que me vai na 'alma' perante o que é a passividade - repito, passividade - e deprimente calculismo da NATO, UE e USA perante o sofrimento, a destruição, a morte, a anexação ilegítima de um país soberano e livre como a Ucrânia. Sim... tem toda a razão o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, quando se dirigiu directa e legitimamente à NATO após esta ter recusado criar uma (...)
Por mais comentários e teses de geopolítica, geoestratégica, teorias e princípios da ciência militar que vão preenchendo horas a fio nas nossas televisões e jornais, a questão da Ucrânia é, acima de tudo e de todas as teorias, bem clara e simples (não queiram complicar o que é um facto evidente): a invasão da Rússia é um vil e intolerável ataque à liberdade e soberania de um Estado e de um Povo, sem qualquer justificação e legitimidade, uma inquestionável violação do (...)
Muitos dos eurocépticos e da esquerda europeia colaram sempre a Alemanha ao trono europeu, seja do ponto de vista político, seja do ponto de vista económico. A Alemanha é a Europa... a União Europeia (comissão, parlamento, eurogrupo, bce) é a Alemanha. Até esta semana... Quem é que passou então a mandar na Europa? Tal e qual... PORTUGAL. Mesmo que seja na Liga Europa de Futebol. Também conta... estamos à frente da Inglaterra (3), Espanha (3), Alemanha (3), Itália (2) e a (...)
Há um elefante no meio da sala que a muitos teimam não ver. O mundo está, hoje, numa perigosa escalada de instabilidade e conflitualidade social ou de contestações governativas. Veja-se o que se passa na América do Sul (Chile, Bolívia, Equador, Guatemala), no Médio Oriente (Líbano, Iraque, Iémen) ou em África (Etiópia, Argélia, Sudão, Burkina Faso, Somália, Ruanda, Zimbabwe, Líbia), na Ásia (Hong Kong). E, claro, o conflito internacional mais "mediático": Síria. Outra (...)
Do ponto de vista métrico, o óbvio: Barcelona fica a cerca de 1150 kms e Londres a 2030. Mas há outra distância que importa considerar e medir: a política e social. O Brexit espelha muito mais que um simples abandono do projecto europeu por parte do Reino Unido. Reflecte a necessidade urgente de se repensar a União Europeia, coincidente com o adiamento do alargamento à Macedónia do Norte e à Albânia, seja pela reavaliação do projecto europeu em si mesmo, seja no (...)
Regressemos ao pós-eleições Europeias 2019. Da vitória expressiva (pré)anunciada pelo PS ao abismo e afundamento do PSD, restou o sabor a "poucochinho". Dos cerca de 4% de votos conquistados, em relação a 2014, pelos socialistas resultou a eleição de 9 eurodeputados (e não 10 como esperado), mais 1 que nas anteriores eleições. Dos cerca de 2,48% a mais dos votos somados (PSD e CDS, já que em 2014 tinham concorrido coligados - 27,73% contra os 30,21% em 2019) resultou a (...)
O Parlamento Europeu escolheu, hoje, por uma margem reduzida (383 votos a favor, 327 contra, 22 abstenções e 1 nulo) o sucessor, ou neste caso, a sucessora de Jean-Claude Juncker para presidir à Comissão Europeia: a alemã, democrata-cristã, Ursula Von der Leyen (vice-Presidente da CDU e Ministra da Defesa do governo da Chanceler Angela Merkel). A tomada de posse da nova líder da Comissão deverá acontecer em novembro deste ano, faltando ainda a escolha dos 27 comissários europeus. Apes (...)
Os dados/factos (aproximados, face ao que é conhecido e divulgado na hora em causa): PS - 34,6% (9 eurodeputados) PSD - 25,4% (6 eurodeputados) BE - 9,4% (2 ou 3 eurodeputados) CDU - 6,7% (1 eurodeputado) CDS - 6,2% (1 eurodeputado) PAN - 5,0% (1 eurodeputado) Abstenção - 69% As reflexões... Nota 1 - Em política é muito fácil cair na tentação de transformar derrotas em vitórias ou sobrevalorizar as vitórias. Pela democracia, isso não cabe aqui. Apenas a análise dos factos. Not (...)
Nas várias reflexões e análises aqui feitas sobre a questão dos Refugiados e das milhares de vítimas que preenchem os fundos do Mediterrâneo, sempre defendi que a União Europeia (e a própria comunidade internacional) não está isenta de responsabilidades pelo que se passa nos vários pontos do globo (médio oriente, norte e centro África, como exemplos) e pela realidade vivida por milhares de pessoas. Também não foi isenta de críticas a União Europeia por causa do deplorável (...)
a propósito da reflexão de ontem, "Falsos Moralismos"... ou melhor... infelizmente, nem de propósito. Ainda há poucos meses (finais de março), Donald Trump, perigosamente armado em salvador do mundo, depois de bombardear a base militar síria em Shayrat, decidiu autorizar a que as suas altas patentes militares lançassem, na província de Nangarhar no Afeganistão, a chamada (...)
publicado na edição de hoje, 14 de maio, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Os suspiros eleitorais europeus O final do ano passado e o presente ano na Europa têm a marca de processos eleitorais importantes e relevantes para os Estados e para a União Europeia: o ano passado terminou com as eleições presidenciais austríacas e o ano em curso abriu com as legislativas holandesas. Até ao final do ano há ainda espaço para que os cidadãos franceses (legislativas em junho), (...)
publicado na edição de hoje, 1 de fevereiro, no Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Os telhados de vidro contra Trump Já o referi (escrevi) por diversas vezes que a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos é o maior erro da história da democracia nos dois últimos séculos. E não é por desrespeito pela infeliz decisão dos norte-americanos ou por pretender negar a importância do voto livre na essência da democracia. É precisamente a mesma democracia que (...)