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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

27.Jan.25

O harakiri da democracia

o mundo ainda consegue ficar pior...

mparaujo
(fonte: Reuters) O pior dos sistemas políticos, excluindo todos os outros, tem esta trágica versatilidade de se robustecer e reforçar, e, simultaneamente, de se autodestruir e suicidar. No início deste século XXI (em 2001), a propósito dos ataques de 11 de setembro, colocava-se, amiúde, a questão se o mundo estaria ou não mais inseguro e perigoso. Todos os acontecimentos posteriores ressuscitaram o pesadelo da Guerra do Golfo, na década de 90. A Invasão do Iraque, o terrorismo, (...)
23.Dez.24

As paredes que me envergonharam

É suposto ser Natal...

mparaujo
Longe vai, felizmente, o tradicional castigo escolar das costas voltadas para a sala e virado para a parede (com ou sem as respetivas “orelhas”). Mais do que servir como exemplo, era o recurso à humilhação como corretivo pedagógico. Também há poucos dias a dignidade humana e o país foram humilhados, embora, neste caso, sem qualquer sentido aceitável de correção ou de exemplo. Apenas a humilhação dos mais frágeis, a superioridade do poder pela força, uma condenável e (...)
27.Out.24

Segurança pública: direitos, cidadania, liberdade e democracia

mparaujo
(crédito da foto: Francisco Romão Pereira / Observador) Face à realidade polvorosa que se vive nos últimos dias, importa mais a serenidade pública do que atiçar a conflitualidade (como alguns - os do costume - que deveriam ter responsabilidades públicas acrescidas e não se contêm na boçalidade e no populismo). Posto isto, é inaceitável a tentativa (mais uma vez) de instrumentalização partidária das forças de segurança a que o país assistiu, ontem, por parte da extrema-direita. Deseng (...)
26.Ago.24

Referendar direitos, liberdades e dignidade humana

mparaujo
Sejamos claros… são vários os estudos e os dados que há muito desfazem o mito populista: não há relação direta entre imigração e violência ou insegurança. É pura mentira e ficção ideológica que os imigrantes “usurpam” serviços de saúde, “roubam” emprego, recursos orçamentais e benefícios sociais sem que contribuam para tal. O Relatório Estatístico Anual de 2023 da Segurança Social demonstrava que as contribuições sociais dos estrangeiros ultrapassaram os (...)
08.Jul.24

O índice zero da politiquice

mparaujo
(crédito da foto: Leonardo Negrão / Global Imagens) Um Estado de Direito assenta os seus pilares na Justiça, respostas Sociais, Defesa e Segurança sólidos e consistentes, capazes de cimentar os valores da democracia. Num outro contexto, num país em que o valor baixo do salário mínimo e médio, longe da média europeia (apesar do considerável aumento que sofreram nos últimos 8 anos), qualquer classe profissional tem toda a legitimidade de promover (re)ações que levem à (...)
07.Jul.24

Merci, França

mparaujo
Depois do “amargo de boca” de sexta-feira passada (sim, no futebol), eis que a França nos dá, hoje, uma excelente notícia, uma enorme lufada de esperança e alegria. Os franceses perceberam o que se jogava neste domingo e foram votar maciçamente na defesa da Democracia, dos valores republicanos da Liberdade, Igualdade e Fraternidade e, principalmente, derrotaram a extrema-direita, o nacionalismo ideológico, o ataque à democracia e aos mais elementares direitos, liberdades e (...)
26.Jun.24

Mais uma vez, o jornalismo de cócaras

mparaujo
Uma interessante (como sempre) publicação, hoje, de Luís Paixão Martins(uma das referências em comunicação política), na rede social “X”, sublinhava a fragilidade profissional com que os jornalistas encaram as intervenções do líder da extrema-direita portuguesa. Isto a propósito das declarações de André Ventura de repúdio pela escolha de António Costa para a presidência do (...)
10.Jun.24

A epifania falhada da extrema-direita no Parlamento Europeu

mparaujo
O que não significa que não tenham surgido, na maioria dos Estados-membros da União Europeia, manifestos resultados eleitorais preocupantes para a democracia e o futuro da Comunidade Europeia. Mas já lá vamos... Comecemos por Portugal. Seja por poucachinho (uma diferença, aliás, maior do que nas legislativas, considerando sempre que a AD é uma coligação e não uma força partidária isolada, PSD ou CDS), seja com a perda de um eurodeputado (face à redistribuição aritmética (...)
03.Jun.24

Todos somos estrangeiros em algum lugar

mparaujo
(crédito da foto: Rodrigo Cabrita, in CNN) Na semana passada, a AIMA divulgou dados provisórios de 2023: 1.040 milhões de estrangeiros em Portugal. Numa Europa a braços com uma realidade com a qual tem dificuldade em lidar (em 2023, mais de 2.500 pessoas morreram no Mar Mediterrâneo e mais de 190 mil pessoas chegaram, por via marítima, ao sul da Europa - Itália, Grécia, Espanha e Malta – oriundas das rotas migratórias que confluem na Argélia, Líbia, Tunísia e Marrocos, (...)
26.Mai.24

Dia 9 de junho... um voto pela democracia.

mparaujo
As eleições europeias de 6 a 9 de junho de 2024 (9 de junho em Portugal) têm tudo para serem diferentes das anteriores ou, pelo menos, têm particularidades muito singulares. Desde as eleições de 2019, a Europa, nomeadamente a União Europeia, passou por uma pandemia que exigiu um esforço solidário entre os 28 Estados-membros, uma pandemia que gerou uma crise financeira interna e uma exposição à pressão dos mercados externos, a saída do Reino Unido e o necessário (...)
01.Abr.24

Do cinismo democrático à (in)Governabilidade

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 1 de abril, do Diário de Aveiro (página 12) Arrancou com o pé esquerdo e da forma mais caricata a Legislativas 2024-2028 e que integra, também, a gestão governativa do país pelo 24.º Governo Constitucional. 1. Quanto ao surrealismo político que marcou o arranque do mandato Parlamentar, o que deveria ser um momento com dignidade e elevação, foi transformado num circo, pelos suspeitos do costume, onde não faltou um inqualificável desrespeito pela (...)
29.Mar.24

O cinísmo da democracia...

mparaujo
Arrancou com o pé esquerdo e da forma mais caricata a Legislativas 2024-2028. Quanto ao surrealismo político que marcou o arranque do mandato Parlamentar, o que deveria ser um momento com dignidade e elevação, foi transformado num circo, pelos suspeitos do costume, onde não faltou um inqualificável desrespeito pela Casa da Democracia, pelos portugueses e pelos eleitores, ao ponto de haver Deputados, a quem os eleitores (independentemente das opções ideológicas, partidárias ou do (...)