Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
ainda no rescaldo do 39.º Congresso, a caminho das Legislativas a 30 de janeiro 2022
mparaujo
(créditos da foto: psd.pt) Desde o momento em que acontecem no rescaldo de eleições directas internas, os Congressos Nacionais passaram a ser, fundamentalmente, o corolário da afirmação de um líder vencedor antecipado. Mas não no 39.º Congresso do Partido Popular Democrático - Partido Social Democrata (PPD-PSD), que se realizou há uma semana, em Santa Maria da Feira. A conjuntura política actual, consequência do chumbo da proposta do Orçamento do Estado para 2022, (...)
(crédito da foto: Paulo Cunha / LUSA) Conheci quem, de forma irónica, contava episódios da guarda/vigilância dos quartéis, durante a infeliz história da guerra colonial, com a seguinte expressão: «primeiro disparava-se e depois é que se perguntava "quem vem lá?!"». O Bloco de Esquerda traz-me à memória essa expressão, contextualizada metaforicamente na posição política que assumiu em 2011 e, mais recentemente, no chumbo do Orçamento do Estado para 2022, há pouco mais de (...)
(crédito da imagem: Hélder Oliveira, no jornal Expresso) Não importa tecer, nesta fase, qualquer comentário qualitativo ao Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), até porque ele ainda não é, de todo, conhecido, e, se passar na primeira aprovação na Assembleia da República, na generalidade, ainda terá que baixar à especialidade, o que significa que muita água ainda irá passar por debaixo da ponte. Importa, isso sim, uma reflexão (mesmo que sucinta) sobre a putativa e tão (...)
não interessa se são linhas vermelhas, azuis, rosas, laranjas ou arco-íris. Mas são linhas, claramen
mparaujo
Tal como em vários contextos da vida, também na política há (e deve haver sempre) "Linhas Limite", intransponíveis custe o que custar, mas que preservem a ética política, o adn e identidade ideológico e partidário. Durante a presente legislatura, foram várias as "ameaças" a esses limites, alguns sinais de que facilmente (por ambição desmedida e desproporcionada) a linha seria ultrapassada: "O perigo de se assobiar para o lado (...)
ano após ano,ciclicamente na mesma altura do ano, regressa o recreio político em tempos de orçamento
mparaujo
(imagem in motor24) Desde 2015, após a "apelidada" geringonça entrar em funções governativas, que assistimos ciclicamente ao drama político pré-aprovação do Orçamento do Estado, numa mais que dispensável demagogia balofa de sucessivos anúncios de crise política. Nada mais enganador. Ano após ano o mesmo teatro, os mesmos dramas, a mesma retórica. Acresce ainda o "alto patrocínio" da Presidência da República que costuma abrir as hostes do chorrilho de ameaças, (...)
Os resultados do recente processo eleitoral na Madeira têm leituras que mostram uma diversidade de "estados de alma" e distintas interpretações que acumulam vitórias e derrotas numa mesma análise. Registo, numa primeira abordagem, para o aumento do número de votantes e para a consequente diminuição da taxa de abstenção que condicionou, em parte, os resultados finais. Contra a vontade de todos os outros partidos candidatos, sem excepção, o PSD ganhou as eleições regionais na (...)
A premissa é mais que válida, responsável e politicamente ética. Rui Rio tem toda a razão quando afirmou, sobre os constrangimentos causados pela greve dos motoristas de matérias de perigosas: (o Governo) «Não pode fazer mais, não vou atacar o Governo naquilo que o Governo não tem responsabilidades, senão não estaria a ser sério». Se, de facto, existe (e deve existir sempre) uma barreira de legitimidade de intervenção do Estado na vida privada, também não deixa de ser (...)
ou, de outra forma: "nem uma coisa, nem outra... antes pelo contrário". Pedro Santana Lopes (ex-líder do PSD, ex-primeiro ministro 'nomeado' pelo PSD, ex-deputado do PSD, ex-candidato derrotado nas últimas directas do PSD e ex-militante do PSD) tem vindo a desafiar partidos à direita do PS para uma "coligação que afaste a actual frente esquerda do poder". O mesmo Santana Lopes que virou as costas ao PSD, amuado pela derrota eleitoral interna, quer agora "(re)casar-se" com o partido (...)
(créditos da foto: Paulo Novais - Lusa) As directas do PSD aconteceram há três dias e ainda falta cerca de um mês para o 37º Congresso do PPD-PSD mas a vitória de Rui Rio começa a ter o seu impacto político, seja interna, seja externamente... os chamados "danos colaterais" sempre que há uma mudança política relevante. E, no caso em apreço, é relevante. Facto. 1. Impactos internos Primeira Nota. Renasce a esperança no interior do PSD e naqueles que, nos últimos 6 anos, (...)
publicado na edição de hoje, 8 de outubro, no Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos O impacto nacional das autárquicas Por mais particularidades que queiramos encontrar nas eleições autárquicas há, forçosamente, uma leitura nacional (ou várias consoante os contextos). Não é só de hoje, da conjuntura actual, basta recordar, por exemplo, a demissão do então Primeiro-ministro António Guterres depois do desaire socialista nas eleições autárquicas de 2001. E por mais (...)
O assunto das eleições autárquicas 2017, panorama nacional, será tema a abordar no Debaixo dos Arcos na edição do próximo domingo do Diário de Aveiro (para quarta-feira a análise será outra). Mas há um aspecto relevante nas imensas afirmações proferidas por quem de direito e que merecem esta nota prévia. Há dois factos que são (...)
publicado na edição de hoje, 24 de setembro, do Diário de Aveiro Debaixo dos Arcos O presente envenenado Factos: a notícia que deu conta que a agência Standard & Poor's reviu o rating atribuído a Portugal atribuindo-lhe uma nova notação (BBB-) acima do chamado "lixo" é, objectivamente, uma excelente notícia para o país. Ponto. Podíamos ter ficado por aqui mas a verdade é que a política portuguesa, aliada ao particular momento eleitoral, teima em desvirtuar este (...)
publicado na edição e hoje, 9 de agosto, do Diário de Aveiro Debaixo dos Arcos A factura há-de chegar para ser paga Vem bem a propósito, nesta semana, a expressão que serve de resumo à entrevista de Daniel Oliveira ao jornal i. O ex-dirigente do Bloco de Esquerda afirmou que “no dia em que o Partido Socialista conseguir maioria absoluta, a geringonça acabou”. A afirmação tem acrescido impacto numa semana (há cinco dias) em que é conhecida a sondagem (...)
A questão ultrapassa em muito o contexto da ausência de coerência, da ausência de consistência, da ausência de estratégia, do inusitado. É mesmo pela óbvia estratégia predefinida, do propositado, do previsto e planeado, da falta de ética política, de uma demagogia retórica e pseudo ideológica, o completo abandono dos princípios programáticos. Mais ainda... é brincar à política com os portugueses, nomeadamente com o voto do eleitorado (embora isso caiba ao próprio (...)
publicado na edição de hoje, 5 de fevereiro, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Autárquicas com impactos “nacionais” Este é um tempo politicamente perigoso para os principais partidos políticos portugueses ou, pelo menos, para os que têm assento na Assembleia da República. Não será apenas pelo fervilhar de acontecimentos internos em alguns partidos com o tradicional surgimento de polémicas, intrigas e tricas, por causa das listas e candidaturas para as próximas (...)
publicado na edição de hoje, 11 de janeiro, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos “2017… o ano de todos os perigos” Importa iniciar com anota de que o título do artigo de hoje é da autoria de Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda. E não é, de todo, menosprezável. Desta forma, o que esperar então de 2017 para Portugal e para os portugueses? No passado domingo a abordagem centrou-se no marco importante na vida política nacional que serão as eleições autárquicas, (...)
Era mais que expectável a escolha de "Geringonça" para a palavra do ano de 2016, no inquérito promovido pela Porto Editora. Num total de cerca de 28000 votos, perto de 9800 portugueses (representando cerca de 35% dos votos) escolheu a palavra, que entrou no léxico comum português pela mão de Paulo Portas de de Vasco Pulido Valente, tendo definido e marcado o discurso político nacional durante 2016. Pessoalmente e espelhando o que foi um sentimento generalizado em relação ao ano (...)
(crédito da foto: Ana Baião, in Expresso online) Terminou ontem o XX Congresso do Partido Comunista Português, um dos, se não mesmo o mais atípico da história congressista dos comunistas. Não que a sua estruturação, a sua organização, tenham trazido algo de novo ou de diferente. A diferença residiu no conteúdo e não na forma. (...)
publicado na edição de hoje, 27 de novembro, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Nem torceu, nem quebrou Importa referenciar dois factos da realidade política para enquadrar a reflexão que se adopta. Primeiro, regista-se, nesta altura, o primeiro ano de governação do Partido Socialista, com o apoio parlamentar acordado (...)
publicado na edição de ontem, 5 de outubro, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Um ano após as eleições Ontem, há 365 dias, foi dia de eleições legislativas (4 de outubro de 2015). Apesar da vitória registada nos votos expressos dos portugueses (mantendo-se, infelizmente, a abstenção como o “maior partido eleitoral”) PSD e CDS não (...)